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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Altruísmo versus egoísmo

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Há já algum tempo que andava com a ideia de contactar uma associação que cuida dos animais de rua, e suas colónias, para ver o que se podia fazer com aquelas gatas e gatos que costumo alimentar a caminho de casa.

Disseram-me, há uns meses, que seria preciso enviar uma candidatura, ter padrinhos que custeassem as esterilizações, e ajuda dos cuidadores para conseguir apanhá-los.

Desde então tenho estado na dúvida se enviava ou não a dita candidatura.

 

 

Por um lado, não fazendo nada, a não ser dar-lhes comida e água, estou a deixar que eles se reproduzam, e daqui a pouco não são apenas 8, mas muitos mais. Se não fizer nada, estou a deixá-los entregues a si mesmos, e à boa vontade das pessoas que têm ajudado até agora, sem quaisquer outros cuidados.

Poder sinalizar a colónia, e haver quem os vá vigiando e não lhes deixe faltar o essencial, é querer o bem deles.

 

Mas, por outro lado, dou por mim a pensar se os gatos não querem, simplesmente, que os deixemos em paz, a viver a sua vidinha como sempre o fizeram. Dou por mim a pensar se, depois, não vão retirar os gatinhos bebés às mães, para adopção, e restituir estas à colónia, sozinhas. Que direito tenho eu de lhes fazer isso?

E, confesso, gosto tanto de ver todos ali sempre que passo, de ver a cumplicidade entre mães e filhos, e restantes gatos, como se fossem um clã unido, que iria sentir muito a falta deles, se os tirassem dali. E aqui, sim, estou a ser egoísta.

 

De qualquer forma, nenhuma mãe deveria ser privada dos seus filhotes. Por muito bonito que seja adoptarmos gatinhos bebés e seja assim que funciona, sendo os gatos separados das mães logo que podem, para encontrarem nos humanos as suas famílias, o que sentem as mães gatas quando vêem que todos os seus filhotes partiram?

 

Assim, voltamos ao ponto de partida. A única forma de isso não acontecer, é as gatas não terem filhos. Para isso, é preciso esterilizá-las. E, para isso, é preciso sinalizar a colónia.

É por isso que ando aqui nesta ambiguidade, entre o que será mais correcto fazer, o que devo fazer, e o que o o coração me diz para fazer.

Qual a melhor decisão? 

 

Para já, enviei a candidatura. O resto logo se verá...

 

 

As famílias de acolhimento temporário

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Como o próprio nome indica, são famílias que acolhem temporariamente os animais, até que encontrem um lar definitivo.

Para muitas associações, que não têm um espaço físico, um abrigo onde ter os animais, esta é a solução encontrada para que os mesmos possam ser recolhidos da rua, e tenham todos os cuidados e atenção, até ao momento da partida.

Se não fossem as FAT's, a maioria das associações não conseguiria levar a cabo todo o trabalho com o resgate, acolhimento, tratamento e processo de adopção dos animais.

 

Agora, pergunto eu: quanto tempo deve um animal ficar numa família de acolhimento temporário? E se ninguém adoptar um determinado animal, ele fica a viver permamentemente com a FAT?

 

No que diz respeito aos animais que são acolhidos nestas famílias, e que ficam com elas meses ou até anos, não se até que ponto eles próprios não criam laços com os seus cuidadores, e até que ponto será benéfico ou não retirá-los depois, para irem para outras famílias, desta vez definitivas (ou assim se espera)

Mas sei que, como diz António Manuel, da direcção da Miacis - Protecção e Integração Animal:

"Ser Família de Acolhimento Temporário é uma “missão” para a qual nem todos têm capacidade. Eu faço tudo, ajudo de todas as formas, mas FAT não consigo ser. Se um animal entra em minha casa já não consigo que saia.”.

 

 

Pois é exatamente isso que eu sinto que aconteceria comigo. Ficaria tão ligada aos meus meninos, que não iria conseguir deixá-los partir!

 

“É preciso muita disponibilidade. E um altruísmo gigante. Até porque quando pedimos ajuda não sabemos se o animal vai demorar dois dias, duas semanas ou dois anos a encontrar um dono.”

 

De acordo com Manuela Melo, o maior drama são mesmo as despedidas. Lembra-se perfeitamente do primeiro gato que deu, um preto e branco:

“Fui o caminho todo a chorar. A senhora a dizer que ia tratá-lo muito bem e eu chorava e chorava. Agora, mais mentalizada para esse dia, já não saio tão lavada em lágrimas."

 

Para Luísa Rocha, a escolha de ser Família de Acolhimento Temporário não é uma escolha racional:

“É pensar com o coração e gostar deles em dobro.”

 

Quem é que, por aí, já foi ou é FAT, e quer partilhar a sua opinião ou experiência com o Clube?

Queremos também saber o que pensam os nossos seguidores, sobre as famílias de acolhimento temporário para animais.

 

Ver mais em familias-de-acolhimento-temporario