A Anatomia de um Gato
Numa perspectiva diferente da habitual!
Querem acrescentar mais alguma parte que não steja aqui mencionada?!
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Numa perspectiva diferente da habitual!
Querem acrescentar mais alguma parte que não steja aqui mencionada?!
Outra das urgências mais comuns em cães e gatos são os atropelamentos e quedas.
Quando isto acontece, o que devemos fazer?
- ver se o animal respira e tem batimentos cardíacos
- retirar o animal do local com cuidado
- limpar o sangue/ muco/ vómito nas narinas
- tentar estancar a hemorragia externa
- evitar movimentos da coluna vertebral
- proporcionar um transporte estável e estabilização do animal
Quais são os órgãos mais afectados?
Cabeça - abrasões, hemorragia nasal, fracturas dentárias ou da mandíbula
Torax - hemorragia pulmonar, pneumotórax (presença de ar na cavidade pleural)
Membros - feridas, fracturas, luxações
Quais os principais meios de diagnóstico?
Os animais acidentados devem ser levados de imediato para o hospital ou clínica, para serem vistos por um veterinário e serem feitos os exames necessários.
Por norma, efectuam-se o RX e a Ecografia abdmonial.
Já muito se ouviu falar, aqui no Clube, da panleucopénia felina, sobretudo depois de a Becas ter sido uma das vítimas deste vírus.
Mas, afinal, o que é a panleucopénia?
É uma doença altamente contagiosa, também conhecida como laringoenterite contagiosa ou agranulocitose infecciosa, causada por um vírus pertencente à família Parvoviridae, mais conhecido por parvovírus felino, e é muito comum em gatos domésticos, com maior incidência nos gatos jovens (entre 1/2 meses e 1 ano).
É considerada um dos distúrbios gastrointestinais mais mortais para os gatos, apresentando uma taxa de mortalidade de cerca 80% dos gatos contaminados.
Este microrganismo caracteriza-se pela sua grande resistência, podendo sobreviver por mais de um ano em ambiente aberto.
Como se transmite?
A maior parte das infecções ocorre pelo contacto com fezes contaminadas, água, comida ou outros objectos partilhados entre um gato saudável e um infectado (mordidas, saliva), pela gestação, pelo contacto directo entre gatos, ou através de ectoparasitas infectados (como as pulgas, por exemplo).
Após o tratamento, um felino doente pode, através da urina e das fezes, ir eliminando o vírus até seis semanas.
Se a infecção for transplacentária, pode levar a má formações fetais.
Nos recém nascidos, pode ocorrer o aparecimento de lesões cerebelares, sendo observados sinais de alterações no sistema nervoso central como incoordenações motoras, andar cambaleante, entre outros. Também pode afectar a retina, o nervo óptico, o tecido linfático e a medula óssea.
Em animais mais velhos, a infecção ocorre mais intensamente no tecido linfático, medula óssea e criptas da mucosa intestinal.
No caso da Becas, para sua sorte (e nossa), o único órgão afectado foi mesmo a medula óssea e, quando medicada, mostrou-se sempre muito activa, com apetite e aparentemente normal, sendo por isso, na opinião dos médicos, um caso totalmente atípico.
Quais os sintomas a ter em conta?
A doença tanto pode ocorrer praticamente sem sintomas, como levar a casos de morte súbita sendo, nestes casos, confundida com envenenamento.
Após a penetração do vírus no organismo ocorre uma fase de incubação que pode variar de 2 a 7 dias.
Os principais sintomas da doença são:
- falta de apetite
- depressão
- vómitos
- febre
- sensibilidade abdominal
- diarreia
- desidratação
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da associação dos sinais clínicos com resultados dos exames de sangue que apontam para leucopenia.
Em que consiste o tratamento e qual a sua eficácia?
O tratamento da panleucopenia felina é mais eficaz quanto mais cedo a doença for diagnosticada.
A falta de tratamento, ou a demora em iniciá-lo, leva a que a panleucopenia felina avance ainda mais, causando desidratação e levando o animal à morte, o que costuma ocorrer poucos dias após o surgimento dos primeiros sintomas. Há casos em que a doença provoca a morte súbita do felino.
O tratamento é caro e trabalhoso, normalmente à base de antibióticos para evitar infecções bacterianas secundárias, administrados por via intravenosa ou oral, fluidoterapia para combater a desidratação e fornecer nutrientes e, caso necessário, transfusões de plasma.
Os animais infectados devem ser isolados, para minimizar o risco de transmissão, e ser acomodados num local limpo, para evitar infecções secundárias que podem debilitar ainda mais o estado geral dos mesmos.
O ideal é o internamento num hospital ou clínica, onde os animais estão em permanente vigilância e monotorização, e onde existem os meios necessários ao tratamento.
Os animais que conseguirem sobreviver de 5 a 7 dias, têm grandes hipóteses de escapar com vida a este vírus.
Como prevenir?
A prevenção é feita através da vacinação.
Existe, actualmente, uma vacina que tem por objectivo prevenir contra a calicivirose, rinotraqueíte e panleucopénia, e deve ser administrada às 8 semanas, tendo depois 2 reforços, de 3 a 4 semanas cada um. Os adultos, em especial as fêmeas, devem ser vacinados todos os anos para a manutenção do nível de anticorpo.
Depois de vacinados os gatos tendem a obter imunidade para toda a vida.
Dica (de quem já passou por esta situação):
Se notarem que o vosso gato não está bem, e se apresentar algum dos sintomas acima referidos, ou outro qualquer, e mesmo que considerem que não deve ser nada de importante, não hesitem em levá-lo ao veterinário o quanto antes.
Mais vale pecar por excesso de zelo, do que por falta dele.
Se não for nada de importante, melhor para todos. Mas se for grave, quanto mais cedo for diagnosticado, mais hipóteses tem de ser tratado com sucesso.