Hora de ponta no restaurante!
Jantar servido - restaurante cheio!
Passei pela colónia ao almoço, e vi que tinham pouca comida.
Levei num saquinho mais alguma ração para, quando saísse do trabalho à tarde, deixar lá para petiscarem à noite.
É costume estarem lá dois ou três a essa hora, e assim evitava que tivesse de ir a casa buscar comida para lá pôr.
Por norma, eles comem mais à noite, embora de dia a comida também desapareça.
E assim fiz.
Mas, quando parei lá ao final da tarde, estavam mais gatos que o habitual, e percebi que a comida que tinha comigo não chegaria para todos.
Tive que ir a casa buscar mais alguma ração.
Quando voltei, as caixas estavam vazias. Pus mais um pedacinho em cada uma (até levei outra caixa para ficar mais distribuído).
Os gatos que já tinham comido e já estavam a ir embora, voltaram para trás.
Todos queriam comer. Estavam com tanta fome que nem se fizeram esquisitos por a ração ser de outra marca. Nem sequer se incomodaram com o facto de eu estar ali abaixada, quase colada a eles.
Comiam, olhavam para mim, e voltavam a comer.
Pareceu-me que, mesmo assim, deveria ter levado mais ração.
Mas não é mesmo costume apanhar tantos juntos de uma só vez!
E, para além destes que estavam a tentar chegar às caixas, ainda estavam outros à espera de vez, mais afastados.
Esta é a maior gratificação que se pode ter, pelo facto de ajudar estes animais - saber que, pelo menos na naquela noite, ou naquele dia, naquela semana, naquele tempo, impedimos que morressem de fome e sede.
E de outros perigos. Porque se não têm comida ali, têm que a ir procurar noutro lado.
Alguns já saem daquele recinto, já atravessam a estrada, já se aventuram para mais longe. E ainda ontem, num outro local, vimos um gato morto na estrada.