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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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O Bucha e o Estica

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O Riscas, come menos que o Rafael, mas está mais gordinho.

Ou é porque é mais velho, e tal como nós humanos, a idade vai trazendo umas gordorinhas, e a vontade para o desporto já não é a mesma; ou é porque o Rafael, apesar de comer imenso, faz imenso desporto e é um gato jovem. 

Se o Riscas precisar de fazer dieta, vai ser complicado, porque estes dois comem ambos a mesma ração e o Rafael ainda come patê. 

Doenças felinas #3 - Diabetes

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Tal como os humanos, também os nossos gatos  podem sofrer de diabetes.

No caso dos gatos, pode ser Diabetes Mellitus de tipo I (em que o pâncreas para praticamente de funcionar) ou II (em que a produção de insulina é insuficiente), sendo a forma mais comum a de tipo II.

 

Mas, afinal, em que consiste exactamente a diabetes e quando é que ocorre?

Os gatos que sofrem de Diabetes Mellitus têm dificuldade em utilizar a glicose como fonte de energia pelo organismo, ocorrendo quando as células não respondem normalmente aos montantes de insulina produzida pelo pâncreas.

Os gatos mais afectados são, por norma, gatos de meia idade ou idade avançada, e obesos.

No entanto, a diabetes pode também estar relacionada, para além da idade e eventual obesidade, com uma pré-disposição do organismo, combinada com má nutrição, e sedentarismo.

 

Quais são os sintomas?

Os gatos afectados pela diabetes podem começar a agir permanentemente como se tivessem fome, a querer comer a toda a hora mas, ainda assim, mostrar sinais de desnutrição, porque as suas células não conseguem absorver a glicose.

Para além da fome excessiva e perda progressiva de peso, também há uma tendência para aumentar a sede e, consequentemente, urinar em excesso.

Como em qualquer doença, os gatos tendem também a ficar quietinhos e letárgicos.

 

Como é efectuado o diagnóstico?

Se suspeitarmos que os nossos gatos podem estar a sofrer de diabetes o melhor é levá-los ao veterinário, que irá proceder à recolha de amostras de sangue e urina. É comum os gatos serem internados por um dia para realizar os exames.

Caso se confirme, o veterinário inicia o processo de estabilização dos níveis de glicose no sangue, geralmente com controlo nutricional, administração de insulina, ou ambos.

 

Quais são os cuidados a ter com os gatos diabéticos?

O veterinário é a pessoa mais indicada para fornecer conselhos sobre a alimentação e as horas das refeições do gato, podendo ser necessário administrar diariamente injecções de insulina em casa. Pelo menos, no início.

São necessárias visitas repetidas ao veterinário para monitorizar o progresso do tratamento e, conforme os resultados obtidos, introduzir alterações na dieta, ou nos níveis de insulina. 

É importante uma dieta equilibrada e adequada, havendo até no mercado alimentação própria e rações específicas para gatos com diabetes.

No caso da diabetes de tipo II, se o gato tiver excesso de peso e conseguir, com essa dieta, atingir um peso normal, é provável que possa vir a prescindir das injecções de insulina.

 

A diabetes pode afectar a vida dos nossos gatos?

Se não forem diagnosticados e tratados, os nossos bichanos podem, com o passar do tempo,vir a ter problemas como pouca ou deficiente mobilidade das patas, e perda de massa muscular que, por sua vez, acarretarão outros problemas, levando-o a ficar mais fraco. No entanto, a diabetes só é fatal se não for tratada. 

Existem gatos que podem ser tratados apenas com dieta e medicação oral, mas a maioria necessita de injecções de insulina. 

Ainda assim, com o tratamento adequado, e acompanhamento médico-veterinário, apesar de ser preciso tempo e compromisso também da parte do dono durante o mesmo, é possível o gato diabético superar a doença a longo-prazo e viver feliz e saudável. 

 

 

De que se alimentam os nossos gatos?

 

Neste Dia Mundial da Alimentação, a pergunta do dia é:

 

De que se alimentam os nossos gatos?

 

Será que também eles têm uma alimentação saudável e equilibrada, adaptada às suas necessidades, ou nem por isso? Eu devo confessar que a Tica, actualmente, só come ração seca, ervas e pouco mais. De vez em quando, uns petiscos de alimentação humana, que ela gosta mas não serão, certamente, muito saudáveis. E bebe muita água. E os vossos?

 

Aqui ficam alguns conselhos que devemos seguir para proporcionar aos nossos bichanos uma alimentação de qualidade:

 

1 - Os gatos devem ser alimentados com comida própria para gatos.

Isto significa não deixá-los comer comida de cães ou outros animais, e evitar dar-lhe a nossa comida (carne ou peixe cru, leite, atum, entre outros), porque isso levará a que eles desenvolvam deficiências nutricionais, diarreias, vómitos, problemas neurológicos e de ossos e, em casos mais graves, cegueira e morte.

 

2 - Não devemos optar exclusivamente por ração seca.

As rações secas são pobres em água, e ricas em hidratos de carbono, dos quais os gatos não necessitam em abundância. Já a dieta húmida, ajuda a manter a saúde do sistema urinário dos nossos gatos.

 

3 - Os gatos não precisam de ter sempre comida na sua taça.

Isso poderá levar à obesidade, e torná-los compulsivos por comida. Devemos dar apenas a dose diária recomendada  para a idade e peso deles, dividindo em 3 ou 4 porções ao dia. Já a água, deve estar sempre disponível, e fresca.

 

4 - Não devemos dar muitos petiscos aos gatos.

Os petiscos devem ser uma excepção, e não a regra. Dar petiscos regularmente pode prejudicar a saúde dos gatos, uma vez que não proporcionam os nutrientes que eles precisam e, além de poderem aumentar de peso, o tipo de comida usada como petisco pode ser nociva.

 

5 - Os gatos não podem comer chocolate.

O chocolate tem alguns ingredientes que fazem com que os nossos amigos fiquem doentes. Um dos ingredientes do chocolate (teobromina) é tóxico para os gatos.

 

 

6 - Existem no mercado diferentes rações, para dietas específicas.

Podemos encontrar à venda ração para gatos esterilizados, gatos de interiores, comida light, rações adequadas para dietas específicas, para problemas urinários, entre outros. Se não soubermos bem a que grupo pertence, o ideal é perguntar ao veterinário qual a melhor comida para o seu gato.

Por outro lado, a ração de um gato bebé é diferente da do gato adulto, por isso, deveremos adequar o tipo de ração à fase do crescimento em que se encontra.

 

7 - Os gatos gostam da sua comida à temperatura ambiente.

Por isso mesmo, devemos evitar dar-lhes comida acabada de sair do frigorífico.

 

8 - O número de refeições varia consoante a idade.

À medida que os gatos vão crescendo, o número de refeições vai diminuindo. Isto pode estar relacionado com o facto de gatos bebés terem um estômago muito pequeno. Por isso têm que comer pouco de cada vez, várias vezes ao dia. Quando crescem, o seu estômago aumenta, comem mais e o número de refeições reduz, porque se sentem mais saciados. 

 

9 - Os gatos não podem ter uma dieta exclusivamente vegetariana.

Os gatos são animais carnívoros por natureza, e precisam de comer carne para sobreviver! Se tiverem uma alimentação apenas vegetariana, podem ficar cegos, sofrer de outras condições debilitantes, ou mesmo morrer. 

 

10 - A alimentação deve ser variada.

De uma forma geral, os gatos comem sem problemas qualquer coisa que lhes ofereçam. No entanto, à medida que vão ficando mais velhos, podem desenvolver alguns caprichos ou vícios.

A ausência de uma dieta diversificada desde o início pode originar complicações na hora de comer. Por isso é importante habituá-los a comer vários sabores de ração e, por vezes, tipos de comida diferentes.

Se só lhes dermos um tipo ou um sabor durante toda a vida, poderemos vir a ter problemas se essa comida deixar de ser vendida, ou se uma questão de saúde obrigar a uma mudança de alimentação.