Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!
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Prevenção e intervenção em casos de acumulação de animais
O post de hoje não tem qualquer ligação política.
O único interesse é a partilha de informação a todas as pessoas que tenham um animal ou partilhem o amor e o bem estar dos animais.
Ontem assisti em direto ao debate feito pelo PAN com profissionais de várias áreas dedicadas ao bem estar animal.
O tema central é o Síndrome de Noé, onde é explicado de uma forma simples e clara que consiste numa doença de foro psicológico,.
Não só os animais necessitam de ser resgatados, como as pessoas que os acumulam necessitam de ajuda e tratamento.
Durante quase duas horas de debate, além do tema Síndrome de Noé é partilhado o que está a ser feito no nosso país, nestes casos pelas autarquias e associações, as dificuldades que enfrentam e são apresentadas várias propostas para ajudar a ultrapassar estas dificuldades.
Hoje o PAN vai apresentar na Assembleia Municipal de Lisboa, uma recomendação para que sejam criados protocolos e equipas multidisciplinares locais e específicas para que possam intervir neste tipo de situações.
Se puderem assistir ao vídeo do debate garanto-vos que não estão a perder o vosso tempo.
Na altura de escolher a melhor ração para os nossos gatinhos é sempre uma dor de cabeça.
Todos nós queremos dar o melhor, mas infelizmente na maioria dos casos o orçamento é curto.
No meu caso pessoal eu comprava comida de supermercado Friskies, One ou Ultima,. Dependia sempre das promoções de cada mês.
Não vacinar os meus gatos e não dar os cuidados médicos que necessitavam não era opção.
Preferia não comprar comida excessivamente cara e com superior qualidade.
A verdade é que a qualidade da alimentação tanto nas pessoas, como nos animais reflecte na sua saúde e bem estar.
Há um ano atrás o Puma e Fénix mudaram de veterinária não por descontentamento, mas sim por ter encontrado uma veterinária com preços mais acessíveis.
Na primeira consulta de vacinação a doutora apresentou-me a ração Cat Chow.
No mês seguinte decidi comprar para os meus gatos experimentarem.
Nas duas semanas seguintes houve logo uma mudança no pêlo,.
Estava mais brilhante e saudável em ambos, no espaço de um ano a Fénix que estava a ficar com excesso de peso emagreceu e ficou com o peso adequado à idade e tamanho.
A ração de 3 kg dura um mês para dois gatos e custa-me 12€ na loja de animais que pertence á clínica veterinária.
Fica mais barato que a do supermercado e tem qualidade superior.
Ontem vi a reportagem de investigação da SIC , no site da SIC notícias sobre a saída de mais de 12 mil animais de companhia de Portugal para vários países Europeus.
Desconhecia tal prática, o seu número elevado ainda me fez mais confusão e depois de ver a reportagem achei que há algo que não bate certo.
Fiquei ainda com mais dúvidas e incertezas.
Porque é que os animais vão directamente para o estrangeiro sem haver uma divulgação para adopção em Portugal?
É certo que o nosso pais tem um número cada vez mais elevado de animais errantes.
O problema aumenta por falta de políticas e de programas para ajudar os animais.
Convido-vos a ver a reportagem através do link e partilhar a vossa opinião.
A Junta de Freguesia do Areeiro, como há anos é pedido ás várias Juntas e Municípios do nosso país, preocupou-se realmente em fazer a diferença para os animais errantes.
Construí abrigos para gatos de rua e um pombal contraceptivo.
Para quem pensa que é um grande investimento da parte da Junta de Freguesia engana-se.
Os abrigos para os gatos custaram cerca de 400€ e o pombal contraceptivo á volta de 1000€.
Finalmente o dinheiro dos contribuintes é utilizado para ajudar os animais de rua, tal como em simultâneo resolve um problema de saúde pública.
Ao deixaram o animais errantes ao abandono, as doenças entre eles propagam-se , o número de ninhadas crescem descontroladamente e anda sempre no lixo a tentar arranjar comida.
O presidente da Junta de Freguesia Fernando Bramcamp implementou e colocou em prática vários programas com a ajuda de voluntários .
Finalmente há quem se preocupe com a vida e condições em que vivem.
Existem programas de apoio alimentar aos animais, para famílias carenciadas , existem voluntários que vão passear o cão daquelas pessoas que não podem sair de casa.
E também existem workshops a preços acessíveis para os residentes do Areeiro.
Foi igualmente construído um parque canino junto à Igreja de São João de Deus, alvo de várias críticas mas que impedem que os animais andem em cima da relva e façam lá as suas necessidades.
A mentalidade política está a mudar, tal como a da maioria pessoas em relação aos animais que já levam os seus filhos para ver os animais.
Dou os parabéns à Junta de Freguesia do Areeiro e desejo que este tipo de iniciativas se espalhem de norte a sul do país.
Se houver aqui seguidores cujas Juntas criaram este tipo de iniciativa partilhem!
Penso que, quem é apaixonado por gatos, gosta de todos eles, sem excepção, ainda que tenha mais afinidade, ou uma melhor relação, com uns do que com outros.
Mas, será que é mesmo assim?
Ou haverá alguém que, mesmo gostando de gatos, não consiga simpatizar com um determinado gato, ou desenvolva mesmo uma certa "aversão" por algum deles?
É certo que existem gatos mesmo muito bravos, com uma personalidade muito particular, que agridem e ferem outros gatos mais indefesos, que andam por aí nas ruas nem sempre com o melhor aspecto, nem a melhor saúde, mas pode tudo isso fazer com que se deixe de gostar desses gatos em especial, ainda que se continue a gostar de gatos?
Vi-o ontem e, confesso, talvez pela paixão que tenho por estes animais, ou pela expectativa que tinha criado em relação a este documentário, há muito aguardado entre nós, fiquei um pouco decepcionada. Esperava mais.
Não vos posso dizer que seja um daqueles documentários que nos empolga, que nos faz ficar de olhos bem abertos e atentos a tudo. Na verdade, é provável que, visto à noite, dê algum sono. Também fica um pouco confuso para quem vê a primeira vez, porque nem sempre sabemos de que gato estão a falar, a não ser que já conheçamos previamente, um pouco de cada um deles.
Mas isso não significa que não seja interessante, e não tenha momentos em que, simplesmente, ficamos rendidos a estes seres tão independentes, desenrascados, majestosos, misteriosos, lutadores, com tanto para dar e para ensinar.
Ceyda Torum apresenta, de entre os milhares de gatos que vivem nas ruas de Istambul, e que acabam por entrar como figurantes em algumas cenas, 7 gatos, com personalidades muito diferentes entre si:
Sari – o documentário começa por nos mostrar Sari, uma gata laranja e branca, que passa o tempo quase todo a pedinchar comida a quem encontra pelo caminho, seja numa esplanada, ou noutro local qualquer. No entanto, desenganem-se se pensam que ela é uma lambona que faz da comida a sua única ocupação. Logo em seguida, percebemos que ela leva a comida na boca, para junto dos seus filhotes, para que eles se possam alimentar.
Sari vive na Torre Galata, em Beyoglu.
Bengü – em seguida, conhecemos Bengü, que vive num bairro industrial onde já conquistou moradores e trabalhadores, tendo roubado o coração de um mecânico, que vemos acariciá-la na sua oficina. E o que ela gosta de festinhas! Rebola-se de um lado para o outro, ronrona, pede mais. Mas a cena que mais achei graça foi aquela em que ela está a ser escovada, toda derretida, como uma rainha! Ou aquela em que ela protege os seus filhotes de um outro gato, como uma mãe leoa!
Acho-a muito parecida com a nossa Amorinha, tanto pela sua meiguice como algumas expressões que faz.
Psikopat – quem diria que no mundo felino também existem psicopatas?! A Psikopat vive no bairro de Samatya, uma das partes mais antigas da cidade e, ao que parece, é ela que manda por ali e, até, no namorado!
Ela não teme nada nem ninguém, mas intimida o seu companheiro, e mantém os rivais fora do seu território, tenho ganhado o respeito dos vendedores do bairro, pescadores e até dos cães.
Psikopat aparece frequentemente numa casa de chá, escondida atrás de uma antiga igreja.
Deniz – vive no Feriköy Organic Market, tendo-se tornado na mascote do mercado. Foi ali parar em pequeno e, no início, tinha receio das pessoas e não deixava ninguém tocar-lhe mas, com o tempo, foi ganhando confiança, e não passa sem os mimos dos vendedores e clientes do mercado. Entre as suas tarefas diárias ele costuma subir toldos, esconder-se atrás das bancas, adormecer em caixas de chá, espreitar dor debaixo dos aventais das mulheres, e aborrecer outros gatos!
Aslan Parçasi – também conhecido como "O Caçador", está no bairro de Kandilli, onde tem como missão afastar os ratos de um famoso restaurante de peixe que ali se situa. Numa das cenas, vê-se um rato, ou ratazana, dado o seu tamanho, a dar-lhe baile, e é muito engraçado. Mas a verdade é que, mesmo não os caçando sempre, mantém os mesmos afastados, acabando por ser recompensado pelos seus esforços.
Normalmente, dorme o dia todo e caça à noite, e adora apreciar a vista panorâmica que observa ali do porto, enquanto se banha ao sol.
Duman – o Aristogato, vive no bairro Nişantaşi, e fez uma aliança com os proprietários de uma "delicatessen" muito elegante. Tem este apelido porque, como um verdadeiro aristocrata, ele espera que o sirvam, e até chama os "garçons" quando tem fome, através da sua assinatura de marca - pata na janela - sabendo que virão parar à sua mesa, com frequência, carnes fumadas e queijos especiais. Nunca entra ou implora por comida.
No entanto, como bom gato de rua, e mostrando a sua outra faceta, também se enfia em latas de lixo!
Gamsiz – chegou, um dia, a uma padaria no bairro de Cihangir (o bairro dos artistas originais que se tornou um paraíso para os gatos) e, desde então, todos os dias lá volta, sabendo que tem por ali tudo o que precisa para ser feliz. Os donos da padaria cuidam dele, alimentando-o, pagando as consultas do veterinário, e até o castraram, para que parasse de lutar com outros gatos do bairro.
Costuma dormir no balcão da padaria, mas também é perito em subir até aos sítios mais altos que se possa imaginar. Conhece todos os seus vizinhos humanos mas, para além do tratamento especial do padeiro, também é muito amado por uma actriz, que tem gatos em casa e vai recebendo a visita de outros tantos, incluindo Gamsiz.
O que nos é dado a conhecer?
Ao mesmo tempo que nos é mostrado um pouco da vida de cada um destes gatos, é-nos dado a conhecer o modo de vida dos habitantes naqueles bairros, sempre com música turca de fundo, para nos ambientar.
Através deste documentário, ficamos a conhecer as vidas destas pessoas, tão diferentes, a partir da sua relação com os gatos. Um pescador a dar biberão a gatinhos bebés, e a razão pela qual passou a cuidar deste animais. Um outro homem com vários sacos de peixe, que distribui por dezenas de gatos. Uma mulher que perdeu a sua gata, e passou a tentar atenuar a dor, ajudando outros gatos.
Também nos mostra vários locais da cidade, desde as ruas de maior movimento, às vielas, dos becos às as docas, dos telhados aos estabelecimentos mais frequentados.
Achei curiosa a forma como os gatos, naquela região, são tão independentes e respeitados, algo que as mulheres ainda lutam diariamente por conquistar. De facto, quase todas as pessoas entrevistadas enaltecem os gatos, não só como um símbolo cultural da cidade, mas pelo papel importante que estes tiveram em determinado momento na sua vida.
Por outro lado, era desnecessário evidenciar a eterna rivalidade entre cães e gatos, desvalorizando os primeiros, e sobrevalorizando os segundos quando, por exemplo, um dos habitantes afirma que os gatos são mais inteligentes.
Em Istambul, podemos encontrar, também na arte, a presença felina. E comedouros e bebedouros colectivos nas ruas, com um recado muito curioso, para os humanos que se atreverem a mexer ou roubar aquilo que pertence aos gatos!
Por parte dos protagonistas humanos do documentário, estas foram algumas das frases proferidas acerca dos felinos:
"São como pessoas"
"Se você não ama os animais, também não pode amar as pessoas".
Ter uma relação com um gato é quase como ser amigo de um alienígena"
"Os cães acham que os humanos são Deus. Os gatos sabem que não somos Deus, mas apenas seus intermediários. Os gatos são mais inteligentes."