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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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"Dopar" os gatos para sossegarem - sim ou não?

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Não, obrigado!

A propósito da nossa ida ao programa, e porque já tinham sugerido isso à Anabela, perguntei também ao veterinário se achava que era aconselhável fazê-lo.

A resposta foi que as nossas gatas não eram assim tão stressadas, que o justificassem. Eu também não estava muito receptiva a fazê-lo, de qualquer forma.

Mas é engraçado que, quando fui à loja comprar as trelas para ambas, propositadamente para as poder ter mais seguras no estúdio, a funcionária perguntou-me se elas iriam tomar alguma coisa.

Isto leva-me a questionar se, sempre que vemos animais muito sossegadinhos ao colo dos donos, em programas de TV, ou sonolentos, ou com um ar de que não estão nem aí, os mesmos estarão "drogados" para o efeito. 

Será isto uma prática habitual? Valerá a pena submeter os animais a isso?

Se queremos mostrar o nosso animal, devemos fazê-lo tal como ele é, com a sua personalidade, o seu feitio. Se é um stress desnecessário a que não queremos submeter o nosso animal, então é preferível não o fazer de todo.

 

 

No nosso caso, a nossa intenção nunca foi mostrar os nossos gatos ao vivo. Os primeiros contactos que foram feitos, foram no sentido de divulgar algumas histórias interessantes dos membros do Clube, e o livro. Só depois, nos foi referido que a ideia era ter os gatos do Clube em estúdio.

Pois muito bem, eles vão! Vão e, quando lá chegarmos, logo vemos como corre. Mas vão sem tranquilizantes, calmantes e afins. Vão bem espevitados e fresquinhos! Calhou-nos, à Anabela e a mim, porque entendemos que tudo correrá bem com os nossos, apesar dos nossos receios.

 

Mas consideramos acertada a decisão dos outros membros contactados, como a Joana, de não submeter os seus gatos a viagens demoradas e ao stress que seria levar gatos que não se iriam conseguir segurar naquele ambiente.

Só mostra que a prioridade é o bem-estar dos nossos animais. E nada se deve sobrepôr a isso. 

 

 

Quanto à prática de acalmar os animais, nomeadamente, os gatos, não vejo situações em que a mesma se justifique e, por isso mesmo, até que me mostrem o contrário, é algo que está fora de questão. Até porque é preciso muito cuidado com dosagens, medicamentos administrados, e só deve ser feito por aconselhamento veterinário, e com receita médica.

 

 

E por aí, já alguém recorreu a algo do género,em alguma situação específica?

 

Como acalmar um gato agressivo

 

Por vários relatos de que já tivemos oportunidade de ler aqui no Clube, pudemos perceber que existem gatos que podem tornar-se bastante agressivos, e nem sempre é fácil lidar com eles nessas situações.

Essa agressividade dos gatos pode ser uma expressão de territorialismo, domínio sobre outro gato, ou simplesmente dor e medo. Também pode acontecer a mesma fazer parte da personalidade do próprio gato ou resultar de algum problema comportamental, sem uma causa concreta ou específica.

Quando estamos perante um gato agressivo, e queremos acalmá-lo, são necessários alguns cuidados e muita cautela, não só para nos protegermos, como para proteger o próprio animal, evitando magoá-lo ou irritá-lo ainda mais.

É mais fácil, para os donos de gatos mais agressivos, reconhecer os sinais de alerta e tomar medidas que minimizem este comportamento perigoso, mas qualquer pessoa, até mesmo estranha ao animal, pode ver-se numa situação em que tenha que actuar.

 

 

 

Por isso, aqui ficam algumas dicas que, para melhor eficácia, exigem que a pessoa mantenha a calma, e seja bastante paciente:

 

1 - É importante a pessoa proteger-se com luvas, roupa mais grossa e até óculos protectores, para evitar que se magoe durante o pico de agressividade do gato, em que o mesmo pode tentar morder e arranhar. Deve também ter à mão uma toalha, para o caso de ser necessário imobilizar o animal sem o magoar, e que vai, igualmente, ajudar a acalmar.

 

2 - Saber a possível causa da agressividade do gato é meio caminho andado para evitar ou prevenir esses ataques agressivos. A presença de pessoas estranhas, objetos, barulhos e algumas situações específicas são factores que podem desencadear um comportamento mais agressivo. Sabendo o que lhe provoca a agressividade, e evitando essas situações, podemos diminuir a frequência desse comportamento iou até mesmo anulá-lo.

 

3 - Manter uma atitude confiante, e falar com calma e de forma pausada, são atitudes fundamentais a ter em conta, já que o gato vai agir de acordo com a forma como a pessoa se comporta, e consegue detetar o que a mesma está a sentir no seu comportamento corporal e tom de voz utilizado.

 

4 -  Sons sibilares (como “shh”) são de evitar junto de um gato assustado ou com medo pois é este, normalmente, o som que fazem quando estão mais agressivos ou assustados.

 

5 - Invistir num spray calmante de feromonas (próprio para gatos), que são úteis quando se pretende ajudar o gato a acalmar mais rapidamente.

 

6 - A esterilização/castração de gatos atenua o comportamento relacionado com o cio e, se o gato for muito agressivo, pode ser uma forma de minorar esse comportamento.

 

7 - Para quem tiver disponibilidade e paciência, é aconselhável trabalhar múltiplas vezes com o seu gato, durante todo o dia, por períodos curtos. Quanto mais interagirmos com o animal e tentar acalmar os seus medos e transtornos, mais o gato aprende a lidar com as diversas interações diárias. No entanto, como foi dito, estes períodos de interação devem ser curtos, para não sobrecarregar o gato com estímulos. É mais fácil conseguir educar um gato a ser menos agressivo quando eles ainda são bebés, mas não quer dizer que um gato mais velho não o possa ser também. Perseverança e pensamento positivo podem ser bons aliados. 

 

Como é óbvio, existem casos de agressividade extrema, em que se torna difícil, ou mesmo impossível, a convivência saudável e confiante entre os gatos e os humanos, sobretudo quando falamos de espaços limitados, como apartamentos ou moradias (em que os gatos são mantidos no interior).

Nesses casos, e perante o perigo constante e iminente, e impossibilidade de conter um ataque, talvez seja aconselhável ponderar outras soluções viáveis, para que o animal possa continuar a viver a sua vida, sem pôr em causa a segurança dos seus donos.