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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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A experiência de conhecer uma associação de gatos

Quis o destino, que um dia, tivesse de ir deixar dois gatinhos bebés numa associação de gatos.

Fiquei maravilhada. Estava tudo muito bem organizado, havia espaço interior e principalmente exterior, a se perder de vista.

Só os gatinhos bebés estavam numa jaula até fazer a quarentena, mas era uma sala fresquinha e as jaulas, nem eram bem jaulas, pois eram muito espaçosas, e, lá dentro havia arranhadores e os pequenos andavam lá felizes da vida a brincar!

Depois havia infantários, com pequenotes muito reguilas e brincalhões. Havia uma sala que chamei de casa da árvore, pois tinha uma árvore dentro onde eles alegremente trepavam. No exterior havia gatos por todo o lado, uns à sombra outros a preguiçar e a aproveitar o sol. Um paraíso! Todos lindos, bem alimentados, bem tratados.

Tinham ração à discrição, água, brinquedos, conforto. Percebi que todos tinham um nome. Havia um que se chamava Trump. Quando estava a conversar com a responsável da associação, veio um pretinho lindo e peludo pedir-lhe colo, momento lindo.

Ali, repito,  eles são bem cuidados, muito amados, e  felizes!

Claro que também percebi que faltam apoios, ajudas e que nem sempre é fácil. O estado devia de ajudar mais, aliás estas pessoas, que lutam para que este local seja assim um paraíso, são verdadeiros heróis! Quem puder ajudar, peço que ajudem, pois os gatinhos precisam!

Adorei conhecer a Associação Tico & Teco no Cartaxo!

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A colónia está praticamente esterilizada

Depois de alguns contactos, trocas de e-mails, adiamentos, chegou o esperado dia.

Uma equipa fantástica, com elementos da câmara, da associação, e da classe veterinária, se assim lhe posso chamar, atuou na captura dos gatinhos.

Uma das coisas que me disseram logo foi para que o espaço estivesse sempre limpo, pois seria algo bastante importante. Sempre tive essa preocupação, mas agora estarei ainda mais atenta. Infelizmente há quem deite comida estrada aos gatos, que além de lhes fazer mal, só faz acumular moscas. Terei de falar com essas pessoas e tentar que tenham essa consciência.

Para mim,  ver o profissionalismo, com que fizeram as capturas com toda a precisão, eficácia e cuidado, foi bastante importante.

Foram muito pacientes, porque são coisas que demoraram. Houve gatos espertos que não caíam à primeira, nem à segunda. Houve um que não entrou mesmo lá. Outro que nem apareceu, ou seja, dois em falta, que irão mais tarde!

Pelo menos as fêmeas, as que estavam, todas seguiram. Ficou uma, porque não deu o ar da sua graça nesse dia.

Depois de estarem esterilizados fui informada que tudo tinha corrido bem, e que todos estavam bem. Importante para mim, estarem sempre a por-me ao corrente de tudo.

Quando foram devolvidos, não estava no local, mas esteve outra cuidadora, que me relatou que tudo tinha corrido bem. 

Agora temos ter atenção para que o pós-operatório corra bem e não haja problemas ou infeções, mas caso haja, "eles" vêm tratar dos bichanos.

No dia da devolução, quando cheguei à colónia, não estavam todos à minha espera, mas aos poucos, iam os reencontrando, via um, depois via outro. Mais à tarde já tinha reencontrado quase todos. E sempre que via um, era uma enorme emoção.

Perceber que é possível eles continuarem por aqui, mas de forma mais controlada, legalizada e protegida, é bom para eles, e é muito mais tranquilo para nós cuidadores.

Faltam apenas 4 ou 5 gatinhos para esta missão estar concluída, porque estou com dúvidas num pardo, os pardos são os mais difíceis de distinguir para mim, até distingo melhor os pretinhos! Também há outra fêmea muito parecida com uma de cá, mas que só cá vem de visita. Tem uma marca que parece uma estrela 🌟 na cabeça...

É que há fases em parece que aumentam, e quando tenho de dizer quantos são, já conto 18, mas há dias que nem 10 vêm a hora da comidinha. Eles têm muitos lugares para se refugiar e algumas pessoas a quem pedir comida!

Só posso estar grata a todos os intervenientes neste processo. À câmara local, à associação, à veterinária, em suma a todos os envolvidos. Gostaria de fazer um agradecimento mais direto, mas, visto que ainda a semana passada, mais uma vez,  houve um carro que veio aqui abandonar gatos, e foi visto pelos moradores, não o vou fazer por esse motivo. Também informo essas pessoas, que agora há mais pessoas e entidades atentas a isso, e prontas a denunciar.

Estes seres agora têm o chip da câmara, são animais comunitários.  Espero que estejam mais protegidos, não só pelos cuidadores, como pela lei.

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Uma linda tripé pretinha

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Esta pretinha  veio de uma ninhada de três, as irmãs também são pretinhas, mas só esta nasceu tripé. Estavam numa associação para adoção.

Se pudesse ter mais algum gato em casa, escolhia esta! Fiquei preocupada a achar que ninguém a iria querer por ser especial, por isso quando vi na página que alguém a tinha escolhido, não pude deixar de ficar emocionada e feliz!

Espero que seja muito feliz e amada!

Existe "solidariedade comportamental" no mundo felino?

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Ainda a propósito do post de ontem, e porque hoje já ambas voltaram ao estado normal e a comer a ração como habitualmente, só me ocorreu uma teoria: a de que existe uma certa solidariedade comportamental entre os gatos.

Pelo menos, entre os que são criados juntos.

 

Tendo a Becas vomitado de manhã, depois de comer a ração nova, a Amora terá associado que comer aquela ração lhe faria mal, tal como à irmã. E, por isso, recusou-se a comer.

E só à noite, quando viu a Becas a comer, sem qualquer efeito negativo, é que a Amora decidiu petiscar, à cautela.

 

Hoje, já comeram as duas normalmente, a ração de sempre.

A Belinha já regressou à colónia

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A Bela foi uma das gatas da colónia de Santo André, capturadas pela associação, no âmbito do programa CED.

O processo teve início no dia 14 de junho.

Desde então, a associação apenas me enviou um email, na manhã seguinte, a informar quantos gatos tinham capturado, e a fazer mais algumas questões e recomendações.

 

 

Não sei se todas têm por hábito proceder desta forma, mas estranhei porque, apesar de dois emails e uma mensagem enviados para a responsável da associação, que esteve presente no processo, a solicitar informação sobre os bichanos, se tinha corrido tudo bem, e como estavam, não obtive, até hoje, qualquer resposta.

No sábado passado liguei, mas ninguém atendeu.

 

 

Como é óbvio, estava preocupada com os felinos, até porque os únicos que via por lá, eram dois que não tinham chegado a ser capturados naquele dia. Dos restantes, nem sinal.

E, segundo me tinham informado, o recobro não seria mais do que 72 horas.

No facebook da associação onde, volta e meia, colocam vídeos de outras colónias, com o processo de devolução, destes, nem sinal.

Não fazia a mínima ideia do que se estaria a passar com eles até que, hoje, me deparo com a Belinha!

 

 

 

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Ao que parece, já regressou à colónia e, por isso, depreendo que os outros também já lá estejam, embora ainda não os tenha visto.

Se repararem, já se nota na sua orelhita o corte, a sinalizar que está esterilizada.

Só lamento que as associações peçam a colaboração dos cuidadores, na hora de dar início ao processo, mas depois falhem na comunicação com os mesmos, até ao término.

Como incutimos determinados comportamentos aos nossos gatos

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Tal como as crianças, também os animais vão estudando os seus donos, e testando os seus limites.

E nós, enquanto donos, tal como fazemos com os nossos filhos, acabamos por, muitas vezes, incutir determinados comportamentos aos nossos gatos, que não serão os mais desejáveis.

 

 

Lá em casa, somos um bom exemplo disso.

As nossas bichanas acordam cedo e estão habituadas a que um de nós se levante também, para colocar comida, água, abrir as persianas e limpar as caixas de areia, ou simplesmente porque acham que está na hora de também nos levantarmos.

Nós, claro, ainda mais ao fim de semana, estamos com aquela preguiça de levantar de madrugada, e vamo-nos deixando ficar.

A Becas, não vê isso com bons olhos, e faz de tudo para nos chamar a atenção: arranha a cadeira, tenta abrir o roupeiro, sobe para a mesa de cabeceira, tenta fechar a porta do quarto, e por aí fora. Nada resulta até que...morde a Amora!

E nós, para evitar que se magoem, levantamo-nos de imediato!

Ou seja, a Becas associou que, sempre que quiser chamar a atenção ou fazer-nos levantar, a solução é morder a Amora.

 

 

Outro exemplo, é o dos petiscos.

Um dia, estamos a comer fiambre e, porque não, dar um pedacinho a cada uma? Não será isso que lhes fará mal. 

Dali a uns dias, novamente. 

Quando demos por isso, já as duas sabiam exactamente a hora a que nós iríamos mexer em fiambre, e plantavam-se aos nossos pés, à espera.

 

 

Em ambos os casos, fomos nós, através dos nossos actos, os responsáveis por esses comportamentos, e cabe-nos a nós reverter a situação.

 

E por aí, já alguma vez, uma atitude vossa, levou a determinado comportamento dos vossos bichanos, que não seja aconselhável?