O Jorge e a Joana estão bem, bem alimentados e até desparasitados. Mas o Jorge tornou-se um pouco arisco, assim que nos viu chegar subiu para o telhado do barracão. Já a Joana deixou que lhe fizéssemos festinhas.
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
O Jorge e a Joana estão bem, bem alimentados e até desparasitados. Mas o Jorge tornou-se um pouco arisco, assim que nos viu chegar subiu para o telhado do barracão. Já a Joana deixou que lhe fizéssemos festinhas.
Depois de uns tempos desaparecida, a Chica voltou a aparecer no nosso quintal.
E, depois da barriguita cheia, nada como aproveitar a tarde para brincar!
Quem sabe não poderá ajudar o Branquinho a superar a morte da Kikas.
Há um gato de nome Aquiles, branco e surdo que vive em São Petersburgo, e que tem, segundo dizem, poderes extra sensoriais, e faz previsões dos jogos e tem acertado.
Para fazer as suas previsões, o gato é colocado em frente às bandeiras dos países que estão em jogo, cada uma com uma tigela de comida. A tigela que escolher, representa a previsão da vitória.
Que bom que é um gato desta vez, acho que já escolheram um polvo numa ocasião e um porco noutra.
È caso para dizer: Bons palpites, Aquiles!
Eu cheguei por volta das 15.30h, estava um calor horrível, mesmo assim ele foi-me esperar ao estacionamento. Depois dirigiu-se para entrada do prédio, onde há sombra. Então eu disse-lhe para ele esperar à sombra. Parece que entendeu, pois ficou ali todo refastelado à minha espera.
Cada vez estou mais afeiçoada a este "menino", e custa-me tanto não o poder levar para casa. Também não sei se ele seria feliz preso num pequeno apartamento, uma vez que sempre foi livre. O ideal era ele ficar com alguém, que tivesse uma casa com jardim, que estivesse vedada e protegida, que o adotasse, que lhe desse todo o amor, carinho e atenção, pois tenho a certeza que ele lhe compensaria em dobro...
Mas na falta disso, espero que ele continue por aqui, por muitos e bons anos, feliz, alimentado, saudável e livre ...
Se há dias estava feliz com o nascimento dos pequenitos da Bela, na colónia, hoje é um dia triste, em que tive a confirmação daquilo que já suspeitava: a partida da Kikas deste mundo.
Há semanas que não a via e, embora uma ténue esperança me fizesse crer que a poderiam ter dado a alguém ou, simplesmente, tinham decidido mantê-la em casa, algo me dizia que isso era pouco provável.
Hoje vi o meu vizinho, e perguntei-lhe.
"A Kikas já se foi...Agora temos outro, vamos ver como é que corre."
Nem ouvi bem o resto. Parece-me que foi a filha de um vizinho, dono do Branquinho, que a viu e lhes disse.
A Kikas não era nossa mas, o que estou a sentir neste momento, é muito parecido com o que senti quando a Tica morreu.
Se alguém duvida que possamos chorar a morte de um gato que não é nosso, acreditem que é possível, sim!
Já me tinha sentido triste com a morte da Flockita, ou da Nala, que nunca tinha visto.
Hoje, choro a morte da Kikas, a "nossa" menina das pantufas brancas, voz única, e personalidade tão especial, que todos os dias ia à nossa porta, num apelo não só por comida, mas também por ajuda que, infelizmente, nunca pudemos dar.
Tantas vezes pensámos em ficar com ela, em tirá-la da rua. Mas não era nossa. Tinha donos. Tantas vezes a fomos entregar aos donos, para que a colocassem em casa. Mas eles deixavam-na ir à rua novamente.
Tantas vezes ela miava à nossa porta, mesmo de madrugada. Tantas vezes a vimos à chuva, toda molhada, a querer um abrigo.
Aliás, essa foi a última vez em que a vi...
Tantas vezes andava com o Branquinho ali pelo quintal, ora a namorar, ora à patada um ao outro.
Nada disso voltará a acontecer...
O Branquinho ficou sem a namorada. Anda triste e melancólico. Em risco de seguir o mesmo caminho. Mas tem donos...e não podemos fazer nada.
Nós, ficámos sem uma amiga.
Lembro-me da primeira vez que a vi, ainda no quintal dos vizinhos, empoleirada no muro. E da vez em que ralhei com uns miúdos que lhe queriam bater com um pau. Ou das vezes em que ela se punha à porta,a defender o seu prato de ração, para mais ninguém lhe tocar!
A Kikas era extremamente ágil, uma macaquita, mas de andar silencioso e elegante. Era uma lady, que fazia os machos esperar que ela se servisse. Uma gata simpática e meiga, que só queria mimos, como os que lhe dei no outro dia. E agradecida! Como daquela vez em que apanhou uma lagartixa, e insistiu em colocá-la aos meus pés!
São momentos que guardaremos para sempre, que não se esquecem, e que marcam quem gosta dos animais. E é por isso que, quando partem, mesmo não sendo nossos, sentimos e choramos como se fossem. Porque, no fundo, são um bocadinho de todos os que partilharam, na sua vida, algum momento com eles.
Esta é uma homenagem para ti, Kikas! Continua a brilhar, onde quer que estejas!
E perdoa-nos por não termos feito mais por ti