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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Doenças felinas #2 - Vírus da Leucemia Felina

 

Também conhecido por FeLV, este vírus, considerado a maior causa de morte em gatos, ataca e enfraquece o sistema imunitário dos gatos, podendo:

- atacar tecidos e órgãos, levando-os a ficar susceptíveis a várias doenças infecciosas, e causando infecções respiratórias, lesões de pele, anemias, infecções orais, retardo na cicatrização de feridas e problemas reprodutivos. A maioria dos gatos infectados morrem desses sintomas. 


- desenvolver cancro, aparecendo como tumores. Cerca de 33% das mortes por cancro nos gatos são devidas à Leucemia Felina.

 

Como é que os gatos contraem FeLV?

O vírus pode ser transmitido através da saliva, secreções nasais e lacrimais, urina e fezes de gatos portadores. As formas mais comuns são as lambeduras e mordidas. Os filhos de gatas infectadas também podem nascer infectados por meio de contaminação transplacentária ou adquirir o vírus durante a amamentação.

Também os comedouros e bebedouros , quando divididos regularmente com animais infectados, podem ser um veículo de transmissão.

A exposição a este vírus é maior para gatos que têm acesso à rua.

 

Sintomas

Os sinais gerais, também comuns ao FIV podem ser anorexia, depressão, perda de peso e alterações comportamentais.

Existem também sinais clínicos mais específicos, associados às infecções secundárias e à imunossupressão. São eles:

- Halitose devido a gengivites ou estomatites
- Dermatites recorrentes e abscessos
- Otites
- Infecções das vias aéreas
- Enterites
- Anemia não regenerativa
- Leucopenia com neutropenia, linfopenia e trombocitopenia ou leucocitose por linfocitose
- Linfoma
- Fibrossarcoma
- Doenças mieloproliferativas

 

Tratamento

Não existe tratamento específico para o FeLV. Geralmente, realiza-se apenas tratamento sintomático para as infecções decorrentes, anemias e neoplasias.

No entanto, alguns gatos, quando possuem um bom sistema imunitário, são mais resistentes ao vírus que outros com um sistema imunitário mais debilitado.

Os gatos expostos ao vírus podem, também, tornar-se potencialmente portadores, ou seja, podem não desenvolver a doença durante um certo tempo, mas carregam o vírus e podem tornar-se doentes e infectar outros gatos, caso a doença se torne ativa.

 

Prevenção 

O melhor, mais seguro e mais eficaz método de prevenção contra o FeLV é a vacina que, por ser inactivada, não causa a doença em hipótese alguma. A primeira administração deve ser aplicada em gatos ainda bebés (entre 8 a 10 semanas de vida).

Se se suspeitar que um gato está infectado, deve-se fazer um teste antes de aplicar a vacina.

 

 

 

 

Doenças felinas #1 - Vírus da Imunodeficiência Felina

 

Também conhecido por FIV, o Vírus da Imunodeficiência Felina, só é transmitido de gato para gato, e não para os seres humanos ou outros animais. Mesmo de gato para gato, não é facilmente transmitido porque é necessária uma dose muito elevada para que tal aconteça.

 

Mas, como é que ocorre essa transmissão?  

O vírus está presente no sangue e saliva de gatos infectados. As vias mais comuns de infecção são através da mordida, quando o vírus na saliva do gato infectado é injectado directamente na corrente sanguínea do gato mordido, ou através das lutas de gatos, normalmente não castrados, que podem também ser infectados. Por outro lado, um gato que morde um gato infectado, tem menos risco de ser infectado, uma vez que o vírus não é injectado directamente na corrente sanguínea, embora ainda haja um elemento de risco. 

 

O que é que este vírus provoca?

O FIV diminui drasticamente as capacidades imunitárias, esgotando o número de células brancas do sangue, o que proporciona o fácil aparecimento de infecções e outras doenças, e torna os gatos menos capazes de as combater. No entanto, o FIV é um vírus de acção lenta, e muitos gatos infectados podem ter uma vida normal, sem problemas de saúde aparentes, decorrentes do vírus.

 

Principais sintomas:

  • falta de apetite
  • emagrecimento
  • febre
  • diarreia
  • dificuldades respiratórias/ infecções do trato respiratório (rinite ou bronquite)
  • tumefação das glândulas linfáticas
  • conjuntivite
  • gengivite (inflamação da gengiva)
  • espirros, e corrimento nasal e ocular
  • estomatite
  • insuficiência renal

 

 

 

Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no corpo para sempre. Não existe cura, mas os gatos podem viver uma vida normal e longa.

Os principais cuidados que o dono de um gato portador deste vírus deve ter são:

  • proporcionar uma alimentação saudável e equilibrada
  • ter a vacinação sempre em dia
  • manter o gato dentro de casa para não correr o risco de ficarem doentes e para não infectar outros gatos
  • manter-se sempre atento à condição física do gato, para detectar eventuais sintomas


Os gatos e as infecções urinárias

 

Como saber se o nosso gato está com uma infecção urinária?
 
No caso da Tica, acho que foi por também eu estar familiarizada com esse problema e com os sintomas, que rapidamente consegui identificar.
Provavelmente, nem todos os casos serão iguais mas, com a Tica, verificaram-se todos os sinais:
 
- dificuldade em urinar - ela ia várias vezes à caixa mas fazia muito pouco de cada vez, por vezes só mesmo uma ou duas pingas
 
- urinar fora da caixa - percebia-se que não o fazia de propósito, mas porque talvez não se sentisse bem. Encontrei várias vezes pela casa pequenas manchinhas de urina
 
- urina com sangue - nesses chichis que encontrei no chão, notava-se a cor rosada, que sugeria presença de sangue na urina
 
- mal estar geral - notou-se no seu comportamento que não se sentia bem. Em alguns gatos, pode haver vocalização, letargia, vómitos e debilidade
 
 
 

A doença do trato urinário inferior felino, também conhecido como Síndrome urológico felino, é uma doença comum, sendo que os tipos mais frequentes incluem uma condição inflamatória na bexiga e na uretra, assim como a formação de cristais ou cálculos na urina.

Nem sempre é possível identificar a causa, mas a inflamação da bexiga pode ser causada por infecções, cálculos urinários, trauma ou tumores. Mas também pode ser provocada por uma infecção viral ou caudada pelo próprio sistema inflamatório.
Por norma, os gatos podem ser mais afectados por este problema entre os 2 e os 6 anos, quando são inactivos, ou têm excesso de peso. Outros factores de risco incluem o stress, mudança no ambiente, ou mudanças na caixa das necessidades, dieta ou água de bebida.

De uma forma geral, qualquer gato pode ser afectado, mas os machos estão mais predispostos devido ao pequeno diâmetro da uretra. E é comum, apesar do tratamento e dos cuidados em casa, haver recorrências.

Assim que percebi o que se passava com a Tica, marquei imediatamente consulta no veterinário. Pelo que expliquei, a funcionária achou que não devíamos esperar mais dias, e levámo-la logo.

A veterinária confirmou o meu diagnóstico e verificou que ela estava também com febre. O tratamento, foi à base de antibiótico, anti-inflamatório e antipirético. Esta medicação serve, normalmente, para estabilizar. No entanto, se o animal estiver obstruído, deverá ser algaliado para resolver a obstrução. 

Alguns gatos têm obstruções frequentes e sofrem danos extensos na uretra.l Nesse caso, deverá ser realizada uma intervenção cirúrgica para remover parte da uretra e deixar um diâmetro maior para urinar. Após esta cirurgia os gatos raramente obstruem de novo, mas podem voltar a apresentar urina com sangue, dificuldades em urinar e aumento da frequência em urinar.

Cuidados em casa

Existem dietas especiais para os gatos com esta doença, que são formuladas para minimizar a formação de cristais na urina e para manter um pH urinário ácido.
 
Deverá haver sempre água fresca ao dispor.
 
Outras medidas que podem ajudar são: uso de duas caixas limpas e sempre acessíveis, encorajar ao exercício e perda de peso em gatos obesos, minimizar o stress ou mudanças na rotina.
 
Observar se o seu gato apresenta dificuldades em urinar, dificuldades em produzir urina e outros sinais de doença, como vómitos, falta de apetite ou mudanças no comportamento.