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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Da teoria à prática vai uma grande distância

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Há cerca de dois meses, preocupada por saber que alguém andava a fazer mal aos gatos do meu bairro, pedi ajuda a uma associação que me remeteu para a câmara, dizendo que lá podiam ajudar, quer na protecção, quer na esterilização.

 

Então assim fiz, escrevi um email:

«(…) gostaria de saber, se existe algum tipo de apoio por parte da câmara ou junta de freguesia no sentido de proteger colónias de gatos. Os moradores não pretendem que os levem para associações, mas que os deixem ficar. Apenas pretendem que sejam esterilizados e sinalizados. A população alimenta-os e cuida deles, mas há sempre quem não goste de ver muitos felinos juntos na rua, e se houvesse uma protecção efetiva, ninguém lhes faria mal(…)»

 

A resposta foi:

« Informo que a CM não tem planos implementados de proteção ou de esterilização de colónias de gatos. Contudo, a CM apenas procede à recolha de gatos caso se registem reclamações de munícipes.»

 

E assim sendo, respondi que ficava tudo como estava. Mas conclui que para os ajudarem com esterilização não podem, mas se eles estiverem a incomodar, já os podem vir buscar. Para que fim? Para onde?

 

Só teoria!

Haverá um chefe nas colónias dos gatos?

Como já aqui disse, eu tenho dois gatos , o Riscas e o Rafael. No entanto, há um terceiro gato que vive na minha rua, a quem chamei Alone, que o sinto quase como meu. Alimento-o, desparasito-o, estou com ele todos os dias, e porque está na rua preocupo-me com ele. Se tivesse melhores condições e espaço levava-o para casa.

 

Há dois dias, quando ia levar comida ao Alone e à  Nana, a gata (tem cara de fêmea) que vem muitas vezes com ele, apareceu outro gato, que tem o nome de Oreo ribatejano. Acontece que este gato, roubou a comida dos outros dois e depois expulsou-os aqui da porta do meu prédio. Já antes tinha percebido que o Alone tinha medo dele, mas agora, tenho quase a certeza. A verdade é que o Alone já não vem cá pedir comida.

Alone-e-Nana.jpg

Como de costume assim que  me levanto vou à janela ser se o Alone já está lá à espera da comida e hoje quem lá estava, era o tal...

chegetribo.jpg

Ontem alguém me disse, que se calhar, os gatos eram organizados e tinham um chefe da tribo, e que esse chefe é que mandava no território. Assim sendo, o Alone não vem cá por respeito, por medo e por obediência ao chefe. O que é certo é que há dois dias que não vejo o Alone. Eu por mim dou comida a todos os que "baterem à porta", mas deixem o Alone vir, que ele é o meu protegido, meu afilhado!

 

Tenho saudades dele, já nem ao estacionamento me vai esperar...

A nossa "viagem" até aos Tarecos das Alcarias

Foto de Tarecos Das Alcarias.

 

A Nélia lançou o desafio na página dos Tarecos das Alcarias, e conseguiu que todos os nossos livros fossem vendidos, para ajudar os Tarecos!

Até mesmo o último livro que tínhamos "Histórias com Gato Dentro", não escapou.

São 12 livros cuja venda reverte, na totalidade, para os Tarecos das Alcarias.

 

Esperemos que os interessados apreciem a leitura dos nossos livros, e que esta pequena ajuda seja útil para os bichanos!

 

 

 

Deixo-vos a mensagem de agradecimento da Nélia, a todos os membros do Clube, e a todas as pessoas que contribuiram para esta causa:

 

"Hoje fui até Mafra para me encontrar com a Marta, blogger no sapo e membro do "Clube De Gatos Do Sapo".
Muito obrigada, Marta, e a todos os que estiveram envolvidos neste projecto. O vosso contributo irá reverter para mais uma acção de esterilizações nas nossas colônias até ao final do ano. 🐈🐈🐈🐈🐈🐈"

Os Tarecos das Alcarias

Foto de Tarecos Das Alcarias.

 

Quem são os Tarecos das Alcarias?

 

Alcarias é uma aldeia, pertencente ao concelho de Ourique, distrito de Beja que conta, actualmente, com cerca de 20 habitantes humanos, e muitos habitantes felinos.

 

"Numa comunidade em que nem conseguimos saber ao certo quantos somos, todos os dias aparecem novos gatinhos, somos para cima de cinquenta. Os nossos amigos humanos não conseguem alimentar-nos, e estamos morrendo um pouco todos os dias, estamos desesperados sem uma solução para este problema. Necessitamos de comida, de ajuda e de alguém que possa adotar alguns de nós!"


Nélia, que sempre conviveu desde criança com várias espécies de animais, influenciada pela sua filha Daniela, que é também apaixonada por animais, decidiu pôr mãos à obra, e responder ao apelo dos bichanos deixados na aldeia.

 

Assim, Nélia ficou responsável pela página do facebook, divulgação e fotografia.

Daniela, pelo tratamento dos gatinhos, fazendo de enfermeira.

 

Juntas, com algumas pessoas que se ofereceram para família de acolhimento temporário, e outras que estão no local e vão alimentando os felinos, conseguiram ainda, há cerca de um ano, esterilizar/castrar um total de 14 gatos / gatas, número insuficiente para a quantidade de animais existentes nas várias colónias. Foram entregues para adoção cerca de quarenta tarequinhos.

 

Mas a missão continua:


"Neste momento, debatemo-nos com as várias ninhadas de gatas que não foram esterilizadas, para as quais fica difícil arranjar adotantes."

 

A cada dia, surgem novos gatinhos, outros ficam doentes, outros precisam de alimento, e continua a ser necessário controlar a colónia.

O longe faz-se perto, indo mãe e filha à aldeia sempre que podem. E a união faz a força, mostrando que bastou duas pessoas quererem, para outras se lhes juntarem, e tornar real a ajuda aos tarecos.

No entanto, é preciso muito mais, e é por isso que o Clube de Gatos do Sapo se uniu a esta causa!

 

Altruísmo versus egoísmo

Imagem relacionada

 

Há já algum tempo que andava com a ideia de contactar uma associação que cuida dos animais de rua, e suas colónias, para ver o que se podia fazer com aquelas gatas e gatos que costumo alimentar a caminho de casa.

Disseram-me, há uns meses, que seria preciso enviar uma candidatura, ter padrinhos que custeassem as esterilizações, e ajuda dos cuidadores para conseguir apanhá-los.

Desde então tenho estado na dúvida se enviava ou não a dita candidatura.

 

 

Por um lado, não fazendo nada, a não ser dar-lhes comida e água, estou a deixar que eles se reproduzam, e daqui a pouco não são apenas 8, mas muitos mais. Se não fizer nada, estou a deixá-los entregues a si mesmos, e à boa vontade das pessoas que têm ajudado até agora, sem quaisquer outros cuidados.

Poder sinalizar a colónia, e haver quem os vá vigiando e não lhes deixe faltar o essencial, é querer o bem deles.

 

Mas, por outro lado, dou por mim a pensar se os gatos não querem, simplesmente, que os deixemos em paz, a viver a sua vidinha como sempre o fizeram. Dou por mim a pensar se, depois, não vão retirar os gatinhos bebés às mães, para adopção, e restituir estas à colónia, sozinhas. Que direito tenho eu de lhes fazer isso?

E, confesso, gosto tanto de ver todos ali sempre que passo, de ver a cumplicidade entre mães e filhos, e restantes gatos, como se fossem um clã unido, que iria sentir muito a falta deles, se os tirassem dali. E aqui, sim, estou a ser egoísta.

 

De qualquer forma, nenhuma mãe deveria ser privada dos seus filhotes. Por muito bonito que seja adoptarmos gatinhos bebés e seja assim que funciona, sendo os gatos separados das mães logo que podem, para encontrarem nos humanos as suas famílias, o que sentem as mães gatas quando vêem que todos os seus filhotes partiram?

 

Assim, voltamos ao ponto de partida. A única forma de isso não acontecer, é as gatas não terem filhos. Para isso, é preciso esterilizá-las. E, para isso, é preciso sinalizar a colónia.

É por isso que ando aqui nesta ambiguidade, entre o que será mais correcto fazer, o que devo fazer, e o que o o coração me diz para fazer.

Qual a melhor decisão? 

 

Para já, enviei a candidatura. O resto logo se verá...