Com a chegada do verão e das férias muitos donos perguntam-se o que fazer ao seu animal de estimação. Uma hipótese e deixar o animal em casa ao cuidado de outrem, a outra é levá-lo consigo de férias.
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Deixar o animal em casa pode ter vantagens, como não submeter o animal ao stress das viagens e mudança de ambiente. Os gatos são animais de rotina, que gostam do status quo. Por isso pode ser vantajoso deixá-lo ao cuidado de família ou amigos. Se isto não for possível, pode contratar empresas de petsitting que tratam do seu animal durante as férias.
Se tem um gato aventureiro ou por algum motivo não o pode deixar em casa, pode levá-lo consigo de viagem. Para tal, deve procurar um destino que aceite animais de estimação. Actualmente já existem vários hotéis que aceitam animais nos quartos, como os Hoteis Ibis, entre outros. Se for para uma casa alugada certifique-se de que o proprietário aceita animais.
Transportes públicos
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A lei permite o transporte de animais em transportes públicos se devidamente contidos. Ou seja, pode levar o seu gato no comboio ou autocarro se estiver dentro da caixa de transporte.
Por exemplo, na CP poderá transportar o animal nestas condições. O preço pelo transporte varia, sendo em alguns casos gratuito e noutros pagando um bilhete inteiro.
A TAP permite o transporte de animais na cabine ou no porão. Animais transportados na cabine não podem exceder os 8 kg e a sua transportadora não pode exceder um tamanho especifico. Animai de maior porte deverão ser transportados no porão. Uma vez que a maioria dos gatos pesa menos de 8 kg, os preços que pode esperar por este serviço são de 35€ em voos nacionais e 70€ em voos na Europa.
Deverá sempre verificar as regras para o transporte de animais da companhia que utilizar, uma vez que podem variar. Se utilizar o avião recomendaria o transporte na cabine junto ao dono, por ser mais seguro e confortável para o animal. As condições do porão podem causar muito stress ao animal, principalmente se num voo de longa distância.
Viagens de carro
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Em viagens de carro, aconselho a viajar com o gato na transportadora. Primeiro porque é a lei e a sua infracção pode resultar em coima. Por outro, porque é mais seguro para o gato e passageiros. Um gato à solta pode entrar em pânico e perturbar o condutor. O gato pode parecer infeliz na caixa de transporte e ainda ficar mais impaciente fora dela. Por experiência própria, acho mais fácil viajar à noite com gatos. Talvez porque não conseguem ver a confusão de luzes e objectos pela janela.
Preparem-se para pequenos acidentes que possam acontecer na viagem. É natural que alguns gatos façam necessidades na caixa, o que dá um péssimo odor ao carro. Ou que por enjoo vomitem. Nessa situação o melhor é parar, limpar a caixa e o gato e trocar a manta. Para tal, aconselho a levar sempre lenços, toalhitas húmidas, sacos de plásticos e mantas extra.
Numa viagem longa, quando se parar pode-se oferecer ao gato água e comida. Oferecer comida antes e durante as viagens pode ser arriscado, uma vez que o gato pode enjoar e vomitar. Se preferir fazer jejum antes da viagem não tem problema.
Durante as viagens costumo levar uma caixa de areia na mala do carro dentro de um saco de plástico. Quando páro, coloco o peitoral no gato e deixo-o sair um pouco. Aí coloco a caixa de areia à disposição. Esta técnica nem sempre resulta. Alguns gatos conseguem abstrair-se dos ruídos estranhos e fazer. Outros aguentam até chegar. O importante é mesmo hidratar o animal e não o deixar fechado no carro ao calor.
Antes da viagem
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Antes de sair de casa deve planear a viagem. O que precisa de levar para o gato? O mais essencial é a transportadora onde vai o gato, a caixa de areia e areia, alimento e água, e o boletim de vacinas. Pode também levar brinquedos, a caminha do gato e trelas ou peitorais.
Relativamente à vacinação, esta deve-se encontrar em dia. Antes da viagem deve realizar um check-up ao animal para confirmar que se encontra em plena saúde. Pode ainda perguntar ao seu veterinário se recomenda alguma vacina especifica visto que diferentes locais têm diferentes riscos de doença. É aconselhável fazer a desparasitação interna e externa. Por segurança, pode colocar a identificação electrónica (chip) ou uma coleira com o seu contacto. Isto permite que se o gato se perder o possam contactar.
Viagens para a Europa
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Para transportes dentro da Europa deve cumprir-se duas condições: o animal estar identificado (chip) e ter a vacinação anti-rábica válida. Esta informação deve estar presente no Passaporte do animal. Deverá pedir o Passaporte ao seu Médico Veterinário. Este será emitido pela DGAV. Também é aconselhado levar consigo o boletim de vacinas.
Alguns países membros poderão exigir outras condições. Por exemplo, a Finlândia, Irelanda, Malta e Noruega só aceitam animais tratados contra Echinococcus multilocularis. Outros países podem exigir testes à eficácia da vacina anti-rábica (medição da quantidade de anticorpos). Para mais informações podem consultar este FAQ e o site da união europeia sobre o transporte de animais.
Viagens para outros países
Neste caso deverá avaliar a situação específica de cada país. Pode procurar informações na internet ou contactar a embaixada.