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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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O meu Snoo ainda não voltou comigo

Depois de muito pensarmos, pesquisarmos e ler os comentarios (aqui e no Face) decidimos que não iriamos permitir aamputação de parte do narizito do snoo. A recuperação era mais dificil, entao decidimos a crioterapias. Telefonei à veternaria para tirar algumas duvidas e ficou decidido leva-lo hoje pela manhã. 

Ontem teve varias hemorragias mais longas, esteve mais apático em alguns momentos, mas ainda brincou  e fez as canas do costume para chamar a atenção.

Hoje fui leva-lo e não consegui evitar o choro. Deixa-lo ali sozinho sem ter AINDA a certeza se tínhamos feito a escolha certa deixou-me ainda mais de rastos.

Combinámos que me telefonaria ainda de manhã caso as analises não estivessem bem e caso pudesse avançar para o tratamento apenas me telefonaria à tarde.

Vim todo o caminho a chorar.

 15 horas recebo o telefonema. O coração disparou e angustia tomou conta de mim. Diz-me que acha melhor o Snoo ficar internado esta noite para ser vigiado pois está com hemorragias.

Perguntei-lhe como estava ele e disse-me que estava a acordar.

Disse-me também que teve de cortar um pouco pois a extensão da zona doente era grande e mesmo assim não conseguiu apanha-la toda.

Estou aqui numa tristeza terrível, com uma dor tremenda e com medo de não termos feito a escolha correcta.

 

O Dickie e o susto que me pregou

 

Bem sei que isto é um blog sobre gatos, mas nem por isso fechado a outros animais. E não podia deixar de vos dar as últimas novidades sobre o Dickie.

Mas, quem é o Dickie?

O Dickie é aquele cão de que já vos falei aqui antes, que costumo ver todos os dias no caminho casa-trabalho.

Pois bem, como sabem, estava muito indecisa sobre o que havia de fazer em relação e este menino e à situação em que estava.

Na semana passada, quando passei por ele de manhã, pareceu-me ver sangue na zona do peito, mas como estava com pressa, deixei para ver melhor quando voltasse à tarde.

À noite, voltei a espreitar e pareceu mesmo ter uma ferida, e um pouco de pele (ou carne) rasgada e pendurada. Mas estava escuro. Podia estar a ver mal.

No dia seguinte, o cão tinha desaparecido! E não voltei a vê-lo mais.

 

 

 

Os outros coninuavam lá no outro quintal, mas do Dickie, nem sinal.

Ontem, quando ia para o trabalho, a senhora que lá mora estava a sair do portão, e eu aproveitei a oportunidade para lhe perguntar o que tinha acontecido.

A senhora explicou-me, então, que ele se tinha ferido no portão (saltou e ficou lá espetado no bico) e teve que ser operado. Não estava ali fora porque está a recuperar da cirurgia.

O Dickie é um cão que está para adopção, não é desta senhora. E teve que o colocar naquele espaço porque os outros cães não o aceitam.

Disse-me também que várias pessoas se queixam das condições em que ela tem os cães, e que a própria GNR já a chamou à atenção, mas é o que pode fazer com as condições que tem. Já morou noutro local, com um terreno grande onde os podia ter em melhores condições, mas neste momento é ali que os pode ter.

 

 

 

 

Não imaginam como fiquei mais descansada!

Parece que está a recuperar bem, mas precisa de uma família que o acolha, que lhe dê amor, e que tenha bastante espaço para que ele possa gastar toda a energia que tem.

Por isso, se souberem de alguém que goste de cães, e queira adoptar este menino, já sabem.

 

 

 

 

Entretanto, o Dickie tem uma conta pendente na clínica APAVET, respeitante à cirurgia, que custou cerca de € 105,00.

Contactei a referida clínica, no sentido de saber como poderiam as pessoas ajudar no pagamento de despesas, uma vez que a senhora menciona no facebook a possibilidade de pagar directamente à clínica. 

A resposta que obtive foi esta:

 

"Bom dia Dª Marta

De facto esse animal esteve na clinica e foi operado, no entanto é meu entender que todas as despesas deverão ser pagas pelos clientes, afim de ser emitida a fatura pelo que proponho, se assim entender, fazer chegar a quem fez o pedido no face o valor que deseja.
 
Com os melhores cumprimentos
 
Rogerio Pereira"
 
 
Sendo assim, quem quiser ou puder ajudar, poderá contactar a responsável pelo Dickie, Mariana Mendes. Deixo-vos aqui o facebook da mesma - Mariana Mendes e a publicação onde pede ajuda para o Dickie - Ajudar o Dickie.

 

 

 

 

Body ou colar isabelino?

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Segundo a Becas, body não, de certeza!

E ela até vinha bonita, com o seu body azul (pelo menos não lhe vestiram o rosa, o que ela agradece!).

Na verdade, eu achava que o body era uma excelente opção pós-cirurgia, para evitar que ela andasse a querer arrancar o penso, e lamber a zona afectada. Ficava mais protegida e aconchegada.

Mas com a Becas, foi um pesadelo!

 

Fomos buscá-la ontem à noite, após ter alta médica. Tem que tomar antibiótico durante 7/8 dias. Com a Tica, este foi logo administrado no consultório, e não tivemos que nos preocupar. Tem que tomar anti-inflamatório durante 4 dias. Com a Tica não sei se foi preciso, mas penso que não. E tinha que usar o boby também durante 7 dias.

Estava muito quietinha na transportadora, mas era normal. Colocámos a transportadora no quarto, e deixámos que ela saísse quando assim entendesse. Dali a pouco aparece ela a rebolar pelo chão, muito atrapalhada. A Becas não conseguia andar com o body. Parecia um robot. Não quis beber água, não quis comer. Ficava muito parada, e se a largássemos, caía.

Colocámo-la em cima da cama da minha filha. Ia dormindo aos bocadinhos, mas desconfortável, com o coração acelerado e o corpo todo a tremer. Não queria estar tapada. Ligámos ao veterinário.

É muito estranho termos trazido uma Tica para casa que arrancou logo o colar e o penso, e agia como se não tivesse passado por uma cirurgia, e ver a Becas neste estado apático e estranho. O médico disse que era normal, mas que se continuasse a tremer ou fechasse os olhos, como se perdesse os sentidos, para a levarmos ao hospital.

Esperámos mais um bocado. Desapertei um bocadinho o fecho do body, porque parecia que estava muito apertado, e ela ficou melhor. Dormiu durante algum tempo. Entretanto, os tremores voltaram, e voltámos a ligar para o hospital. E só então nos disseram para experimentar tirar o body. Assim fizemos, e a Becas voltou a ser a mesma de sempre, já normal! Ou seja, todo aquele estado foi provocado pelo body, que alguns animais, simplesmente, não toleram!  

 

 

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Mas ficámos com outro problema! Não usando body, a primeira coisa que faria era arrancar o penso. Sugeriram, caso ela não quisesse o body, irmos ao hospital substitui-lo pelo colar isabelino. O que é certo é que a Tica também nunca o suportou, e conseguia arrancá-lo sempre, até porque é desconfortável para comer e dormir.

Tínhamos uma noite pela frente. Ainda vestimos novamente o body, mas tirámos logo a seguir. Dormiu sem nada, a lá para o meio da noite deve ter tirado o penso. Mas voltou a ser a nossa Becas!

 

Agora é ver se isto passa que a Amora ontem nem conhecia a amiga e só rosnava para ela. E a Becas, em contrapartida, bufava. Hoje, parece que já vai tudo voltando à normalidade. 

Volta à consulta no final da semana e, entretanto, vamos começar a fazer a transicção para a nova alimentação.

Quando os animais ingerem corpos estranhos

 

Todos sabemos que os cães e os gatos gostam de pôr tudo e mais alguma coisa na boca, até mesmo aquilo que não devem!

E depois, para tirar esses corpos estranhos, é que é o cabo dos trabalhos. Em alguns casos, obriga mesmo a cirurgia para remoção.

 

Alguns dos sinais que o seu animal pode apresentar, indicativos de que engoliu alguma coisa que não era suposto são:

- vómitos

- engasgos

- prostração

- falta de apetite

- aumento da salivação

 

 

 

Enquanto que os gatos são mais de ingerir linhas ou lãs, os cães podem ingerir de tudo um pouco, desde bolas, bolotas, conchas, pedras e até, imaginem, toalhas! Sim, ouviram bem. No hospital veterinário aqui de Mafra já tiveram que operar um cão que tinha ingerido uma toalha.

 

 

Por isso, convém estarmos muito atentos para prevenir estes incidentes que levam muitos animais a uma urgência hospitalar. Mas, se isso não for possível, levem-nos de imediato ao veterinário.

 

Atenção: se virem o vosso animal com um fio de anzol na boca, nunca o puxem, sob pena de agravar ainda mais o problema. 

Ablação das unhas dos gatos

A ablação das unhas, é a total remoção da falangeta do gato, ou seja, consiste na remoção total das suas garras. Se viram o Gato das Botas, a sua amiga, a Kitty Patas Fofas, chamava-se assim porque os seus donos tinham-na sujeitado a esta prática.

 

Ainda que seja uma prática proibida em Portugal, como qualquer outra intervenção cirúrgica que modifique "a aparência de um animal de companhia ou para outros fins não curativos" (DEC. Nº 13/93 DE 13 DE ABRIL da Convenção Europeia para a Protecção dos Animais de Companhia), ainda há profissionais que o façam, pela excepção na legislação que indica que "Apenas podem ser autorizadas excepções a estas proibições: Se um veterinário considerar necessária uma intervenção não curativa, quer por razões de medicina veterinária, quer no interesse de um dado animal" (idem), desta forma, e em certa medida, os profissionais acabam por estar protegidos por estas clausulas de excepção. A verdade é que conheço quem o tenha feito, e até eu considerei fazer ao meu Pulga, devido às suas unhas já me ter posto em perigo, devido a uma agressividades descontrolada que o mesmo possui. 

 

Sou uma pessoa ponderada, quando o assunto são os meus pimpolhos, e antes de o submeter a esta cirurgia, fui pesquisar sobre isto. Lembro-me que fui até à Biblioteca do Porto consultar vários livros científicos sobre esta prática e descobri coisas horríveis, o que me fez mudar de ideias e ter uma visão diferente sobre esta questão.

 

Falando um pouco sobre as unhas em geral... Como as nossas, as unhas dos gatos, não servem apenas como acessório, não servem apenas para nos irritar quando as afinam onde não devem, ou quando nos picam a roupa aquando das suas insistentes massagens. As unhas dos gatos, são uma estrutura muito importante quando falamos de gatos de exterior, sem elas não conseguiriam trepar às arvores e escaparem dos seus predadores, não poderiam lutar com outros gatos, impedindo que outros ocupem o seu território. Como as unhas dos gatos são associadas apenas a estas situações, julgamos que os gatos de interior, já não precisam delas, e que estas já não têm uma função importante na saúde do gato. Mas estão enganados.

 

Ora vejamos alguns exemplos, da utilização das garras dos nossos bichanos, quando estão em casa:

 

  • Quando correm: Não há felino que não goste de correr, e certamente já os viram a correr de um lado para o outro da casa. Pois bem, as unhas funcionam quase como que um antiderrapante no gato, auxiliando-os no equilíbrio. 

  • Quando se espreguiçam: O meu Mimo adora espreguiçar-se com auxílio de um puff que temos para ele arranhar, ou seja, prende as unhas das patas dianteiras no puff, estendendo o resto do corpo. Sem unhas isso não seria possível.

  • Para se coçar: Até nós, quando não temos as unhas grandes, temos dificuldade em nos coçarmos em condições apenas com os dedos, não é verdade? Sem elas os gatos teriam dificuldades em se livrar dessas mesmas comichões.

As unhas são realmente muito importantes para os nossos bichanos e a prova é, que eles estão sempre a cuidar delas, e a total remoção destas, pode-lhes causar irremediavelmente danos ao nível físico e psicológico e devido a certas complicações na cirurgia - complicações que são até bem comuns, infelizmente - podendo causar-lhes dor para toda a vida, o que poderá resultar numa série de alterações de comportamento do animal: maior agressividade, perda de confiança nos donos, dificuldade de locomoção, entre muitas outras situações.

 

Por isso, se está a pensar neste método cirúrgico, para que o seu gatinho deixe de arranhar os móveis lá de casa... pense novamente.

 

Se está a pensar, por uma questão de vida ou de morte, pense também se não existirá outra solução. Apesar de tudo, creio que ainda assim, a ablação das unhas possa ser preferível ao abate ou ao abandono do animal... Mas ainda assim, pense muito bem, e informe-se sobre todos os riscos e consequências, tenha em atenção a experiência do profissional, e o local onde fará a cirurgia.