as melhoras da Kat
Cinco dias sem comer, depois de ir ao veterinário saber o que fazer, e perante o que contei do seu estado de apatia, a jovem veterinária concordou comigo que seria ciúme quando percebeu que o seu espaço fora "invadido" por um ser pequeno: o meu sobrinho neto.
Aconselhou-me mudar ambas as comidas, seca e húmida, trouxe uma embalagem pequena de ração rica em perú e uma de comida húmida de salmão.
Não costumo misturar as comidas, tenho um prato para cada uma, passei todo o conteúdo da embalagem da comida húmida para o respectivo pratinho.
A Kat cheirou, cheirou, não lhe tocou.
Pus, então, uma quantidade razoável de comida seca, no prato.
Cheirou, afastou-se, voltou a cheirar, comeu um pouco.
Voltou para o sofá, deixou-se ficar grande parte do dia, até que à noite comeu mais um pouco.
A comida húmida ficou no prato, não a comeu. Experimentei um pouco de patê que tanto gosta, mas nada.
Rejeitou toda a comida húmida, foi para o lixo.
No sábado, andava atrás de mim, roçava-se nas minhas pernas, queria comer.
Pus um pouco da comida dela, não a que trouxera do veterinário, foi comendo, mas ia para a beira da porta do armário onde guardo os sacos, eu abria-a, ela cheirava um e outro, mas o seu rosto ficava no saco de comida do veterinário.
No mesmo prato pus um pouco de cada uma das rações secas, comia mais uma que outra.
Eu já estava mais tranquila, a Kat dava sinal de melhoras.
Estava sentada no sofá, no meu lugar que ela ocupara durante os cincos dias de letargia, eis que ela por trás salta para cima dele, aproxima-se de mim, cheira-me, e eu com a maior da rapidez peguei no telemóvel e tirei uma selfie antes que ela fugisse, como é costume quando quero fotografá-la.
De sábado até hoje, a Kat não pára. Felizmente.