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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

É preciso respeitar o tempo e a vontade dos gatos

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Os gatos são animais com uma personalidade muito própria.

Parte dessa personalidade já nasce com eles. Mas, acredito, uma boa parte vai-se formando e desenvolvendo à medida que crescem, e consoante o ambiente em que crescem.

A Mia, de quem já falei aqui algumas vezes, é das poucas gatas aqui da rua a quem nunca me atrevi a fazer festas.

Uma vez, vi a dona a fazê-lo, e a gata a assanhar-se para ela. O meu marido também tentou, uma vez, e foi arranhado.

Eu, de cada vez que aproximava a mão, de frente para ela, ainda esta estava a alguma distância e já a Mia se punha a miar, com ar de poucos amigos. Como se temesse a mão. Como se aquele simples gesto significasse, para ela, algo mau, um comportamento que ela associa a perigo para ela.

 

Por isso, deixei-a estar.

Apesar disso, e porque algumas vezes até se punha a rebolar aos nossos pés, sempre pensei que, apesar do seu feitio, talvez, se tivesse sido criada por outras pessoas, ela se tivesse tornado uma gata menos defensiva, desconfiada. 

 

De há uns tempos para cá, ela anda mais na rua que em casa. E vem várias vezes comer à nossa porta, quando, antes, nem punha cá as patas. Uma vez, até entrou em casa. Teve que o meu marido pô-la na rua, pegando nela como as mães pegam os filhotes, para a imobilizar sem a magoar, e sem se magoar. Continua com o seu feitio desconfiado. Por vezes, quando nos vê a sair de casa, afasta-se.

Fê-lo no outro dia. Mas baixei-me, agitei a caixa da ração e ela voltou. Roçou-se nas minhas pernas. Com ela de costas, fiz-lhe duas ou três festinhas, e não reclamou.

O que me dá força à minha teoria de que, talvez, noutro ambiente, com outra atenção e mimos, apesar de tudo, fosse uma gata mais meiga.

 

Ainda assim, é preciso respeitar o tempo e a vontade dos gatos.

Nem todos gostam de colo.

Nem todos gostam de festas.

Nem todos gostam que andemos atrás deles.

Nem todos são iguais.

E isso não quer dizer que, quando assim o desejem, não se cheguem eles até nós, não permitam um carinho, não se sintam bem com a nossa atenção.

Mas têm que ser eles a decidir.

Gatinhos e animais de estimação

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Ter gatinhos não é só ter.

Querem muita atenção, carinho, fazem muitas asneiras e as contas de veterinário não são baratas.

As minhas 2 gatas já têm vários anos e até hoje posso dar-lhes tudo o que precisam mas acredito que muitas pessoas adotam animais sem pensar e depois abandonam. O que é horrível para os animais. Para quem não pode ou não quer um animal procure colocar o animal num lar que possam ser um verdadeiro lar de amor carinho e atenção.

Pense bem antes de adotar e não abandone o seu animal de estimação, se tiver que o deixar entrega a outra família que o acolha com amor e carinho.

 

Descansa em paz, Lassie!

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É incrível como nos afeiçoamos aos animais, mesmo àqueles que nem sequer nos pertencem, mas com os quais acabamos por conviver no dia-a-dia, e que já fazem parte da nossa rotina.

 

A Lassie era a cadela mais velhinha da rua. Diz, quem se lembra dela desde pequena, que deveria estar perto dos 20 anos. As histórias que deveria ter para contar!

Eu lembro-me vagamente dela, há mais de uma década. Depois, houve uma fase em que ela não saía do seu quintal, raramente se via, e eu não estava tão ligada aos animais como hoje, por isso, não prestava muita atenção.

 

Até que, no ano passado, ela começou a vir até perto da minha porta, muito magrinha, negligenciada e com fome. Foi nessa altura que comecei a dar-lhe ração, e a observá-la com outros olhos. Estava, provavelmente, doente. O veterinário chegou a ir até à casa dos donos, para a ver. Andou uns tempos com funil e um penso na pata. Depois melhorou. Ultimamente, voltou a andar com o funil durante uns dias. Via-se que os donos estavam apenas à espera que a morte a levasse.

 

Foi das cadelas mais mansas e meigas que conheci. Gostava dela! Notava-se que já nem via bem, e tinha muitas vezes que a guiar até à comida que, a certa altura, já nem forças tinha para comer.

Nos últimos dias de 2017, e no início deste ano, comentei com a minha filha e o meu marido que achava estranho ela não aparecer, e passou-me pela cabeça que tivesse falecido, porque já não a via há vários dias.

Até que, na semana passada, a vi pela janela. Muito murcha, ainda mais magra e encolhida a tal ponto que, por momentos, me pareceu que lhe tinha sido amputada a pata. Mas foi apenas ilusão de óptica. Custou-me vê-la assim, mas fiquei aliviada por estar viva.

 

Hoje, recebi a notícia de que a Lassie partiu, não está mais entre nós...Acabou-se a dor e o sofrimento dela.

A Lassie não era minha, mas nem por isso deixei de ficar triste com esta notícia. Nem por isso deixamos de nos afeiçoar, e de sentir a sua perda.

Ainda tenho em casa um restinho da ração que lhe dava. E o que ela gostava de comer a ração dos gatos, e de lhes roubar a comida, quando a via no prato!

 

Por aqui, serás sempre lembrada e recordada com carinho...O carinho que te faltou, provavelmente, nesta última fase da tua vida...

Hoje, uma parte do meu coração está de luto por ti.

 

Descansa em paz, Lassie! 

 

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Tão ternurentas...

Take 1

Pego na Amora ao colo, rodeia-me o pescoço com as patas da frente e, com o focinho, dá-me uns beijinhos na cara!

 

Take 2

Logo em seguida, pego na Becas, que me rodeia também o pescoço com as patas e...

 

...dá-me uma dentada no queixo!

Mas pronto, devia ser uma dentadinha de amor!