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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Abrigo temporário para restabelecimento de gatos de rua

Por vezes, quando acontecem determinadas situações, surgem-me certas ideias, que para quem não tem este sentimento pelos animais, podem parecer absurdas. Porque as minhas preocupações não só com meus animais, mas também pelos animais dos outros, e, principalmente pelos animais de rua.

Gostaria que os animais de rua, estivessem protegidos de alguma forma. Se fosse possível, agrupados em colónias, com a possibilidade de esterilização e alimentados por moradores, cuidadores.

Nessas colónias, deveria existir um ponto, onde veterinários os pudessem ajudar quando doentes ou feridos. Esse ponto, poderia ter uma pequena enfermaria e espaço para permanecerem quando necessário, inclusive para se protegerem de climas mais agrestes. Os gatos continuariam a ser livres, mas teriam a possibilidade de serem cuidados quando necessário.

Para isso seria preciso apoio do estado, boa vontade dos veterinários, disponibilidade dos protectores.

Certamente assim não existiriam tantos gatos errantes, tanto sofrimento e lutas! Há tanto dinheiro mal gasto, era só canalizar uma pequena parte para estas causas!

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O Clube de Gatos do Sapo celebra 4 anos de vida

Tudo começou assim, no dia 8 de setembro de 2015!

Desde então, muitos outros gatos entraram, outros saíram, e alguns partiram.

 

 

 

Nenhuma descrição de foto disponível.

Cerca de um ano depois, o Clube lançou o seu primeiro livro solidário, no primeiro Cat Café existente em Portugal: o Aqui Há Gato, em Lisboa.

Foi aqui que alguns dos seus membros se conheceram pessoalmente!

 

 

 

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas 

Em Março de 2017, o Clube foi convidado a participar numa rubrica nova que iria estrear no programa "Juntos à Tarde", na Sic.

 

 

 

Nenhuma descrição de foto disponível.

Em Junho do mesmo ano, apresentámos o nosso segundo livro solidário "Viagem ao Mundo dos Gatos", no Animal Fest, em Loures.

 

 

 

A imagem pode conter: pessoas sentadas, mesa e interiores

Em Julho de 2017, estivemos na loja Quatro Patas, no Colombo.

 

 

 

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E a 19 de Agosto desse ano, no Pet & Tea, em Coimbra, a convite do blog Lovecats.pet.

 

 

 

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Em Janeiro de 2018, demos início à colaboração com a Miau Magazine, a primeira revista dedicada aos felinos em Portugal!

 

 

 

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E, em Fevereiro de 2019, o Clube participou no Pet Festival, com o tema "Benefícios de uma dupla adopção".

 

 

Ao longo destes quatro anos, ajudámos diversas associações de protecção animal:

Mafranimal

Adoromimos

Tarecos da Aldeia

Projecto Amor Animal

Rafeiros SOS

Agir Pelos Animais

Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita

Tico & Teco

Associação O Cantinho dos Gatos

 

 

Tal não seria possível sem a disponibilidade e participação activa dos membros do clube.

Tal não teria sido possível se algumas pessoas não nos tivessem apoiado, acreditado em nós, dado o seu contributo e oportunidade de levar a cabo as nossas iniciativas.

 

Quatro anos e 2085 posts depois, onde partilhámos experiências, curiosidades, dúvidas, receios, ajudas, divulgações, humor, dicas, entre tantas outras coisas, continuamos, apesar das dificuldades que por vezes surgem, com vontade de continuar a nossa missão.

 

Para quem ainda não sabe, temos uma página de facebook:

https://www.facebook.com/clubedegatosdosapo/

 

E um canal no youtube:

https://www.youtube.com/channel/UCiuKN7U2Ab7Ehy5jCk5NJLQ

 

Somos poucos, mas somos como uma pequena família, unida pela paixão comum pelos felinos, pela escrita, pela solidariedade, e pela amizade que foi crescendo entre nós.

E, só por isso, já valeu a pena!

Que acompanhamento é feito aos gatos das colónias por parte das associações?

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A propósito de uma publicação anterior, da petição para permitir alimentar os animais de rua, surgiu um comentário, que defendia um projeto que visasse, não só a alimentação, como também a desparasitação, vacinação, e controlo da reprodução.

De certa forma, concordo. 

Existe a preocupação prioritária com o controlo da reprodução e superpopulação de gatos mas, depois, tudo o resto é, de certa forma, ignorado.

A ideia que fica é que os gatos podem andar pelas ruas doentes, com forme, cheios de parasitas que lhes fazem mal, mas desde que não procriem, já está tudo bem.

 

 

Neste momento, existem duas situações distintas:

- gatos de rua que pertencem ou são agrupados em colónias, em que eventualmente existe intervenção das associações no âmbito do projecto CED (captura/ esterilização/ devolução), e em que existem, muitas vezes, os chamados "cuidadores"

- gatos de rua solitários, que não se inserem em colónias, e que são, eventualmente, alimentados e/ou cuidados pelos moradores ou outros particulares 

 

 

No caso dos gatos das colónias que foram objecto da intervenção do projecto CED, que acompanhamento é feito, posteriormente, a estes gatos, por parte das associações/ entidades competentes?

Deixo aqui várias questões, que ficam a aguardar resposta, de quem saiba ou esteja em condições de esclarecer:

 

Geral/ Alimentação

- As associações que intervêm nas colónias com o CED, após o procedimento habitual, deixam de acompanhar as colónias, ficando os animais entregues a si mesmos?

- Depois de uma colónia ser sinalizada e intervencionada, as associações ficam encarregadas da alimentação destes animais? Ou contam com o apoio dos cuidadores para essa função? E as que não têm cuidadores?

 

Saúde

- É normal as associações fazerem visitas regulares às colónias, para observar o estado geral dos gatos e detectar possíveis problemas de saúde?

- Podem as associações, em caso de problemas de saúde, levá-los ao veterinário e tratar o problema em causa? É um procedimento habitual? Ou não existe verba para tal?

- Relativamente à vacinação, não faria sentido apostar na mesma, no âmbito do projecto CED, já que iria prevenir eventuais doenças que podem acometer estes animais de rua, mais expostos a vírus, bactérias e afins?

- Uma vez que a vacinação é feita por fases, seria uma opção viável e fácil de concretizar, ou uma tarefa difícil, sobretudo naqueles animais mais silvestres, que não se deixam apanhar, implicando capturas constantes dos gatos, sempre que fosse necessário vacinar? Como controlariam as associações as várias colónias, e respectivos gatos, quanto à vacinação, datas da mesma, reforços?

- Mais complicado ainda, penso eu, será a desparasitação (interna e externa). Como seria possível às associações/ cuidadores, sobretudo nos casos de gatos silvestres, fazer e controlar a desparasitação regularmente?

 

 

E os gatos que andam por aí solitários, e que só contam com a boa vontade de quem os queira ajudar?

Que apoios existem para eles, e para essas pessoas que os queiram ajudar?

Podia chamar-se "a rua dos miaus felizes"

E depois vinham os se's:

  • Se todos os vizinhos os protegerem e alimentarem
  • Se tiverem apoio de uma associação e/ou câmara
  • Se ninguém lhes fizer mal
  • Se puderem ser esterilizados e desparasitados
  • Se puderem ser cuidados quando estiverem doentes

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Ter esta vista da minha janela, ver este grupinho a brincar, a correr, a darem-se bem, transmite-nos tranquilidade! Eles têm comida, água, carinho (os que deixam), atenção e até abrigo por cá! Pode parecer egoísmo da minha parte, mas eu gostava de os continuar a ver por aqui. Sei lá se os vierem buscar, para onde os levam, e para que fim!? Claro que tudo dependia de quem os levasse, mas...

 

Antes estas questões passavam-me ao lado. Podia lá imaginar que havia abates!? Pensava que os levavam para um lugar melhor. Mas como já aqui falaram esses abates estão a acabar.

 

Deste grupinho há uma fêmea que me parece estar de barriguinha. Isso é que não é, nada bom...

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Qual será, afinal, o objectivo das associações?

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Pergunto-me eu, que motivos levarão determinadas pessoas a formar uma associação de protecção animal?

E mais, se estarão cientes do que isso implica? Do tempo que é preciso dispender, das despesas que uma associação acarreta? 

De que aquilo que se propõem fazer é, no fundo, trabalho voluntário em prol do bem estar dos animais, tentar ajudar os que mais precisam, muitas vezes salvando vidas, tentar encontrar famílias que os acolham, seja de forma temporária ou definitiva, lutar contra o abandono, sobrepopulação e maus tratos, dentro das suas possibilidades?

 

Pergunto-me se, quando decidem seguir em frente com esse projecto, sabem que não podem estar, exclusivamente, dependentes da ajuda e boa vontade de terceiros, e que todas as acções que levarem a cabo serão, em última análise, da sua inteira responsabilidade?

 

 

É certo que muitas associações, felizmente, podem contar com diversos apoios, quer de entidades locais, quer de particulares apoiantes da causa, e isso vai ajudando a seguir em frente com a missão.

Mas ninguém obrigou estas pessoas a meterem-se nisso. Ninguém as obrigou a ir para as ruas salvar animais, e gastar rios de dinheiro em clínicas veterinárias! Ninguém se comprometeu com elas, e falhou. 

E, por vezes, pedem-nos responsabilidades e "obrigações" que, sendo um bocadinho de todos nós enquanto membros da comunidade/cidadãos, não nos podem ser incutidas da forma como o querem fazer.

 

É isto que me irrita!

Então eu agora ando a alimentar gatinhos de uma colónia, para além dos gatos da minha rua (e até os que têm dono). Todas as semanas compro comida para lhes dar, porque quero, porque assumi esse compromisso e responsabilidade. 

Se pensar em avançar com a esterilização de algum, sei que tenho que ser eu a desenbolsar esse dinheiro. Mesmo que contacte uma associação, é algo que não lhes posso exigir que paguem por mim. Pelo que só o farei se conseguir pagar. 

E, se por acaso, depois de tudo isto, até aparecerem adoptantes para os bichanos, eu vou mandar-lhes à cara que, em virtude de ter gasto não sei quanto dinheiro em ração e água, em esterilizações e/ou vacinações e outras despesas, o mínimo que podem fazer (assim mesmo, com arrogância) é contribuirem financeiramente para pagar tudo o que gastei com o animal que agora levam, para que eu possa ajudar outros animais?

 

Mas eu fiz isto porque quis, ou à espera de recompensa?

 

Por vezes, as pessoas até podem ter toda a razão do mundo mas, a forma que utilizam para justificar os seus pontos de vista, e a forma como dizem as coisas, fá-las perder essa razão. E a credibilidade. E a ajuda que precisavam. 

 

A questão é: as associações, na sua missão de fazer o melhor pelos animais, sem quaisquer outras ajudas de quem de direito, estão dependentes de si mesmas, e das pessoas que vão contribuindo, quer financeiramente, quer através de bens, acolhimento temporário, voluntariado nas instalações ou em campanhas, etc.

É normal que, quem se dirige a uma destas associações e até decide adoptar um animal, tenha consciência, apoie e comprove o trabalho que as mesmas desenvolvem, e por tudo isso queira contribuir, fazendo-se sócio ou dando outro tipo de ajuda, como atrás referi.

Mas daí a sentir-se na obrigação de, só pelo simples facto de que a associação teve uma imensa despesa em cuidar, tratar e alimentar aquele animal, algo que fez por sua livre vontade, isso não!

O facto de se adoptar um animal já significa que, tudo o que a associação gastava com ele, poderá ir para outro que precise. Já deveria ser gratificação suficiente. Mas, ainda assim, poderiam sempre sugerir o eventual apoio, pedir sem exigir.

Só lhes fica mal.