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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Quando os senhorios não permitem que os inquilinos tenham animais dentro de casa

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Quando arrendei a nossa casa, não se colocou a questão porque, nessa altura, nem pensava em ter gatos. Já ia ter uma bebé, que me iria ocupar nos meses seguintes.

Uns anos mais tarde, quando adoptámos a Tica, ninguém nos disse nada. E porque diriam? Afinal, também os senhorios tinham dois gatos.

 

A mesma sorte não teve a nova inquilina.

Os senhorios arrendaram-lhe a casa nova, com a condição de que não queriam animais em casa. A que é que isso levou?

A que, agora, ande a gata na rua, entregue à sua sorte.

 

Para evitar problemas e ficar sem a casa, a gata foi levada para a garagem da mãe.

Mas a gata, pequenita ainda, habituada à dona e às suas filhas, foge da garagem e vem ter à porta da dona, onde fica a miar, à espera que lhe abram a porta, à espera de mimos, festinhas, atenção.

 

Na passada semana, até os filhotes da gata andavam por ali.

A gata é muito meiga. Não merecia ser separada daqueles com quem foi criada, e a quem estava habituada.

E tudo para quê?

Para não estragar nada lá em casa? Para não ficar com cheiro a gato?

 

Há tantos humanos a deixar as casas alugadas em tão mau estado, que quase nem se pode lá entrar que, ao pé deles, muitos animais são muito mais asseados e inofensivos.

As marcas de uma vida nas ruas

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A vida nas ruas pode não matar, mas deixa as suas marcas bem vincadas nos animais que são obrigados a lá sobreviver.

Não podendo entrar dentro de cada gato e saber o que têm a dizer da vida nas ruas, é certo que conseguimos encontrar gatos que parecem viver felizes assim, e outros que davam tudo por um lar.

De uma forma ou de outra, viver na rua têm os seus perigos, os seus riscos, e as suas consequências.

 

 

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A Boneca foi abandonada há quase 7 anos pela família que a tinha acolhido e, desde então, o seu lar tem sido a rua.

Quando a conheci, era uma gata extrememente dócil, mansa, submissa. Os outros gatos abusavam dela, e ela deixava. Era uma gata que se podia pegar à vontade, à qual podíamos fazer festas.

Com os anos, passou por várias gestações, tendo ficado sempre sem os seus filhotes, mortos pelo vizinho à nascença. 

Começou a ficar deprimida, a emagrecer, quase pensámos que iria morrer de desgosto.

Mas conseguiu dar a volta.

 

 

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Hoje, é uma gata que, se não estiver a ver, aceita algumas festinhas no lombo mas, mal vê a mão à sua frente, bufa e lança a pata. É desconfiada, não permite que se aproximem muito, embora venha ter connnosco e saiba que temos sempre algo para lhe dar, e um carinho para lhe fazer.

Hoje, é uma gata cujas orelhas acusam a destruição pelo sol, feridas, com crostas.

A Boneca é um bom exemplo daquilo que as ruas podem fazer a um animal.

 

 

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Sim, ela vive nas ruas, e ainda está viva. Mas sabe-se lá as doenças que não terá apanhado, os parasitas que não terá, o sofrimento que ela já passou, e de que forma isso marcou a sua personalidade.

Hoje, é uma Boneca "calejada" a que nos aparece à porta de vez em quando.

E deixa-nos sempre um duplo sentimento: de alegria, por estar viva e ainda nos conhecer, e de tristeza, por ver no que ela se tornou...

Body ou colar isabelino?

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Segundo a Becas, body não, de certeza!

E ela até vinha bonita, com o seu body azul (pelo menos não lhe vestiram o rosa, o que ela agradece!).

Na verdade, eu achava que o body era uma excelente opção pós-cirurgia, para evitar que ela andasse a querer arrancar o penso, e lamber a zona afectada. Ficava mais protegida e aconchegada.

Mas com a Becas, foi um pesadelo!

 

Fomos buscá-la ontem à noite, após ter alta médica. Tem que tomar antibiótico durante 7/8 dias. Com a Tica, este foi logo administrado no consultório, e não tivemos que nos preocupar. Tem que tomar anti-inflamatório durante 4 dias. Com a Tica não sei se foi preciso, mas penso que não. E tinha que usar o boby também durante 7 dias.

Estava muito quietinha na transportadora, mas era normal. Colocámos a transportadora no quarto, e deixámos que ela saísse quando assim entendesse. Dali a pouco aparece ela a rebolar pelo chão, muito atrapalhada. A Becas não conseguia andar com o body. Parecia um robot. Não quis beber água, não quis comer. Ficava muito parada, e se a largássemos, caía.

Colocámo-la em cima da cama da minha filha. Ia dormindo aos bocadinhos, mas desconfortável, com o coração acelerado e o corpo todo a tremer. Não queria estar tapada. Ligámos ao veterinário.

É muito estranho termos trazido uma Tica para casa que arrancou logo o colar e o penso, e agia como se não tivesse passado por uma cirurgia, e ver a Becas neste estado apático e estranho. O médico disse que era normal, mas que se continuasse a tremer ou fechasse os olhos, como se perdesse os sentidos, para a levarmos ao hospital.

Esperámos mais um bocado. Desapertei um bocadinho o fecho do body, porque parecia que estava muito apertado, e ela ficou melhor. Dormiu durante algum tempo. Entretanto, os tremores voltaram, e voltámos a ligar para o hospital. E só então nos disseram para experimentar tirar o body. Assim fizemos, e a Becas voltou a ser a mesma de sempre, já normal! Ou seja, todo aquele estado foi provocado pelo body, que alguns animais, simplesmente, não toleram!  

 

 

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Mas ficámos com outro problema! Não usando body, a primeira coisa que faria era arrancar o penso. Sugeriram, caso ela não quisesse o body, irmos ao hospital substitui-lo pelo colar isabelino. O que é certo é que a Tica também nunca o suportou, e conseguia arrancá-lo sempre, até porque é desconfortável para comer e dormir.

Tínhamos uma noite pela frente. Ainda vestimos novamente o body, mas tirámos logo a seguir. Dormiu sem nada, a lá para o meio da noite deve ter tirado o penso. Mas voltou a ser a nossa Becas!

 

Agora é ver se isto passa que a Amora ontem nem conhecia a amiga e só rosnava para ela. E a Becas, em contrapartida, bufava. Hoje, parece que já vai tudo voltando à normalidade. 

Volta à consulta no final da semana e, entretanto, vamos começar a fazer a transicção para a nova alimentação.

Doenças felinas #1 - Vírus da Imunodeficiência Felina

 

Também conhecido por FIV, o Vírus da Imunodeficiência Felina, só é transmitido de gato para gato, e não para os seres humanos ou outros animais. Mesmo de gato para gato, não é facilmente transmitido porque é necessária uma dose muito elevada para que tal aconteça.

 

Mas, como é que ocorre essa transmissão?  

O vírus está presente no sangue e saliva de gatos infectados. As vias mais comuns de infecção são através da mordida, quando o vírus na saliva do gato infectado é injectado directamente na corrente sanguínea do gato mordido, ou através das lutas de gatos, normalmente não castrados, que podem também ser infectados. Por outro lado, um gato que morde um gato infectado, tem menos risco de ser infectado, uma vez que o vírus não é injectado directamente na corrente sanguínea, embora ainda haja um elemento de risco. 

 

O que é que este vírus provoca?

O FIV diminui drasticamente as capacidades imunitárias, esgotando o número de células brancas do sangue, o que proporciona o fácil aparecimento de infecções e outras doenças, e torna os gatos menos capazes de as combater. No entanto, o FIV é um vírus de acção lenta, e muitos gatos infectados podem ter uma vida normal, sem problemas de saúde aparentes, decorrentes do vírus.

 

Principais sintomas:

  • falta de apetite
  • emagrecimento
  • febre
  • diarreia
  • dificuldades respiratórias/ infecções do trato respiratório (rinite ou bronquite)
  • tumefação das glândulas linfáticas
  • conjuntivite
  • gengivite (inflamação da gengiva)
  • espirros, e corrimento nasal e ocular
  • estomatite
  • insuficiência renal

 

 

 

Uma vez transmitido, o vírus aloja-se no corpo para sempre. Não existe cura, mas os gatos podem viver uma vida normal e longa.

Os principais cuidados que o dono de um gato portador deste vírus deve ter são:

  • proporcionar uma alimentação saudável e equilibrada
  • ter a vacinação sempre em dia
  • manter o gato dentro de casa para não correr o risco de ficarem doentes e para não infectar outros gatos
  • manter-se sempre atento à condição física do gato, para detectar eventuais sintomas