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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Quando os gatos de rua nos entram em casa

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Não é fácil!

Hoje de manhã, tempo de chuva e frio, a Miss Esparguete (nome dado à gata da vizinha por ser muito magrinha e escorregar sempre que pegamos nela) entra-me em casa. Largo tudo o que tenho na mão, e vou atrás dela, deixando a porta encostada. Já as nossas estavam a bufar para ela.

 

Entra-me o Branquinho em casa. 

Largo a gata, e pego no Branquinho para o pôr na rua. Fecho a porta.

Volto a procurar a gata. Lá pego nela e ponho-a na rua também.

Vou buscar comida para os dois. A Miss Esparguete entra outra vez, e lá a ponho de novo na rua.

 

Custa-me imenso.

Estavam molhados. Provavelmente, com frio. Só queriam um abrigo, uma casa quentinha e que os protegesse da chuva. Mas já temos as nossas. E elas vêm sempre em primeiro lugar.

Tive que sair de casa por outra porta, ou não saía de lá hoje.

 

Antigamente, isso era algo bastante comum.

Fossem gatos dos vizinhos, ou gatos sem dono, sempre que apanhavam uma porta ou janela aberta, entravam sem pedir licença, surrupiando, muitas vezes, o que houvesse por ali à disposição ou, simplesmente, para tirar uma soneca abrigados do exterior, e em boa companhia.

Os tempos mudam, as pessoas passam os dias fora de casa, com portas e janelas fechadas e, morando a grande maioria em apartamentos, estas visitas inesperadas são raras.

Ainda assim, há exceções.

Connosco, por exemplo, como moramos num rés-do-chão com quintal, e temos vizinhos que deixam os seus gatos andar na rua, é frequente termos estes à porta, a tentar uma abertura ou distração para entrarem.

 

Mas, será que podemos deixar esses gatos que andam na rua conviver com os nossos, que estão sempre em casa?

Quando tínhamos a Tica, ela ia ao quintal, e convivia com a Boneca, uma gata abandonada que por ali andava. Não se davam mal, mas estavam longe de ser amigas.

Nenhuma estava vacinada, nem desparasitada. Nessa altura, não achámos que tivesse importância.

Hoje, temos duas gatas que estão vacinadas (à exceção da vacina contra o FELV, que não considerámos necessária, uma vez que não saem de casa), desparasitadas, e que já passaram por vários problemas de saúde.

 

Por isso, sempre que algum gato nos entra em casa, por muito que gostemos de gatos, tentamos sempre que saia assim que possível, e que não esteja muito tempo em contacto com as nossas gatas.

Nunca se sabe o que daí poderá resultar, e não queremos colocar as nossas felinas em risco.

Se, por acaso, como já chegou a acontecer, esses gatos não nos dão tempo, e começam a comer nos comedouros das nossas, retiramo-los de imediato, e desinfetamos bem.

Até podem estar saudáveis e não representar nenhum perigo.

Mas, na dúvida, mais vale prevenir, que remediar.

Por algum motivo, quando se leva um gato novo para uma casa onde já existe um gato, sobretudo gatos de rua, se faz o período de quarentena, até se poder juntar ambos.

Um sofá para dois

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Do lado de fora do portão, nem sempre se consegue ver quem por ali anda naquele telheiro.

Tinha visto que o Pompom estava deitado no sofá, mas a Oreo, lá em cima, só consegui ver através da fotografia!

No meio das péssimas condições em que vivem naquele edifício abandonado, ainda há algumas "mordomias" que os confortam. Este sofá é uma delas!

Os gatos também podem viver em família?

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Será cada vez mais difícil encontrar, hoje em dia,uma família de gatos.

Primeiro, porque os bebés são, ao fim de pouco tempo, entregues para adopção.

Depois, muitas vezes nem se sabe quem é o pai dos gatinhos.

E, cada vez mais, os gatos, mesmo os de rua, estão esterilizados/ castrados, o que impede a reprodução e constituição de família.

 

No entanto, consigo identificar essa vivência em família, nestes gatos que alimento a caminho de casa.

Com o passar dos dias, foram vários os momentos em que vi a mãe gata, o pai gato, e um dos seus filhotes a dormirem juntinhos. Ou a mãe com o filho. A mãe gata é mais apegada ao braquinho, enquanto que o pai gato é mais chegado ao seu reflexo em miniatura.

Por norma, quando não está a mãe, está o pai por perto, para tomar conta deles. A mãe, que me parece de primeira viagem, mostra ser uma mãe "galinha" com as suas crias.

Para além destes, anda por ali também uma tia ou avó, que toma conta dos meninos quando os pais não estão!

Será esta uma excepção à regra ou, de facto, a haver condições para tal, é possível os gatos viverem em família?

Algum dono de cães me saberá elucidar?

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Todos os dias, sempre que vou de casa para o trabalho, e do trabalho para casa, passo por aqui.

Vejo sempre este cão, ali encostado ao gradeamento, com a cabeça de fora, por vezes também uma pata, ou deitado, como nesta fotografia.

Ontem calhei a passar lá já de noite, e ali estava ele. Faça chuva ou sol, frio ou calor, dá-me a ideia de que está sempre ali, e que é o único espaço que tem. Este pequeno átrio de entrada da casa, onde está a sua casota, e que serve de casa de banho.

Num desses dias, tinha mesmo o espaço cheio de dejectos.

Nunca ladra (só uma vez em que parei e falei para ele), nunca se queixa, não aparenta à primeira vista ser um animal mal tratado. Não consigo perceber o que ele sente, mas parece-me sempre com um ar triste e, ao mesmo tempo, conformado.

No entanto, não sou perita em cães.

Por isso mesmo, pergunto se alguém por aí, habituado a lidar com estes animais, me saberá dizer se um cão pode estar confortável e passar os seus dias num espaço assim tão pequeno?

Será que ele é apenas sossegado e se sente bem ali, ou será só uma atitude de resignação?

A mim faz-me alguma confusão, mas não queria tirar conclusões precipitadas sobre um assunto que não domino, de todo.

Alguém que me elucide? Estarei a fazer um bicho de sete cabeças de uma situação perfeitamente normal e aceitável, ou até se justifica a minha preocupação?