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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

A reviravolta

Hoje, venho aqui contar uma história que envolve gatos, pessoas que gostam de gatos e pessoas que não têm qualquer sentimento ou respeito por gatos.

Há alguns dias, encontramos veneno dos ratos nos recipientes da ração dos gatos da colónia, da qual sou uma das cuidadoras.

Nessa altura já tinha desaparecido uma gata, outro gato apareceu morto na estrada e outra gata foi vista a morrer. Esta última na parte da colónia, em que alguns gatos ficam no alpendre/quintal de uma cuidadora.

Esta senhora, a dona Emília é já uma pessoa com alguma idade, e que é inquilina do Sr. Albino, o senhor, ainda mais velho, que é dono das pequenas habitações que circundam aquele quintal, havendo nesse mesmo quintal bancos de jardim, horta, árvores, e até galinheiro. Todas as pessoas têm um pequeno quintal, e a dona Emília no dela colocou uma espécie de prateleira com caixas e mantinhas para abrigar os gatinhos, que por ali gostam de estar.

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Tanto o Sr. Albino, como a dona Emília, autorizaram as outras cuidadoras a irem lá ao quintal quer para alimentar quer para  medicar algum dos gatos que lá gostam de ficar, são meia dúzia deles, ou pouco mais. Depois há outros que ficam do outro lado da estrada e cujo terreno é público e a colónia está autorizada pela câmara a estar lá. Todos os gatos quer de um lado, quer do outro estão chipados e esterilizados! A colónia está legalizada pela câmara local!

Acontece que a filha do Sr. Albino, a  Sra. Joaquina estando do outro lado do Atlântico - a americana, ao saber que o pai estava a apresentar alguns sinais de doença, veio até Portugal, no exato momento destes factos (veneno e mortes), para mudar tudo. Resolveu fazer uma limpeza valente ao espaço, que na verdade estava mesmo a precisar de manutenção, pois tinha algum entulho. Até aí tudo bem! O problema foi colocarem a culpa daquela falta de manutenção nos gatos! Logo os gatos, uns animais tão asseados. Então resolveu proibir os gatos lá no quintal, proibiu a dona Emília de os alimentar, e, ainda deixou aviso à sua empregada, a Cornélia, que ia chamar uma associação para os levar de lá!

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Entretanto voltou para o país onde vive, mas deixou cá a Cornélia, para a representar. Esta pessoa é muito autoritária, usa a a função que tem, para atingir pessoas mais vulneráveis, como a dona Emília!

Esta Sra., a Joaquina , não deve ter noção, que em Portugal, existem leis de proteção aos animais, cujo não cumprimento dá multas e até prisão!

Até pode ter sido uma grande coincidência, a colocação do veneno e a morte de alguns gatos, principalmente os que estavam lá no dito quintal a incomodar, com a vinda da dona Joaquina Cruela. No entanto, toda esta raiva e maldade para com os gatos é muito suspeita!

Até o Sr. Albino tinha dois gatos chipados e em casa, e os  gatos foram colocados na rua, e proibidos de entrar em casa. Um deles mal habituado à rua foi atropelado, deslocou o maxilar e partiu uma anca, também não lhe prestaram auxílio, e foi a dona Emília que o levou ao veterinário.

Até a amizade entre estes dois velhotes, está ameaçada. E tanto que esta senhora ajudou o senhor, eram bons amigos, de passeios, de convívio. A mim tudo o que é maus tratos a idosos, crianças e animais, me incomoda! É uma falta de gratidão. Parece que agora o importante é a herança. O Sr. está debilitado, é certo, mas era preciso anular toda a sua essência, privá-lo dos animais, e pessoas com quem ele gostava de estar!

Eram os gatos que lhe dificultavam a vida ou eram eles que lhe davam alegrias!?

É muito triste!

Agora a dona Emília chama os gatos pra virem para o terreno público comer, mas há alguns que assim que chegam ao portão principal, não avançam. E depois, quando fica de noite, ficam á porta dela, esfomeados, a miar! Eles, coitadinhos não percebem o que se passa! É preciso mais tempo, mais paciência. É preciso que não os matem, só porque estão no quintal, a andar de um lado pro outro ou sentados ao sol, ou abrigados da chuva!

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Até podem não ter sido estas pessoas a envenenar, mas estas pessoas, não têm sentimentos, não têm empatia pelos gatinhos, que são tão amáveis e gratos! Não respeitam a vontade do pai! É certo que é uma propriedade privada, mas foi autorizada pelo dono a permanência dos gatos, e isso não se muda assim!

Pessoas que não aprenderam a amar!

E que se descubra quem andou a envenenar e a matar os nossos gatinhos!

Para proteger cada um dos intervenientes, alguns nomes, foram alterados.

 

Cuidar, proteger, medicar, alimentar, uma colónia de gatos

Como já aqui disse, sou uma das responsáveis pela colónia de gatos do meu bairro, a colónia dos Chães.

Cuidar, proteger, alimentar, medicar, estar atenta, são algumas das tarefas que temos feito.

Há sempre "lutas", mas o balanço é positivo. Há dois gatos que estão adoentados, e é  uma frustração, tentar apanhá-los porque temos apoio veterinário, mas eles não se deixam apanhar.

Deixo algumas fotos deles, para que vejam como são lindos, apesar das marcas de uma vida de rua!

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O que somos aos animais que vivem connosco?

Foto de Becas e Amora.

 

Desde sempre que nós, humanos, nos apelidamos, relativamente aos animais que estão a nosso cargo e dos quais cuidamos, como seus donos. Era algo tão natural e tão espontâneo, que nem questionávamos.

Nesse tempo, ainda os animais eram vistos como coisas, e daí também ninguém se importar com a forma como tratávamos os animais, e a forma como nos víamos em relação a eles.

 

Hoje em dia, com tantas lutas por um novo estatuto do animal, e por melhores condições e protecção aos animais de estimação, a palavra "dono" começa a ser mal vista, e a provocar mal estar entre alguns defensores de animais.

 

Pois eu confesso que continuo a dizer que sou a "dona" das minhas bichanas, e não pretendo mudar. E não mudo, porque não o faço com a conotação negativa que lhe querem dar.

Defender os animais e os seus direitos, acho bem. Mas sem cair em exageros. A maldade, muitas vezes, está nos olhos de quem a vê.

Sou a sua dona, tal como elas são minhas donas! Pertencem-me, tal como eu lhes pertenço a elas. Numa relação de amor, carinho, amizade, lealdade...Não no sentido de propriedade, de que lhes posso fazer o que quero porque são minhas.

 

Não condeno quem prefere apelidar-se de cuidador, tutor, ou até pai/mãe. Mas não condenem, da mesma forma, quem prefere apelidar-se de dono.

 

E por aí, como se vêem em relação aos vossos animais?

As famílias de acolhimento temporário

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Como o próprio nome indica, são famílias que acolhem temporariamente os animais, até que encontrem um lar definitivo.

Para muitas associações, que não têm um espaço físico, um abrigo onde ter os animais, esta é a solução encontrada para que os mesmos possam ser recolhidos da rua, e tenham todos os cuidados e atenção, até ao momento da partida.

Se não fossem as FAT's, a maioria das associações não conseguiria levar a cabo todo o trabalho com o resgate, acolhimento, tratamento e processo de adopção dos animais.

 

Agora, pergunto eu: quanto tempo deve um animal ficar numa família de acolhimento temporário? E se ninguém adoptar um determinado animal, ele fica a viver permamentemente com a FAT?

 

No que diz respeito aos animais que são acolhidos nestas famílias, e que ficam com elas meses ou até anos, não se até que ponto eles próprios não criam laços com os seus cuidadores, e até que ponto será benéfico ou não retirá-los depois, para irem para outras famílias, desta vez definitivas (ou assim se espera)

Mas sei que, como diz António Manuel, da direcção da Miacis - Protecção e Integração Animal:

"Ser Família de Acolhimento Temporário é uma “missão” para a qual nem todos têm capacidade. Eu faço tudo, ajudo de todas as formas, mas FAT não consigo ser. Se um animal entra em minha casa já não consigo que saia.”.

 

 

Pois é exatamente isso que eu sinto que aconteceria comigo. Ficaria tão ligada aos meus meninos, que não iria conseguir deixá-los partir!

 

“É preciso muita disponibilidade. E um altruísmo gigante. Até porque quando pedimos ajuda não sabemos se o animal vai demorar dois dias, duas semanas ou dois anos a encontrar um dono.”

 

De acordo com Manuela Melo, o maior drama são mesmo as despedidas. Lembra-se perfeitamente do primeiro gato que deu, um preto e branco:

“Fui o caminho todo a chorar. A senhora a dizer que ia tratá-lo muito bem e eu chorava e chorava. Agora, mais mentalizada para esse dia, já não saio tão lavada em lágrimas."

 

Para Luísa Rocha, a escolha de ser Família de Acolhimento Temporário não é uma escolha racional:

“É pensar com o coração e gostar deles em dobro.”

 

Quem é que, por aí, já foi ou é FAT, e quer partilhar a sua opinião ou experiência com o Clube?

Queremos também saber o que pensam os nossos seguidores, sobre as famílias de acolhimento temporário para animais.

 

Ver mais em familias-de-acolhimento-temporario