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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Relação de “amor/ ódio” entre companheiros felinos

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Há quem diga que não se devem juntar dois ou mais gatos numa mesma casa, porque nunca se darão bem. Os gatos são animais territoriais, e não gostam de partilhar o mesmo espaço, e o mesmo dono, com outros.

Quanto muito, na melhor das hipóteses, apenas se tolerarão. No pior dos cenários, não existe aceitação do outro gato, causando sérios problemas físicos e psicológicos em ambos.

Isto poderá acontecer mais quando se juntam gatos em momentos distintos, e de idades diferentes. Ainda assim, mesmo com adoção conjunta de dois gatos em idades semelhantes, e na mesma altura, pode resultar ou não.

 

No nosso caso, fizemo-lo com uma semana de diferença. Tinham as duas a mesma idade, cerca de mês e meio, e ficou desde logo vincado que seria a Becas, a primeira a chegar, que iria mandar lá em casa e, a mais nova, a Amora, a obedecer às regras.

Se a Becas quisesse comer, naquele comedouro, a Amora esperava, ou comia no outro. Com receio, preferia esperar.

Se a Becas se quiser deitar num determinado espaço, a Amora é “obrigada” a sair, e ir para outro lado.

Claro que, em alguns momentos, a Amora conseguiu virar o cenário e ser a “dona do pedaço”, mas é sempre um curto reinado.

E se as coisas começam a descambar, sobretudo quando estamos em casa, e mais por ciúmes e desejo de atenção, andam em guerra.

A Becas não hesita em pregar umas valentes dentadas à Amora, até que um de nós as vá separar.

 

Ainda assim, quem as vê juntas, diz que são as gatas mais unidas, companheiras e amigas que existem, tal a cumplicidade entre elas.

Não são raras as vezes em que dormem juntinhas ou agarradinhas uma à outra, que se lavam e mimam, ou brincam de forma “gatilizada”.

Se uma está mal, a outra preocupa-se, e fica ao lado dela, até melhorar. Se uma corre perigo, a outra vai logo defender.

Se é para proteger os donos de terceiros, ou defender o seu território de outros gatos, é vê-las unidas por uma causa maior.

Mas, se num segundo são as melhores amigas, no seguinte, parecem duas loucas engalfinhadas uma na outra.

Existe uma espécie de relação amor/ ódio entre estas companheiras felinas que, no fundo, não deixa de ser muito diferente da de dois irmãos humanos, na idade da parvoíce!

Qual o grau de confiança que têm com os vossos gatos?

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Cada gato tem a sua própria personalidade, tal como os seus donos, e dessa junção nasce uma relação, cumplicidade e confiança, que pode ser diferente, de gato para gato, e de dono para dono.

Lá por casa, todos nós temos total confiança na nossa Amora, na hora de brincar, dar miminhos, beijinhos, festinhas, até mesmo na barriga. Podemo-nos entregar, porque sabemos que não nos fará nada, e até gosta.

Nem com a Tica, havia essa confiança plena e total.

Com a Becas, já não é assim. Fazemo-lo, mas com reservas. Com um olho aberto, não vá ela lembrar-se de espetar a unha ou pregar uma dentada. Não nos arriscamos muito a dar beijinhos de frente para ela, e tocar-lhe na barriga é, quase sempre, sinal de unhas cravadas na nossa mão.

Penso que a única pessoa a quem ela permite uma maior confiança, nesse sentido, é o meu marido.

 

Já com os gatos da vizinhança, o Branquinho é uma espécie de Amora, com a diferença que não convivemos com ele a tempo inteiro e, por isso, não temos o mesmo grau de confiança que com a nossa.

A Esparguete também é muito dada, também parecida com a Amora mas, de vez em quando, dá-lhe uma pancada e começa a morder, ainda que na brincadeira, mas sem estarmos a contar, e deixa marcas.

A Mia, não nos permite confianças, embora esteja ligeiramente mais receptiva.

Já a Boneca, se antes era mais permissiva, agora não permite que lhe toquem.

O Malhado parece meigo, mas não o conhecemos bem, por isso também não criámos aquela ligação nem aprofundámos a confiança.

 

E por aí, qual o grau de confiança que têm com os vossos gatos, ou com aqueles de quem cuidam?

 

Amor de mãe

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Estavam mãe e filho, nesta manhã de frio e sem sol a bater àquela hora, a dormir enroscadinhos um no outro,para se aquecerem mutuamente, e porque deve ser tão bom dormir com os nossos filhotes, e eles com a mamã!

Mal parei ao portão, o Pompom acordou logo!

 

 

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A mãe, Bela, acordou um pouco depois, para ver quem ali estava, e se o seu filhote estava em segurança.

Estou apaixonada por estes meninos!

Mas isso já devem ter percebido :)

 

Altruísmo versus egoísmo

Imagem relacionada

 

Há já algum tempo que andava com a ideia de contactar uma associação que cuida dos animais de rua, e suas colónias, para ver o que se podia fazer com aquelas gatas e gatos que costumo alimentar a caminho de casa.

Disseram-me, há uns meses, que seria preciso enviar uma candidatura, ter padrinhos que custeassem as esterilizações, e ajuda dos cuidadores para conseguir apanhá-los.

Desde então tenho estado na dúvida se enviava ou não a dita candidatura.

 

 

Por um lado, não fazendo nada, a não ser dar-lhes comida e água, estou a deixar que eles se reproduzam, e daqui a pouco não são apenas 8, mas muitos mais. Se não fizer nada, estou a deixá-los entregues a si mesmos, e à boa vontade das pessoas que têm ajudado até agora, sem quaisquer outros cuidados.

Poder sinalizar a colónia, e haver quem os vá vigiando e não lhes deixe faltar o essencial, é querer o bem deles.

 

Mas, por outro lado, dou por mim a pensar se os gatos não querem, simplesmente, que os deixemos em paz, a viver a sua vidinha como sempre o fizeram. Dou por mim a pensar se, depois, não vão retirar os gatinhos bebés às mães, para adopção, e restituir estas à colónia, sozinhas. Que direito tenho eu de lhes fazer isso?

E, confesso, gosto tanto de ver todos ali sempre que passo, de ver a cumplicidade entre mães e filhos, e restantes gatos, como se fossem um clã unido, que iria sentir muito a falta deles, se os tirassem dali. E aqui, sim, estou a ser egoísta.

 

De qualquer forma, nenhuma mãe deveria ser privada dos seus filhotes. Por muito bonito que seja adoptarmos gatinhos bebés e seja assim que funciona, sendo os gatos separados das mães logo que podem, para encontrarem nos humanos as suas famílias, o que sentem as mães gatas quando vêem que todos os seus filhotes partiram?

 

Assim, voltamos ao ponto de partida. A única forma de isso não acontecer, é as gatas não terem filhos. Para isso, é preciso esterilizá-las. E, para isso, é preciso sinalizar a colónia.

É por isso que ando aqui nesta ambiguidade, entre o que será mais correcto fazer, o que devo fazer, e o que o o coração me diz para fazer.

Qual a melhor decisão? 

 

Para já, enviei a candidatura. O resto logo se verá...