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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Os obstáculos das colónias - a aceitação

Já aqui referi, que sou cuidadora de gatos de rua. Há uma colónia na minha rua, que tenho como missão, não sou a única cuidadora, felizmente somos uma equipa.

Esta causa,  costumo dizer que é como uma terapia, uma missão, que faço com amor, carinho, cuidado e dedicação! No entanto,  têm surgido alguns obstáculos, o principal é a falta de aceitação por parte de algumas pessoas. Parece que a presença destes doces e ternos seres, incomoda.

É cientifico, que estes seres afastam os ratos, mas nem assim, as pessoas  os querem cá.

O que incomoda:

  • A limpeza: faço o que posso para que esteja sempre tudo limpo. Dou muito do meu tempo para limpar. Por vezes, dou-lhes paté e aguardo que terminem para limpar os tabuleiros, se não posso esperar deixo só ração seca!
  • As pulgas: já aqui disseram que as crianças apanham deles as pulgas. Ora eles até são desparasitados, e uma das cuidadoras diz que se existissem aqui pragas de pulgas ela as apanharia porque a sua pele é propicia a isso.
  • Os cocós: as pessoas dizem haver cocós por todo lado; ora esses cocós são, na sua maioria, dos cães que são passeados no jardim com os donos, e não são recolhidos. Os nossos gatos, a generalidade deles, enterram os cocós, e temos um local com areia, onde a maioria deles vão lá fazer as suas necessidades!
  • Os carros: alguns gatos vão para cima dos carros que estão estacionados, para apanharem sol. Sempre que vejo eu os enxoto e os treino para não irem para os carros, já que sei o quanto isso incomoda. Nunca fiquei com o meu carro riscado, porque apesar das garras, eles também têm pantufinhas!

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Já houve aqui agressões,  envenenamentos, queixas das pulgas, houve até quem até desse tiros de chumbo. Felizmente também há apoios, generosidade e ajudas!wc publico.jpg

No meu ponto de vista, estes gatos só nos acrescentam!

A chegada de um novo membro à família

Resultado de imagem para adoção de dois gatos

 

Aqui no Clube, apesar das dificuldades iniciais, os casos em que existem dois felinos a cohabitar no mesmo espaço, tendo um chegado ao lar mais tarde que o outro, são de sucesso!

E é assim, na maioria das vezes.

Mas, atenção...

É preciso estar ciente de que o contrário também pode acontecer, e que o animal que temos em casa pode, não só não aceitar a nova companhia, como isso essa nova situação ter implicações na sua saúde.

 

Em algumas campanhas de adopção a que tenho ido, dizem-me sempre, quando mostro relutância em adoptar um novo gato, ou cão "ah e tal, eles acabam por se habituar, eu também tenho cães e gatos, e dão-se bem".

Pode até ser, mas também pode não ser. 

Porque não ser honesto e dizer "de uma forma geral e, com tempo e paciência, as coisas costumam correr bem, mas não podemos garantir"?

Porque não dizer "depende muito de animal para animal" ou, no caso dos cães,  "não sabemos, porque nunca esteve junto com gatos"?   

É que falar é muito fácil e, com tantos animais para adopção, se se puder "despachar" uns quantos, melhor, para dar lugar aos outros que precisam.

Mas quem adopta é que fica com a experiência em mãos, sem saber ao que vai, e como irá correr.

 

Sim, continuo a achar que, se for possível, devemos adoptar mais do que um gato, ou gatos e cães, porque há exemplos desses, em que ambas as espécies se dão bem.

Mas é preciso estar ciente que as coisas podem não correr bem. Que, por ciúmes, o animal mais antigo pode não aceitar a presença do novo. Que pode mudar o seu comportamento, tornando-se mais agressivo, não só para o novo animal como também para os donos. Que pode, até, entrar em depressão, e ter que andar a tomar medicamentos para diminuir o stress e agitação, ou antidepressivos.

 

E não é isso, de certeza, o que se deseja para o animal que já temos, nem para o que levámos para casa. 

Em alguns casos, temos que aceitar que não vale a pena forçar. Que há animais que preferem viver sozinhos, tal como há aqueles que se sentem melhor com companhia.