Nove razões para adoptar um laranjinha!
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Quase...
No sábado fomos até ao estacionamento do Parque Desportivo, em Mafra,para pagar umas rifas para ajuda à esterilização de uma cadela, pertencente à associação Adoromimos, que estava também a levar a cabo uma campanha para adoção de animais e angariação de fundos para a construção de um canil, no terreno doado pela Câmara Municipal de Mafra.
Sabíamos que iriam lá estar alguns cães para adopção. O meu marido foi logo vê-los, enquanto eu falava com a Ana Amaro, da associação, e com a organizadora do leilão do relógio.
Chamou-me para ver uma cadelinha de 3 meses que estava lá para adopção. Como sabem, eu sou a mulher dos gatos, embora esteja a gostar cada vez mais de cães. O meu marido, gosta de ambos, até porque já teve cães, e ainda tem a sua pastora alemã na terra dos avós.
Mas digo-vos: era impossível não me derreter com esta cadelinha que, até ao momento, não tinha nome, mas que foi naquela manhã baptizada de Mel, tal a doçura dela!
Um pouco assustada por estar rodeada de tanta gente, mas sempre meiguinha, paciente, só queria mimos, beijinhos, festinhas. Até eu que, no máximo, faço apenas umas festinhas, estive abraçada a ela! Tinha um pelo lindo, notava-se que está bem cuidada.
Todos à nossa volta faziam força para que a adoptássemos, até porque havia lá uma ou duas pessoas que já me conhecem, e sabem que ficava bem entregue.
A determinada altura, era a cadelinha a olhar para o meu marido com aquele olhar "levem-me", e o meu marido a olhar para mim com olhos de "vamos levá-la?".
E, confesso, senti-me muito dividida, e tentada a ficar com a Mel. Se algum dia tivesse um cão, seria um assim como ela, sem dúvida. Por momentos, quase deixei de ser a voz da razão a contrabalançar a voz do coração do meu marido, e a balança pendeu para a adopção.
Quase, quase...mas...
Temos a Becas e a Amora;
Não sabemos como iriam reagir a uma cadela, ainda mais porque são extremamente mimadas e ciumentas, e já é difícil distribuir atenções pelas duas;
Não estamos tempo suficiente em casa para vigiar e proporcionar uma boa adaptação;
Não queremos ter um cão para estar no quintal a tempo inteiro, um cão é família, e é para conviver connosco em casa;
Da minha parte, não faço a mínima ideia de como lidar com uma cadela pequena, nem tão pouco ensiná-la o básico, confesso que isso me assusta;
Seria mais um custo que não sabemos se teríamos condições de suportar;
Uma cadela implicava passeios à rua, para os quais não tenho tempo, e não gosto de me fiar em promessas da restante família;
Mesmo que as bichanas a aceitassem, estando nós fora durante o dia, e mantendo a cadelinha em casa, teria que fazer as suas necessidades ali, até ser ensinada, ou se habituar aos horários - estaríamos dispostos a isso?
Teríamos que consultar o veterinário, para ver que passos dar até que a pudessemos juntar às gatas;
A senhoria não iria achar piada a termos a cadela lá por casa e, com sorte, ainda nos punha na rua;
Não nos estávamos a ver, caso alguma coisa desse errado, a devolver a Mel à associação, para nova adopção, depois de ter experimentado o que é ter uma família;
A Mel acabou por ir embora (apesar de ainda ter fincado pata para ficar ali) sem ninguém ficar com ela :(
Ficámos com o contacto da senhora que a tem neste momento, para o caso de mudarmos de ideias.
Fomos para casa, e o assunto continuou a ser a Mel.
Ficamos com ela? Não ficamos?
Ligamos? Não ligamos?
Mas uma adopção requer responsabilidade. E, assim, decidimos que, enquanto tivermos a Amora e a Becas, muito dificilmente poderemos ter mais um animal. Por muito que o queiramos...
É difícil, porque é quase aquela sensação de que "ou era agora, ou não era", que um cão como a Mel dificilmente encontraremos outra vez. Mas penso que tomámos a decisão mais acertada. Até porque a Mel está com alguém que cuida bem dela, juntamente com a irmã. Não é propriamente um cão sozinho, num canil, nem abandonado.
Pelo que sei, no sábado foi adoptada uma outra cadelinha. A Mel ainda não. Está para adopção, tal como a irmã, e são as duas muito parecidas em todos os aspectos, segundo nos informaram.
Espero que encontre uma família que a mereça, porque ela merece uma boa família...
A cadeia de hipermercados El Corte Inglés lançou uma campanha de financiamento, para compra de animais de estimação, que permitia aos titulares do cartão de crédito do estabelecimento comprar animais, em valores superiores a 200 euros, oferecendo a possibilidade de pagamento até 12 meses sem juros. A campanha aplicava-se unicamente à aquisição de animais de estimação e não de produtos para animais.
Depois de várias críticas e da polémica que esta campanha originou, a mesma foi cancelada.
Entre as críticas, a cadeia foi acusada de,com este tipo de iniciativa, facilitar o “abandono de animais” e diminuir o número de adopções daqueles que se encontram em canis municipais e associações, facilitando ainda a aquisição irresponsável e indo contra a legislação, pela qual os animais deixam de ser "coisas".
Ora, aqui no Clube incentivamos a adopção de animais de estimação, nomeadamente, dos gatos. Penso até que todos os membros felinos do clube foram adoptados.
E, pessoalmente, causa-me alguma confusão fazerem da venda de animais um negócio, e pedirem, por vezes, centenas de euros por cada um deles.
Porque é que, por norma, são os animais de raças mais conhecidas e prestigiadas, que são vendidos? O que têm eles a mais, que os denominados "rafeiros" não tenham. Porque não podem estes animais considerados de "classe" ser doados como os outros?
No entanto, poder-se-á dizer que uma pessoa que compra um animal de estimação, é uma má pessoa? E que será, automaticamente, um mau dono?
É certo que, se não houver ninguém a comprar, não haverá quem consiga vender, e o negócio acaba. Logo, pode-se dizer que é o facto de haver sempre pessoas interessadas em determinados animais e raças, e dispostas a pagar, que fomentam este negócio, Mas não será a principal responsabilidade (neste caso, irresponsabilidade) de quem cria e coloca animais à venda?
Poder-se-á culpar uma pessoa que tenha um preferência por determinada espécie, por não encontrar a mesma para adopção, e ter que pagar para poder ter o animal que mais gosta? Poder-se-á culpar essa pessoa, por preterir um animal de estimação que esteja para adopção, porque não é aquele que procurava?
Deixem aqui as vossas opiniões.
Vejam só quem apareceu aqui no quintal!
Alguém abandonou esta gatinha bebé no quintal do nosso vizinho, que a tem mantido num barracão, dado de comer e cuidado dela. É muito mansinha. Não se deixem enganar pelas imagens - era só ela a miar assustada por causa do vento, e por ter saído do barracão para a luz do dia, só que eu tenho pontaria para apanhar os animais de boca aberta!
O nosso vizinho não quer ficar com ela, e nós não podemos, porque já temos duas. O seu destino, se ficar por aqui, é andar pelo quintal ou na rua, sem grandes cuidados.