Comida para gatos!
Saudável vs Perigosa
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Uma empurra a outra e diz que aquela comida é só dela. A Kastanha, como não quer confusões, retira-se do grupo e vai para o seu canto!
Daquele grupinho de onde veio o Rafael, para além dele, só resta a Joana.
Estive com ela, continua dócil, meiga, a deixar fazer festinhas na barriga.
Ela tem dois filhotes, um de cada ninhada, o Miguel mais velho e o Pikeno o mais novo. Também há um primo, o Amarelo, que antes achava-se ser menina.
Eles podem não ter tudo, mas têm abrigo, por vezes desparasitação, comida, água, liberdade. Enquanto não aprendem a pular o muro e a vedação estão protegidos. A Joana está sempre lá dentro. E no barracão, havia mantimentos suficientes para eles não passarem privações!
Estou a estender roupa, é um prédio de três andares, ouço miar...lá em baixo está ele! Vou ao seu encontro para lhe dar comida, e ele fica a olhar por esta frecha da porta...a ver quando chego!
É caso para dizer que "Em briga de gatos não se mete a mão!".
Nem o pé, nem qualquer outra parte do corpo.
Eles estão assanhados, bravos, focados no rival, e qualquer intervenção mal feita pode resultar mal para o nosso lado. Os níveis de stress e adrenalina encontram-se no máximo, e eles ficam ainda mais nervosos, direccionando o ataque contra nós.
Já não é a primeira vez que assisto a luta de gatos na minha rua ou mesmo no meu quintal, entre os gatos dos vizinhos.
E em algumas delas, sou mesmo obrigada a intervir.
Quando eles estão apenas parados, a "discutir" verbalmente um com o outro, a situação não será muito grave. O pior é quando passam à agressão física.
Hoje de manhã estava o Branquinho e o Tareco a discutir no meu quintal.
Tentei a táctica da aproximação, que por vezes basta para que vá cada um para seu lado, mas nem me ligaram nenhuma.
Fui a casa buscar o saco da ração, para ver se a gula do Branquinho levava a melhor, mas olhou para mim com aquele focinho de "A sério? Estou no meio de uma discussão, e tu queres que eu coma?".
Deixei-os estar. Tinha que me despachar e não podia estar ali de volta deles. Ia vigiando da janela do quarto, enquanto fazia a cama.
Até que a coisa evolui para a agressão física, os dois engalfinhados um no outro, pelo branco a voar por todos os lados, e o Braquinho com a pata no outro, à espera para dar o golpe final.
A Chica ouviu os rapazes, e veio ver o que se passava.
E eu, fui ter com eles, munida com água para os borrifar e refrescar os ânimos.
Remédio santo!
O Branquinho, só de me ver com a água, parece ter saído do transe em que se encontrava, mas não se livrou de levar com umas pingas. Gosto muito dele, mas tenho que ser justa: é ele que vem provocar o outro, que está no seu território, e o vê invadido por um estranho brigão.
Já o Tareco, aproveitou a distracção do Branquinho para fugir!
Li agora que também os podemos tentar afastar com uma vassoura. Para a próxima ainda experimento.
Mas nunca, em momento algum, se deve bater nos gatos. Nem mesmo naquele que inicia ou provoca o outro porque, afinal, é apenas o instinto deles a falar mais alto e a manifestar-se.
Os três mosgateiros do Reino MiauPatinhas e do bairro "Cabeço dos Asnos", não temos burritos, mas temos gatitos, são na mesma mamíferos dóceis! Que nunca lhes falte comidinha, protecção e afecto!