Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Um conto para crianças: o gato e a ratinha

Era uma vez uma ratinha pequenina chamada Mimi. Essa ratinha cinza vivia dentro de um buraco na parede de uma casa: um cantinho seguro e escondido do mundo.

 Na mesma casa, além da família de Mimi, morava também um gato  chamado Tom.

O gato cinzento passava os dias não apenas brincando com novelos de lã, mas também tentando capturar a pequena Mimi. 

A ratinha, porém, sempre conseguia escapar. Assim, os dois viviam numa eterna brincadeira de pega-pega e esconde-esconde. Mimi vivia com um friozinho na barriga, mas, por ser tão pequenina, encontrava bons esconderijos longe das garras de Tom.

Numa noite chuvosa, Mimi estava se aconchegando em sua caminha feita de latinha. Cobriu-se com um paninho e já ia fechando os olhinhos quando ouviu um miado alto.

“Com certeza o Tom está tentando me enganar de novo e quer me comer!”, falou para si mesma, tentando voltar a dormir.

Mas o miado não parava, e ela não conseguia adormecer. Curiosa, abriu a portinha de sua casinha e espreitou. Diante da lareira, Tom estava deitado, chorando de dor e segurando a patinha.

Com medo, mas também preocupada, Mimi caminhou bem devagarzinho até ele. Perto da lareira havia um monte de lenha e, no chão, pedacinhos e lascas espalhados. Bem ali, seu inimigo se contorcia de dor. A ratinha reparou que sua pata estava inchada, com uma lasca bem fincada.

"Espera, vou te ajudar!”, disse timidamente, mas com determinação.

Tom miou, hesitante. A dor era grande, e ele não tinha escolha. Estendeu a pata inchada para ela.

“Por que você está me ajudando?”, perguntou, desconfiado.

Mimi não se intimidou. Com suas patinhas ágeis, retirou a farpa com cuidado.

"Porque precisamos nos ajudar. Afinal, moramos juntos. Acho que essa farpa veio daquela lenha ali!”, disse, apontando para a lenha perto da lareira.

Tom percebeu que ela tinha razão: provavelmente não prestou atenção e acabou se ferindo.

“Obrigado por me salvar!”, disse, aliviado, quando sentiu a dor começou a passar.

Mimi sorriu, e Tom retribuiu o gesto. Ele não era tão assustador quanto ela imaginava.

A partir daquele dia, viraram amigos. Tom sempre deixava alguns pedacinhos de queijo na porta da casinha de Mimi, e ela o ajudava quando ele perdia seu novelo. Assim, o predador e a pequena presa construíram uma amizade inesperada e extraordinária.

O-gato-e-o-rato.jpg

LeiaLenda.com

Relação de “amor/ ódio” entre companheiros felinos

Relação amor-ódio .jpg

 

Há quem diga que não se devem juntar dois ou mais gatos numa mesma casa, porque nunca se darão bem. Os gatos são animais territoriais, e não gostam de partilhar o mesmo espaço, e o mesmo dono, com outros.

Quanto muito, na melhor das hipóteses, apenas se tolerarão. No pior dos cenários, não existe aceitação do outro gato, causando sérios problemas físicos e psicológicos em ambos.

Isto poderá acontecer mais quando se juntam gatos em momentos distintos, e de idades diferentes. Ainda assim, mesmo com adoção conjunta de dois gatos em idades semelhantes, e na mesma altura, pode resultar ou não.

 

No nosso caso, fizemo-lo com uma semana de diferença. Tinham as duas a mesma idade, cerca de mês e meio, e ficou desde logo vincado que seria a Becas, a primeira a chegar, que iria mandar lá em casa e, a mais nova, a Amora, a obedecer às regras.

Se a Becas quisesse comer, naquele comedouro, a Amora esperava, ou comia no outro. Com receio, preferia esperar.

Se a Becas se quiser deitar num determinado espaço, a Amora é “obrigada” a sair, e ir para outro lado.

Claro que, em alguns momentos, a Amora conseguiu virar o cenário e ser a “dona do pedaço”, mas é sempre um curto reinado.

E se as coisas começam a descambar, sobretudo quando estamos em casa, e mais por ciúmes e desejo de atenção, andam em guerra.

A Becas não hesita em pregar umas valentes dentadas à Amora, até que um de nós as vá separar.

 

Ainda assim, quem as vê juntas, diz que são as gatas mais unidas, companheiras e amigas que existem, tal a cumplicidade entre elas.

Não são raras as vezes em que dormem juntinhas ou agarradinhas uma à outra, que se lavam e mimam, ou brincam de forma “gatilizada”.

Se uma está mal, a outra preocupa-se, e fica ao lado dela, até melhorar. Se uma corre perigo, a outra vai logo defender.

Se é para proteger os donos de terceiros, ou defender o seu território de outros gatos, é vê-las unidas por uma causa maior.

Mas, se num segundo são as melhores amigas, no seguinte, parecem duas loucas engalfinhadas uma na outra.

Existe uma espécie de relação amor/ ódio entre estas companheiras felinas que, no fundo, não deixa de ser muito diferente da de dois irmãos humanos, na idade da parvoíce!