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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Acupuntura em gatos

 

Talvez não consigamos imaginar os nossos gatos a serem espetados por várias agulhas, mas a acupuntura felina está a ser cada vez mais utilizada para tratar alguns sintomas e doenças dos bichanos, quando não se conseguem resultados pelos meios convencionais, ou para evitar o uso excessivo de medicação e efeitos secundários que determinados medicamentos provocam nos animais.

 

A propósito da Amora,por exemplo, o tratamento que ela poderia vir a fazer, se se confirmasse o quadro de convulsões frequentes, seria agressivo, e iria ter implicações que não seriam nada boas para ela.

Ao pesquisar mais sobre o assunto, deparei-me com esta técnica como uma alternativa menos dolorosa para ajudar os gatos.

Também o Senninha, o gato atropelado no parque que a Marlene recolheu e acolheu, e que ficou com três fracturas na coluna, e paralisado das patas traseiras, teve que recorrer a esta terapia para lhe aliviar as dores que sentia. E, de facto, o objectivo foi cumprido!

 

 

 

Normalmente, estes especialistas são procurados quando já não existem outras soluções, e para casos como problemas ortopédicos, osteomusculares, renais, digestivos, hormonais, de fígado, de coração, de pele, neurológicos, e até distúrbios comportamentais, ou ainda dor no geral, entre outros.

 

Algumas das desvantagens deste tipo de tratamento são:

 

- a duração do tratamento - ao contrário de um medicamento, que actua mais rapidamente, para se verem resultados com a acupuntura são necessárias algumas sessões

 

- o custo das sessões - mesmo sendo apenas uma vez por semana, pode haver casos em que os animais têm que frequentar estas sessões durante alguns meses

 

- o desconforto que alguns animais poderão revelar, e que pode ser impeditivo do recurso a este tratamento

Reacções alérgicas em cães e gatos

Uma das causas que mais leva os animais de estimação, nomeadamente, cães e gatos, às urgências veterinárias são as reacções alérgicas.

 

 

 

Normalmente, estas reacções são provocadas por hipersensibilidade do organismo do animal a um agente promotor de alergia.

 

Alguns desses agentes são:

 

- as vacinas

- algumas plantas

- picadas de insectos

- medicamentos como a penicilina, tetraciclina ou neomicina, entre outros

- alimentos (caseiros)

 

 

 

A alergia pode manifestar-se através do inchaço da cabeça e/ou olhos, coçar constante, e ainda por altos por todo o corpo, podendo essa manifestação ser suave ou mais severa, dependendo dos casos, e de animal para animal.

 

Nestes casos, quando estamos perante uma reacção alérgica, e se pudermos, convém ver onde o animal estava no início da reacção, observando o ambiente à volta para perceber se há ali algo que possa ter desencadeado essa reacção. Nem sempre é possível.Por vezes só damos conta muito depois dela ocorrer.

 

Convém também elevar a cabeça do animal, para facilitar a respiração, e levar imediatamente ao veterinário.

 

 

 

Nos cães, o sistema hepático é o mais afetado. Já nos gatos é a parte respiratória.

 

Após a estabilização do quadro do animal em causa, através dos procedimentos emergenciais que se revelem necessários, desde terapia com oxigênio, a medicação com corticoides, anti alérgicos, fluidos e até recurso a adrenalina (nos casos de colapso cardiovascular), podem vir a ser precisos exames de laboratório.

Por isso, na maioria das vezes, os animais ficam hospitalizados para observação e realização de tratamentos que ajudem a inibir ou eliminar a alergia.

 

 

 

Doenças felinas #4 - Panleucopénia

 

Já muito se ouviu falar, aqui no Clube, da panleucopénia felina, sobretudo depois de a Becas ter sido uma das vítimas deste vírus.

 

Mas, afinal, o que é a panleucopénia?

É uma doença altamente contagiosa, também conhecida como laringoenterite contagiosa ou agranulocitose infecciosa, causada por um vírus pertencente à família Parvoviridae, mais conhecido por parvovírus felino, e é muito comum em gatos domésticos, com maior incidência nos gatos jovens (entre 1/2 meses e 1 ano).

É considerada um dos distúrbios gastrointestinais mais mortais para os gatos, apresentando uma taxa de mortalidade de cerca 80% dos gatos contaminados.

Este microrganismo caracteriza-se pela sua grande resistência, podendo sobreviver por mais de um ano em ambiente aberto.

 

Como se transmite?

A maior parte das infecções ocorre pelo contacto com fezes contaminadas, água, comida ou outros objectos partilhados entre um gato saudável e um infectado (mordidas, saliva), pela gestação, pelo contacto directo entre gatos, ou através de ectoparasitas infectados (como as pulgas, por exemplo).

Após o tratamento, um felino doente pode, através da urina e das fezes, ir eliminando o vírus até seis semanas. 

 
Que órgãos afecta?

 

Se a infecção for transplacentária, pode levar a má formações fetais.

Nos recém nascidos, pode ocorrer o aparecimento de lesões cerebelares, sendo observados sinais de alterações no sistema nervoso central como incoordenações motoras, andar cambaleante, entre outros. Também pode afectar a retina, o nervo óptico, o tecido linfático e a medula óssea.

Em animais mais velhos, a infecção ocorre mais intensamente no tecido linfático, medula óssea e criptas da mucosa intestinal. 

No caso da Becas, para sua sorte (e nossa), o único órgão afectado foi mesmo a medula óssea e, quando medicada, mostrou-se sempre muito activa, com apetite e aparentemente normal, sendo por isso, na opinião dos médicos, um caso totalmente atípico.

 

Quais os sintomas a ter em conta?

A doença tanto pode ocorrer praticamente sem sintomas, como levar a casos de morte súbita sendo, nestes casos, confundida com envenenamento.

Após a penetração do vírus no organismo ocorre uma fase de incubação que pode variar de 2 a 7 dias.

Os principais sintomas da doença são:

- falta de apetite 

- depressão

- vómitos

- febre

- sensibilidade abdominal

- diarreia

- desidratação

 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através da associação dos sinais clínicos com resultados dos exames de sangue que apontam para leucopenia.

 

Em que consiste o tratamento e qual a sua eficácia?

O tratamento da panleucopenia felina é mais eficaz quanto mais cedo a doença for diagnosticada.

A falta de tratamento, ou a demora em iniciá-lo, leva a que a panleucopenia felina avance ainda mais, causando desidratação e levando o animal à morte, o que costuma ocorrer poucos dias após o surgimento dos primeiros sintomas. Há casos em que a doença provoca a morte súbita do felino.

O tratamento é caro e trabalhoso, normalmente à base de antibióticos para evitar infecções bacterianas secundárias, administrados por via intravenosa ou oral, fluidoterapia para combater a desidratação e fornecer nutrientes e, caso necessário, transfusões de plasma.

Os animais infectados devem ser isolados, para minimizar o risco de transmissão, e ser acomodados num local limpo, para evitar infecções secundárias que podem debilitar ainda mais o estado geral dos mesmos.

O ideal é o internamento num hospital ou clínica, onde os animais estão em permanente vigilância e monotorização, e onde existem os meios necessários ao tratamento.

Os animais que conseguirem sobreviver de 5 a 7 dias, têm grandes hipóteses de escapar com vida a este vírus.

 

Como prevenir?

A prevenção é feita através da vacinação.

Existe, actualmente, uma vacina que tem por objectivo prevenir contra a calicivirose, rinotraqueíte e panleucopénia, e deve ser administrada às 8 semanas, tendo depois 2 reforços, de 3 a 4 semanas cada um. Os adultos, em especial as fêmeas, devem ser vacinados todos os anos para a manutenção do nível de anticorpo.

Depois de vacinados os gatos tendem a obter imunidade para toda a vida.

 

Dica (de quem já passou por esta situação):

Se notarem que o vosso gato não está bem, e se apresentar algum dos sintomas acima referidos, ou outro qualquer, e mesmo que considerem que não deve ser nada de importante, não hesitem em levá-lo ao veterinário o quanto antes.

Mais vale pecar por excesso de zelo, do que por falta dele.

Se não for nada de importante, melhor para todos. Mas se for grave, quanto mais cedo for diagnosticado, mais hipóteses tem de ser tratado com sucesso. 

Doenças felinas #3 - Diabetes

diabetes-gatos

 

Tal como os humanos, também os nossos gatos  podem sofrer de diabetes.

No caso dos gatos, pode ser Diabetes Mellitus de tipo I (em que o pâncreas para praticamente de funcionar) ou II (em que a produção de insulina é insuficiente), sendo a forma mais comum a de tipo II.

 

Mas, afinal, em que consiste exactamente a diabetes e quando é que ocorre?

Os gatos que sofrem de Diabetes Mellitus têm dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia pelo organismo, ocorrendo quando as células não respondem normalmente aos montantes de insulina produzida pelo pâncreas.

Os gatos mais afectados são, por norma, gatos de meia idade ou idade avançada, e obesos.

No entanto, a diabetes pode também estar relacionada, para além da idade e eventual obesidade, com uma pré-disposição do organismo, combinada com má nutrição, e sedentarismo.

 

Quais são os sintomas?

Os gatos afectados pela diabetes podem começar a agir permanentemente como se tivessem fome, a querer comer a toda a hora mas, ainda assim, mostrar sinais de desnutrição, porque as suas células não conseguem absorver a glicose.

Para além da fome excessiva e perda progressiva de peso, também há uma tendência para aumentar a sede e, consequentemente, urinar em excesso.

Como em qualquer doença, os gatos tendem também a ficar quietinhos e letárgicos.

 

Como é efectuado o diagnóstico?

Se suspeitarmos que os nossos gatos podem estar a sofrer de diabetes o melhor é levá-los ao veterinário, que irá proceder à recolha de amostras de sangue e urina. É comum os gatos serem internados por um dia para realizar os exames.

Caso se confirme, o veterinário inicia o processo de estabilização dos níveis de glicose no sangue, geralmente com controlo nutricional, administração de insulina, ou ambos.

 

Quais são os cuidados a ter com os gatos diabéticos?

O veterinário é a pessoa mais indicada para fornecer conselhos sobre a alimentação e as horas das refeições do gato, podendo ser necessário administrar diariamente injecções de insulina em casa. Pelo menos, no início.

São necessárias visitas repetidas ao veterinário para monitorizar o progresso do tratamento e, conforme os resultados obtidos, introduzir alterações na dieta, ou nos níveis de insulina. 

É importante uma dieta equilibrada e adequada, havendo até no mercado alimentação própria e rações específicas para gatos com diabetes.

No caso da diabetes de tipo II, se o gato tiver excesso de peso e conseguir, com essa dieta, atingir um peso normal, é provável que possa vir a prescindir das injecções de insulina.

 

A diabetes pode afectar a vida dos nossos gatos?

Se não forem diagnosticados e tratados, os nossos bichanos podem, com o passar do tempo,vir a ter problemas como pouca ou deficiente mobilidade das patas, e perda de massa muscular que, por sua vez, acarretarão outros problemas, levando-o a ficar mais fraco. No entanto, a diabetes só é fatal se não for tratada. 

Existem gatos que podem ser tratados apenas com dieta e medicação oral, mas a maioria necessita de injecções de insulina. 

Ainda assim, com o tratamento adequado, e acompanhamento médico-veterinário, apesar de ser preciso tempo e compromisso também da parte do dono durante o mesmo, é possível o gato diabético superar a doença a longo-prazo e viver feliz e saudável. 

 

 

Doenças felinas #2 - Vírus da Leucemia Felina

 

Também conhecido por FeLV, este vírus, considerado a maior causa de morte em gatos, ataca e enfraquece o sistema imunitário dos gatos, podendo:

- atacar tecidos e órgãos, levando-os a ficar susceptíveis a várias doenças infecciosas, e causando infecções respiratórias, lesões de pele, anemias, infecções orais, retardo na cicatrização de feridas e problemas reprodutivos. A maioria dos gatos infectados morrem desses sintomas. 


- desenvolver cancro, aparecendo como tumores. Cerca de 33% das mortes por cancro nos gatos são devidas à Leucemia Felina.

 

Como é que os gatos contraem FeLV?

O vírus pode ser transmitido através da saliva, secreções nasais e lacrimais, urina e fezes de gatos portadores. As formas mais comuns são as lambeduras e mordidas. Os filhos de gatas infectadas também podem nascer infectados por meio de contaminação transplacentária ou adquirir o vírus durante a amamentação.

Também os comedouros e bebedouros , quando divididos regularmente com animais infectados, podem ser um veículo de transmissão.

A exposição a este vírus é maior para gatos que têm acesso à rua.

 

Sintomas

Os sinais gerais, também comuns ao FIV podem ser anorexia, depressão, perda de peso e alterações comportamentais.

Existem também sinais clínicos mais específicos, associados às infecções secundárias e à imunossupressão. São eles:

- Halitose devido a gengivites ou estomatites
- Dermatites recorrentes e abscessos
- Otites
- Infecções das vias aéreas
- Enterites
- Anemia não regenerativa
- Leucopenia com neutropenia, linfopenia e trombocitopenia ou leucocitose por linfocitose
- Linfoma
- Fibrossarcoma
- Doenças mieloproliferativas

 

Tratamento

Não existe tratamento específico para o FeLV. Geralmente, realiza-se apenas tratamento sintomático para as infecções decorrentes, anemias e neoplasias.

No entanto, alguns gatos, quando possuem um bom sistema imunitário, são mais resistentes ao vírus que outros com um sistema imunitário mais debilitado.

Os gatos expostos ao vírus podem, também, tornar-se potencialmente portadores, ou seja, podem não desenvolver a doença durante um certo tempo, mas carregam o vírus e podem tornar-se doentes e infectar outros gatos, caso a doença se torne ativa.

 

Prevenção 

O melhor, mais seguro e mais eficaz método de prevenção contra o FeLV é a vacina que, por ser inactivada, não causa a doença em hipótese alguma. A primeira administração deve ser aplicada em gatos ainda bebés (entre 8 a 10 semanas de vida).

Se se suspeitar que um gato está infectado, deve-se fazer um teste antes de aplicar a vacina.

 

 

 

 

Os gatos e as infecções urinárias

 

Como saber se o nosso gato está com uma infecção urinária?
 
No caso da Tica, acho que foi por também eu estar familiarizada com esse problema e com os sintomas, que rapidamente consegui identificar.
Provavelmente, nem todos os casos serão iguais mas, com a Tica, verificaram-se todos os sinais:
 
- dificuldade em urinar - ela ia várias vezes à caixa mas fazia muito pouco de cada vez, por vezes só mesmo uma ou duas pingas
 
- urinar fora da caixa - percebia-se que não o fazia de propósito, mas porque talvez não se sentisse bem. Encontrei várias vezes pela casa pequenas manchinhas de urina
 
- urina com sangue - nesses chichis que encontrei no chão, notava-se a cor rosada, que sugeria presença de sangue na urina
 
- mal estar geral - notou-se no seu comportamento que não se sentia bem. Em alguns gatos, pode haver vocalização, letargia, vómitos e debilidade
 
 
 

A doença do trato urinário inferior felino, também conhecido como Síndrome urológico felino, é uma doença comum, sendo que os tipos mais frequentes incluem uma condição inflamatória na bexiga e na uretra, assim como a formação de cristais ou cálculos na urina.

Nem sempre é possível identificar a causa, mas a inflamação da bexiga pode ser causada por infecções, cálculos urinários, trauma ou tumores. Mas também pode ser provocada por uma infecção viral ou caudada pelo próprio sistema inflamatório.
Por norma, os gatos podem ser mais afectados por este problema entre os 2 e os 6 anos, quando são inactivos, ou têm excesso de peso. Outros factores de risco incluem o stress, mudança no ambiente, ou mudanças na caixa das necessidades, dieta ou água de bebida.

De uma forma geral, qualquer gato pode ser afectado, mas os machos estão mais predispostos devido ao pequeno diâmetro da uretra. E é comum, apesar do tratamento e dos cuidados em casa, haver recorrências.

Assim que percebi o que se passava com a Tica, marquei imediatamente consulta no veterinário. Pelo que expliquei, a funcionária achou que não devíamos esperar mais dias, e levámo-la logo.

A veterinária confirmou o meu diagnóstico e verificou que ela estava também com febre. O tratamento, foi à base de antibiótico, anti-inflamatório e antipirético. Esta medicação serve, normalmente, para estabilizar. No entanto, se o animal estiver obstruído, deverá ser algaliado para resolver a obstrução. 

Alguns gatos têm obstruções frequentes e sofrem danos extensos na uretra.l Nesse caso, deverá ser realizada uma intervenção cirúrgica para remover parte da uretra e deixar um diâmetro maior para urinar. Após esta cirurgia os gatos raramente obstruem de novo, mas podem voltar a apresentar urina com sangue, dificuldades em urinar e aumento da frequência em urinar.

Cuidados em casa

Existem dietas especiais para os gatos com esta doença, que são formuladas para minimizar a formação de cristais na urina e para manter um pH urinário ácido.
 
Deverá haver sempre água fresca ao dispor.
 
Outras medidas que podem ajudar são: uso de duas caixas limpas e sempre acessíveis, encorajar ao exercício e perda de peso em gatos obesos, minimizar o stress ou mudanças na rotina.
 
Observar se o seu gato apresenta dificuldades em urinar, dificuldades em produzir urina e outros sinais de doença, como vómitos, falta de apetite ou mudanças no comportamento.