8ª História com Gato Dentro
Esta história foi enviada pela Teresa, e é também real:
"Grande salto
O meu gato fez 15 anos no dia 12 de Abril, e chama-se Tim-Tim. Não queria que passasse este mês sem o publicar devido a ser injusto e ele não merece de todo. O nome dele foi devido ao meu nome ser começado por “T”, de ser um nome de uma figura da banda desenhada (BD) e de fazer anos no mesmo dia que o meu querido tio que o seu “petit nom” começava também por “T”.
Tenho-o desde os 2 meses, e era feio devido a ter as patas já crescidas e o corpo pequeno. Eu tinha medo, quando ele se punha debaixo de um armário e de repente crescesse (tipo espinafres) debaixo deste e que não desse conta e o armário caisse. Acho que seria muita animação.
Quando era pequeno costumava de dar saltos “mortais” sem eu os pedir mas era só para apanhar uma mosca ou outro insecto. A propósito de saltos, foi ou é o primeiro gato ao vivo que eu vi dar um salto bem saltado a metros consideravelmente longos. Dita a verdade, era a sua especialidade.
Estava agradável lá fora no patiozinho numa casa alugada onde eu vivia na altura. O meu gato feliz devido a sair de manhã quando eu lhe abria a porta e ele teria para além do pátio outros terrenos para explorar e só me aparecia à noitinha quando a fome apertava.
Uma vez até não veio dormir a casa. “-Olhó desavergonhado!” E quando abri a porta minutos depois apareceu, por isso é que sempre que preferi gatos do que gatas, aliviei-me quando o vi à entrar pela casa dentro e dirigiu-se para as tijelas da água e da comida, sofregamente bebeu sem sessar. Ficou nesse dia em casa a dormir estafado e eu preferi não lhe perguntar onde tinha ido. Procurei ignorar o assunto.
Nos dias seguintes saia para a sua exploração e quando o dia escurecia lá vinha ele todo feliz. Um dia ouvi uma algazarra, fui para a porta e procurei localizar o som. Quando eu ainda estava indecisa se era para frente ou ao lado ou se por trás, vi umas sombras rápidas à minha frente e no meio de arbustos. O meu ouvido definiu um ladrar muito forte e um miar histérico conjuntamente com uma correria certa. Reparei e não queria acreditar no que os meus olhos viam…o meu gato a tentar fugir de dois canzarrões enormes da raça serra da estrela. Pensei que talvez fosse “era uma vez um gato” mas lá se amanhou, virou à esquerda e sempre em frente alcançou o portão. Uma pata em falso, lá se ia o animal. Nisto lançou-se no ar e depois de uns 5 ou pouco mais metros aterrou bem travado no telhado que estupefacta parva assisti.
Mudei de casa porque aquela casa era péssima e teve que ser meu gato ficou um quanto ou tanto triste, tinha perdido os cantinhos preferidos da casa, tinha perdido o ar e o espaço da liberdade. Nesta nova casa ainda caiu do parapeito da janela devido a este estar molhado por causa da chuva numa noite. No dia seguinte não sabia do gato, o meu mais pequeno não perguntou, eu estava incrédula e antes de sair de casa fui à janela espreitar e não vi nada. Fui para o meu emprego a pensar, a pensar e o que havia de dizer à criança? Mas porque é que ele fugiu? Não o tratávamos mal, tinha comida e água, enfim uma série de factores que só me levava a dizer que tinha escorregado da janela...
Depois de dois ou três dias, chegou a sexta-feira no fim do dia informei ao pequeno e passei a ir de vez em quando à janela mas nada. Só depois do almoço eu estava a estudar com o meu pequeno e ouvimos um miar familiar, saltamos das cadeiras e fomos à janela chamos pelo seu nome e este respondeu. Fomos busca-lo mas levamos um pouco de comida para ele vir porque estava muito assustado daí em diante começamos a fechar as janelas ou a abrir um pouco para não termos mais surpresas nem sobressaltos.
Tenho a convicção que ele vive melhor do que eu, não paga qualquer imposto, come, dorme quando quer, tem liberdade de estar em todas as divisões da casa, quando está sol a parte da casa é na varanda (bate lá o sol e lá vai ele par a praia fingida), quando nós abrimos a porta do frigorífico lá vem ele com toda a presa e a todo o vapor, percebe quando é a altura dos donos se levantarem e até quando passa da hora por descuido de esquecermos do despertador mia e inúmeras razões para ser bem estimado, acarinhado, mimado etc, etc... Mas quando ele se porta mal já sabe. Castigo."