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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

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Para começar bem a semana!

Foto de Tarecos Das Alcarias.

 

Na passada semana foram entregues, aos Tarecos das Alcarias, os novos livros encomendados para ajudar a causa.

O valor angariado será utilizado na esterilização de algumas gatas da colónia, cujas cirurgias estão agendadas para dia 16 de Novembro!

Clube de Gatos do Sapo deu o primeiro passo, mas o mérito cabe, sobretudo, a quem se juntou à causa e adquiriu os nossos livrinhos, para ajudar os Tarecos Das Alcarias.

Nunca tivemos tantas encomendas. Continua a haver pessoas interessadas em adquirir os nossos livros (sim, o primeiro também), e estamos à espera de mais pedidos, para podermos fazer nova encomenda.

 

Sem elas, esta missão não seria bem sucedida!

 

A música em prol da causa animal

 

A banda setubalense, Hands on Approach, está de volta e promete um novo álbum para depois do Verão. Be True é o single de avanço, um tema sobre o amor, mas pelos animais.

"Não queríamos fazer um vídeo sobre o amor tradicional entre duas pessoas", conta o vocalista Rui David.

Neste vídeo, realizado pela Wrong Planet, mostra-se um "outro lado" deste sentimento: "o amor expresso entre as pessoas e os animais". Uma forma de "dar visibilidade" à causa animal, e não só — as vendas digitais da canção revertem na totalidade a favor da União Zoófila e da Associação Sobreviver.

"Já que somos músicos, damos a cara. É uma boa forma de ajudar e cabe-nos a nós ter esse papel também."

Em jeito de desabafo

Imagem relacionada

 

Aqueles que mais amam os animais são, também, aqueles que mais sofrem por eles, com eles.

Por não terem poderes sobrenaturais, por não poderem fazer mais, por não poderem, muitas vezes, ajudar naquilo que mais precisam, por não terem mãos, braços e força suficiente para tantos animais que lhes aparecem à frente, vítimas de abandono, maus tratos ou, simplesmente, estupidez e irresponsabilidade humana.

Por não poderem acolher todos os animais que vagueiam sozinhos pelo mundo, por não encontrarem famílias para aqueles que acolhem, e que acabam por viver e morrer em abrigos, sem nunca saber o que é ter um lar.

Por quererem fazer tudo para lhes proporcionar uma melhor vida, mesmo que isso signifique contas e dívidas cada vez maiores, em que os valores aumentam a triplicar, comparativamente aos que conseguem abater.

Por terem que lutar, para além de tudo isto, com pessoas cruéis, que ainda se insurgem contra este trabalho voluntário, que fazem questão de, não só não ajudar, como ainda prejudicar quem o faz.

 

Poder ajudar um só animal que seja, já é bom. Mas fica sempre a frustração de não poder ajudar mais.

Poder contribuir para que outros ajudem, por pouco que seja, é óptimo. Mas fica sempre a sensação de que não deixa de ser uma migalha, uma agulha num palheiro.

 

Até mesmo os médicos, que tentam dar uma melhor qualidade de vida aos animais ou, até mesmo, salvar-lhes a vida, cedem à pressão, e à frustração, quando não são bem sucedidos.

 

Quem mais gosta dos animais, é quem muitas vezes tem vontade de se dar por vencido, de baixar os braços, mas sabe que não o pode fazer. E, por isso, vai buscar esperança e força nem sabe bem onde, porque se não forem essas pessoas a preocupar-se e a lutar pelos animais, quem o fará? 

O que vos apraz dizer sobre isto?

Deixo-vos aqui este texto de Henrique Raposo, publicado na RR no passado dia 28 de Abril, que tive hoje oportunidade de ler, e que ainda estou assimilar, por tão pouco de verdade que tem, embora a tenha, bem nua e crua, perante tantos disparates de que fala.


"Ao equivaler o cão ao homem, o animalismo dessacraliza a vida humana, dessacraliza os direitos humanos, atira a vida humana para o estado da natureza. Os exemplos desta desumanidade já são às dezenas.

“Os cães não são coisas”, “quem não gosta de animais não é boa pessoa”, “eles (os cães) vêem sempre quem é boa ou má pessoa”, “gosto tanto dos meus cães como dos meus filhos”, “ter um cão ensinou-me a ser pai/mãe”, “os animais têm a mesma dignidade dos homens” e, claro, “os animais são mais humanos do que os próprios homens”. Estas e outras frases já fazem parte da poluição sonora que nos apascenta. O que até é compreensível. Este animalismo pagão é o reflexo de uma sociedade de gente sozinha, triste e com enormes doses de ressentimento por tratar.

O animalista é quase sempre uma pessoa que respira raiva contra outras pessoas, contra o ex-marido, contra a ex-mulher, contra a nora, contra a humanidade em geral, esse vírus que consome a mãe natureza. O alegado amor pelos animais é só uma forma de sublimar esse ódio galopante. É compreensível.

Somos uma sociedade de divórcios, de relações instáveis, de filhos únicos, de idosos solitários que passam meses sem ver os filhos ou netos. Não há primos ou irmãos, não há tios ou tias, não há netos ou avós, não há maridos e mulheres. Neste deserto emocional, é evidente que muitas pessoas transferem as emoções para os animais; cães e gatos funcionam como espelhos passivos onde são projectados afectos e ressentimentos. “Os cães são fiéis, ao contrário das pessoas”. Tudo isto é compreensível, sem dúvida, mas há limites. E este animalismo já passou há muito os limites morais de uma sociedade civilizada.

Quem é que recebe a maior onda de indignação? O toureiro que fere um touro ou o dono do rottweiller ou pittbul que mata um bebé? A resposta é o primeiro. E o poço é ainda mais fundo. O cão recebe uma campanha de compreensão na internet. As pessoas lembram-se do nome do cão assassino e não do nome do bebé assassinado. A humanização do animal (o abate é visto como um “assassínio”) causa assim a desumanização do bebé, da criança, do ser humano.

O espantoso é que esta tribo animalista equipara moralmente uma pessoa a um cão com uma vaidade moral que faz lembrar os marxistas dos anos 50. Julgam-se superiores, acham que são a vanguarda moral, julgam-se super-humanos. E, tal como as ideologias do passado, esta hubris esconde a sua intrínseca desumanidade.

Ao equivaler o cão ao homem, o animalismo dessacraliza a vida humana, dessacraliza os direitos humanos, atira a vida humana para o estado da natureza. Os exemplos desta desumanidade já são às dezenas. O parlamento que criminaliza o abandono de animais é o mesmo parlamento que recusa criminalizar o abandono de idosos. O PAN recusa barrigas de aluguer no gado suíno mas apoia as barrigas de aluguer em pessoas. Começa a ganhar força a ideia de que um animal “consciente” tem mais valor do que um ser humano inconsciente. Exagero? Lembrem-se das declarações do líder do PAN: “há mais características humanas num chimpanzé ou num cão do que num ser humano em coma”. Portanto, se seguíssemos esta lógica, teríamos de dizer que o abate de um cão é mais indecente do que a eutanásia de um homem em coma. Se repararem bem, já lá estamos, já vivemos nesta lógica: o ar do tempo defende a eutanásia enquanto grita histericamente contra o “assassínio” de um cão.

Rir ou chorar? A sociedade que se cala ante o aborto, ante a eutanásia, ante a eugenia cada vez mais aberta, ante a nanotecnologia que cria um futuro pós-humano, ante as barrigas de aluguer que transformam bebés em bens que se podem comprar, enfim, esta sociedade que transforma o humano numa coisa é a mesmíssima sociedade que grita histérica “os animais não são coisas”."

(Henrique Raposo – RR – 28.04.17)

 

Como saber se uma pessoa gosta de gatos?

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Quando vou a casa à hora do almoço, ou quando saio ao final da tarde, costumo encontrar aquela gatinha de que já vos falei, cuja dona a deixa vir à rua, ali à porta de casa, presa por uma trela para não haver acidentes.

 

Tal como eu, várias outras pessoas passam por ali, mesmo ao lado da gata. A gata, assim que vê alguém, mia e quer logo ir ter com a pessoa, para receber mimos.

Costumo parar sempre um bocadinho, para lhe dar festinhas e ela tenta subir-me pelas pernas. Uma ou outra pessoa, faz o mesmo que eu. Muitas pessoas, passam por ela sem sequer olhar.

Pergunto-me como conseguem, sendo para mim tão irresistível, passar por ali sem lhe fazerem uma festinha.

Dei por mim a pensar se isto será um bom indicador de quem realmente gosta ou não de gatos, ou se apenas reflecte receio, indiferença ou vergonha.

 

Será que passar por um gato, fazendo de conta que o mesmo não está lá é sinónimo, de que:

 

A) A pessoa não gosta nem desgosta destes animais, simplesmente não lhe dizem nada.

 

B) A pessoa até gosta de gatos, mas tem vergonha de parar ali a mimá-lo com outras pessoas ou a própria dona a ver, ou receio do que os gatos lhe possam fazer.

 

C) A pessoa, definitivamente, não gosta de gatos porque quem gosta, pára sempre e não resiste.

 

Para qual destas hipóteses mais se inclinam? 

 

Distinções entre animais e humanos

 

No outro dia, em conversa com o meu marido, afirmávamos que as nossas gatas são, para nós, como "filhas".

No entanto, quanto a mim, ainda assim consigo fazer determinadas distinções entre filhos humanos, ou "filhos" felinos.

Dei como exemplo uma história que já aqui publiquei no Clube, de uma mulher que terminou a sua relação com o namorado porque este, sem intenção, deixou fugir o gato dela, que nunca mais apareceu.

Ora, colocando-me nessa situação, e chegou a acontecer, por vezes, deixarmos escapar a Tica pela porta ou pela janela, e ela ir dar uma curva, e apesar de amar muito a Tica, não conseguiria culpar o meu marido, e penso que ele também não se fosse eu a fazê-lo, nem a terminar o nosso casamento por causa desse incidente.

Já se o mesmo acontecesse com a minha filha, deixá-la à responsabilidade dele, e ela desaparecer estando a seu cargo, sei que não conseguiria continuar ao lado dele por muito tempo, por mais que não tivesse sido intencional. Acredito que acabaria, voluntaria ou involuntariamente, por culpabilizá-lo e isso destruiria a relação.

O meu marido diz que não concorda. Dei-lhe o exemplo do irmão dele, que é a pessoa mais próxima, mas ele continua a afirmar que, se isso acontecesse com ele, nunca iria reagir dessa forma que afirmo. Eu, tenho as minhas dúvidas!

De qualquer forma, noutras situações, as nossas gatas são mesmo tratadas como se fossem filhas, com direito a atenção, mimos, preocupações, brincadeiras, gastos.

Por isso, a nível geral, as distinções não são assim tão grandes como possam parecer.

E na vossa opinião, quais são as principais diferenças na forma como vêem os vossos gatos, e os humanos á vossa volta? Em que situações consideram que é mais fácil perceber essa distinção, na vossa convivência com os animais?