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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Porque vale sempre a pena ajudar!

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Se tivesse que descrever o que vejo nesta imagem, diria que vejo um gato agradecido. 

Agradecido por mais um dia que tem para viver. Por estes raios de sol que lhe aquecem o corpo, e o coração. Por ter sido possível vir até aqui e comer qualquer coisa, depois dos dias chuvosos que não lhe permitiram grandes aventuras.

Agradecido por, mesmo não tendo a sorte de ter um lar e uma família humana que cuide dele, ter um abrigo, onde cresce com a sua família e amigos felinos, com relativa segurança, e alguém humano que vai ajudando a que não lhe falte comida e água, e umas palavras simpáticas, que ele não percebe na totalidade, mas sabe que o são.

 

 

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Este menino (digo eu, que nunca confirmei), cada vez mais bonito, é o Pompom. Em julho, era apenas um bebé. Hoje, atrevo-me a dizer que assumiu as rédeas da colónia, como acontece com os filhos mais velhos, que seguem as pisadas do pai, e tomam conta e protegem os mais novos dos perigos, e dos estranhos. 

Está um gatão que faz qualquer um apaixonar-se por ele, e ter vontade de o levar para casa.

 

 

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Na mesma colónia, e à semelhança da Oreo, este(a) é um(a) dos protegidos(as) do Pompom, a quem batizámos de Panterinha. Pertence, ao que parece pelo tamanho, a uma das últimas ninhadas, e já se arrisca de vez em quando a sair do portão e aproximar-se da estrada. No entanto, se os humanos se aproximam, corre para dentro, e fica em alerta.

 

 

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Se os seus olhos falassem, diriam que estava num misto de gratidão pelo que tem, apesar de não ser muito, e com receio pelo que o(a) espera nesta vida selvagem. 

 

Tal como estes dois gatos, também a Oreo, a Bela, a Rapunzel, o Dom Juan, as três Malhadinhas e mais um ou outro que por lá andem, dependem do seu instinto de sobrevivência, deste abrigo que encontraram, e de quem os alimente.

Não é obrigação de ninguém mas, ainda assim, é dever de cada um de nós zelar pela sua vida. 

Posso não ter ainda conseguido que uma associação os ajude e assuma o controlo desta colónia. Posso não ter conseguido que eles venham até mim, e percam o medo (embora por vezes já não fujam), nem tão pouco apanhá-los e encaminhá-los para adopção responsável.

Posso não conseguir proporcionar-lhes os cuidados de saúde que deveriam ter.

Mas sei que, se não fosse pela "comida na mesa" que tento levar todos os dias, faça chuva ou sol, como se já fizesse parte da rotina diária da minha vida, e eles fossem responsabilidade minha, sentindo-me mal se não lhes fizer, pelo menos, uma visita diária para verificar se estão todos bem, e têm comida e água à disposição, eles passariam fome, não cresceriam a olhos vistos e não estariam, provavelmente, tendo em conta as condições em que vivem, como estão hoje.

 

Posso não fazer muito, mas sei que faço alguma diferença. E é por isso que vale sempre a pena ajudar!

Para os ver crescer e, dentro dos possíveis, saudáveis. E saber que contribuímos para tal!

 

Para quando uma linha de emergência para animais?

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Quando uma pessoa se sente mal e precisa de uma ambulância ou cuidados médicos, em casos de acidente, e outros, ligamos para o 112.

E, quando um animal sofre um acidente, para quem ligamos? Quando nos deparamos com um animal ferido, a quem recorremos? Quem é a entidade responsável?

No passado fim de semana, o meu marido encontrou um gato atropelado na estrada. Juntamemente com outros condutores, que pararam os carros, conseguiram tirá-lo da estrada, para a berma, ainda com vida.

"E agora, o que fazemos?" - perguntaram eles.

O que se faz numa situação dessas?

São as pessoas que, por sua conta e responsabilidade, têm o dever de levar o animal ao hospital ou clínica veterinária mais próxima? E como saber onde esses serviços existem, num local em que estão de passagem, e que não conhecem? 

Se assim não for, a quem ligar? Às associações?

E naquele momento, saberemos nós que associação actua na zona? E os contactos? E mesmo que os tenhamos, haverá voluntários que se disponibilizem a ir até ao local, a qualquer hora do dia ou da noite?

Já para não falar das enormes despesas que estas já têm acumuladas de todos os animais que tratam.

Aqui na nossa zona, como já aconteceu, nenhuma entidade se responsabiliza. Ou pagamos nós, os que encontram, e depois logo se vê se tem dono, se não tem, e se reavemos o valor das despesas ou não. A protecção civil só recolhe cadáveres.

É complicado porque, neste meio tempo em que não se sabe bem a quem recorrer ou que decisão ou atitude tomar, pode estar a diferença entre a vida e a morte de um animal.

O gato que o meu marido encontrou, estava em sofrimento. Acabou por morrer ali mesmo, pouco tempo depois.

Talvez não houvesse mesmo nada a fazer. Ou talvez pudesse ter sido feito. Se não por este, por outros, se houvesse uma linha que pudessemos ligar, e alguém habilitado que pudesse ir até ao local, e encaminhar para os serviços veterinários.

 

Ah e tal, são animais. Como dizia um indivíduo que mais valia ter seguido caminho em vez de estar a dizer disparates "é só um gato, levar ao veterinário para quê?" ou "então, agora é pegar no gato e pô-lo no contentor, para quê chamar a protecção civil?".

 

É verdade. São animais. Mas também sofrem, também têm dores, também merecem ser tratados e ter uma hipótese de viver.

Claro que, num país em que nem para os humanos existem meios suficientes e eficientes, capazes de dar resposta em situações de emergência, morrendo muitas pessoas por assistência tardia, ou falta dela, será pedir demais que se faça isso em relação aos animais.