"Sou o Mickey"
O Mickey pertence há pouco tempo ao Clube de Gatos do Sapo e está aqui para vos dizer que a sua dona é a Sofia, sobrinha da Maria Araújo.
Tem uma longa história para contar, mas deixo apenas uma parte, porque o resto fica lerem na nova edição do livro do nosso clube.
Olá, eu sou o Mickey!
Eu nasci na rua, filho de uma mãe siamesa muito querida chamada Jinda. Eramos seis irmãos. Fomos recolhidos da rua pela Agere e levados para o gatil de Braga.
A minha mamã amava-nos todos por igual, mas o leite começou a escassear e os meus irmãos não me deixavam comer e eu fiquei muito magrinho mas era energético. Quando tinha cerca de um mês e meio, os meus irmãos eram o dobro de mim. Os humanos tentavam-me dar de comer mas eu não conseguia.
Uma certa noite, quando só estavam duas voluntárias, levaram-me ao veterinário e ela decidiu que eu precisava urgentemente de uma família que, pelo menos, me habituasse a comer. A voluntária mais nova estava muito preocupada comigo e então, após uma chamada com mãe (“Mamã, está aqui um gatinho que está muito fraco e doente, achas que podemos levá-lo durante dois dias para podermos habitua-lo a comer? Depois ele pode voltar, só temos de o ensinar a sobreviver”) ela acolheu-me durante uns dias. Com muito carinho, ela montou um espaço muito acolhedor para mim no seu quarto e dormiu no chão, com extrema preocupação levantava-se de duas em duas horas para me dar de comer (tinha de me dar paté à seringa e leite pelo biberón), mimava-me e esperava que eu voltasse a adormecer. Sem eu saber, ela por vezes não dormia, ou acordava mais do que regularmente para ver se eu estava vivo. Ninguém acreditava que eu ia sobreviver nem sequer a primeira noite, por vezes, mesmo ela parecia perder a esperança, mas não desistiu de mim. Passou os três dias seguidos à minha beira, saíndo do quarto apenas para preparar a minha comida...
E o Mickey tem um companheiro, o Distruction.
A sua história , em breve.