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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Quando os gatos ficam com as garras presas

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As garras dos gatos podem ser perigosas para os humanos, mas também consituem perigo para si próprios.

Nem todos os donos cortam as unhas aos seus bichanos, seja porque eles não o permitem, ou porque os próprios donos consideram que não há necessidade.

Há casos, inclusive, em que as garras podem ser uma boa ferramenta e de bastante utilidade, em casos de gatos com limitações, como é o caso da nossa Amora. 

Se não fossem as garras dela, já teria caído muitas vezes, quando tenta saltar para algum lado. São as garras que lhe permitem aventurar-se a seguir os passos da Becas, e subir para sítios mais altos, ou arriscar uma ou outra acrobacia.

 

No entanto, volta e meia, tanto uma como a outra ficam com as unhas presas em qualquer lado, não se conseguem desprender, e começam a ficar nervosas.

Nesses casos, se estivermos por perto, o melhor que temos a fazer é manter a calma - para stressados já bastam eles, o que é difícil, porque os vemos aflitos.

Temos que analisar bem a forma como a unha está presa, e como tentar desprender sem magoar o gato, com o maior cuidado possível. Se um gato já está bravo por causa da situação, e se nós, como nervosismo, quisermos fazer tudo à pressa, podemos piorar a situação.

 

Hoje de manhã, a D. Amora lembrou-se de prender uma unha, nem sei bem onde, porque quando cheguei já ela se tinha libertado. Mas ouvi bem o miar de aflição dela, que se deve ter assustado ainda mais quando a minha filha, que estava com ela, começou a gritar a chamar por mim, também ela nervosa por não conseguir ajudar a gata.

E foi uma sorte eu ter chegado naquele momento, e ter dito à minha filha para ficar quieta porque a Amora, conforme se soltou, começou aos saltos, desnorteada, mesmo na direcção dos pés da minha filha, e por pouco não levou uma pisadela.

 

Quando se esticam para espreguiçar, e ficam com as unhas presas, eu costumo levantá-las na direcção de onde a unha está, para que o corpo não faça peso para baixo, e só então tento desprender. Já se ficam presas às minhas pernas, baixo-me, para que possa ficar ao nível delas, e soltar mais facilmente.

 

Alguém por aí já passou por situações semelhantes, e quer partilhar alguns truques?

Como acalmar um gato agressivo

 

Por vários relatos de que já tivemos oportunidade de ler aqui no Clube, pudemos perceber que existem gatos que podem tornar-se bastante agressivos, e nem sempre é fácil lidar com eles nessas situações.

Essa agressividade dos gatos pode ser uma expressão de territorialismo, domínio sobre outro gato, ou simplesmente dor e medo. Também pode acontecer a mesma fazer parte da personalidade do próprio gato ou resultar de algum problema comportamental, sem uma causa concreta ou específica.

Quando estamos perante um gato agressivo, e queremos acalmá-lo, são necessários alguns cuidados e muita cautela, não só para nos protegermos, como para proteger o próprio animal, evitando magoá-lo ou irritá-lo ainda mais.

É mais fácil, para os donos de gatos mais agressivos, reconhecer os sinais de alerta e tomar medidas que minimizem este comportamento perigoso, mas qualquer pessoa, até mesmo estranha ao animal, pode ver-se numa situação em que tenha que actuar.

 

 

 

Por isso, aqui ficam algumas dicas que, para melhor eficácia, exigem que a pessoa mantenha a calma, e seja bastante paciente:

 

1 - É importante a pessoa proteger-se com luvas, roupa mais grossa e até óculos protectores, para evitar que se magoe durante o pico de agressividade do gato, em que o mesmo pode tentar morder e arranhar. Deve também ter à mão uma toalha, para o caso de ser necessário imobilizar o animal sem o magoar, e que vai, igualmente, ajudar a acalmar.

 

2 - Saber a possível causa da agressividade do gato é meio caminho andado para evitar ou prevenir esses ataques agressivos. A presença de pessoas estranhas, objetos, barulhos e algumas situações específicas são factores que podem desencadear um comportamento mais agressivo. Sabendo o que lhe provoca a agressividade, e evitando essas situações, podemos diminuir a frequência desse comportamento iou até mesmo anulá-lo.

 

3 - Manter uma atitude confiante, e falar com calma e de forma pausada, são atitudes fundamentais a ter em conta, já que o gato vai agir de acordo com a forma como a pessoa se comporta, e consegue detetar o que a mesma está a sentir no seu comportamento corporal e tom de voz utilizado.

 

4 -  Sons sibilares (como “shh”) são de evitar junto de um gato assustado ou com medo pois é este, normalmente, o som que fazem quando estão mais agressivos ou assustados.

 

5 - Invistir num spray calmante de feromonas (próprio para gatos), que são úteis quando se pretende ajudar o gato a acalmar mais rapidamente.

 

6 - A esterilização/castração de gatos atenua o comportamento relacionado com o cio e, se o gato for muito agressivo, pode ser uma forma de minorar esse comportamento.

 

7 - Para quem tiver disponibilidade e paciência, é aconselhável trabalhar múltiplas vezes com o seu gato, durante todo o dia, por períodos curtos. Quanto mais interagirmos com o animal e tentar acalmar os seus medos e transtornos, mais o gato aprende a lidar com as diversas interações diárias. No entanto, como foi dito, estes períodos de interação devem ser curtos, para não sobrecarregar o gato com estímulos. É mais fácil conseguir educar um gato a ser menos agressivo quando eles ainda são bebés, mas não quer dizer que um gato mais velho não o possa ser também. Perseverança e pensamento positivo podem ser bons aliados. 

 

Como é óbvio, existem casos de agressividade extrema, em que se torna difícil, ou mesmo impossível, a convivência saudável e confiante entre os gatos e os humanos, sobretudo quando falamos de espaços limitados, como apartamentos ou moradias (em que os gatos são mantidos no interior).

Nesses casos, e perante o perigo constante e iminente, e impossibilidade de conter um ataque, talvez seja aconselhável ponderar outras soluções viáveis, para que o animal possa continuar a viver a sua vida, sem pôr em causa a segurança dos seus donos.

 

Como conquistar a confiança de um gato assustado

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Para aqueles que, como eu, que assim que vêem um gato querem logo pegar nele e dar mimos, torna-se frustrante quando se deparam com um gato assustado, que foge assim que vê algum humano.

Era isso que acontecia com uma gatinha abandonada que aqui aparecia de vez em quando. Miava a uma distância segura, para lhe darmos comida, mas não nos podíamos aproximar.E só quando não estava ninguém por perto é que comia.

No entanto, na sexta-feira passada, fizemos progressos! Penso que o verdadeiro segredo está em não esperarmos que eles nos deixem aproximar, mas em esperarmos que sejam eles a aproximarem-se de nós.

Quando chegámos a casa ao fim da tarde, estava essa gata e outro no nosso quintal, mas fugiram. Dali a pouco, ela voltou a aparecer na rua a pedir comida. Fui buscar, mas ela assustou-se e correu para longe. Fui apanhar a roupa e já estava a levar a caixa da comida para perto da porta, quando ouvi miar. Lá estava ela, na rua. Chamei-a. Mostrei-lhe a caixa, e em seguida pu-la no chão, no sítio do costume, e baixei-me, à espera.

A gata subiu para o muro. Para minha surpresa, desceu para o quintal e foi comer. Já era uma vitória estarmos a menos de um metro de distância! Mas, ao mínimo barulho ou gesto meu, assustava-se e recuava.

Continuei quietinha à espera, só a conversar com ela calmamente. Num outro momento, pareceu-me que queria passar por mim, mas como eu estava no caminho, bufou e continuou a comer.

Mais uns minutos, e encheu-se de coragem. Passou por mim, e voltou para trás. Tentei fazer-lhe uma festinha, mas não gostou muito. Começou então e passar para um lado e para o outro, já a roçar-se nas minhas pernas.

Como começou a chover, peguei na caixa da comida e trouxe-a para a entrada, onde ficava abrigada. E ela veio!

Nesta altura, já me deixava fazer festinhas e dava muitas turrinhas! Chamei a minha filha, e a gatinha continuou connosco.

Quem não achou muita piada foi a Tica! 

Quando deixei a minha filha com a gata e vim para dentro, dar atenção à Tica, ela começou a cheirar-me toda e a "rosnar", com ar de poucos amigos! Depois, com muitos mimos, acalmou os ciúmes.

Voltei lá fora, pus mais comida para a gatinha que só ainda não fica no colo. Talvez tenham sido emoções a mais para uma noite só. Tenho a ideia que, se deixasse a porta aberta, ela era capaz de entrar.

Deixei-a, então, a comer, e vim para dentro. Dali a pouco, o gato da minha vizinha de cima, deve ter entrado em guerra com a gata, e ela fugiu. Até hoje, não voltou a aparecer.

Mas espero que, no dia em que voltar aqui, já não fuja como antes, quando nos vir!

Deixo também aqui este vídeo, não de um gato mas de uma cadelinha abandonada, a quem também foi preciso ganhar-lhe a confiança. Os animais são como as pessoas. Como já os fizeram sofrer muito, ficam de pé atrás. É preciso muita paciência, calma e determinação, para os ajudar a vencer os medos!