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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

O que vos apraz dizer sobre isto?

Deixo-vos aqui este texto de Henrique Raposo, publicado na RR no passado dia 28 de Abril, que tive hoje oportunidade de ler, e que ainda estou assimilar, por tão pouco de verdade que tem, embora a tenha, bem nua e crua, perante tantos disparates de que fala.


"Ao equivaler o cão ao homem, o animalismo dessacraliza a vida humana, dessacraliza os direitos humanos, atira a vida humana para o estado da natureza. Os exemplos desta desumanidade já são às dezenas.

“Os cães não são coisas”, “quem não gosta de animais não é boa pessoa”, “eles (os cães) vêem sempre quem é boa ou má pessoa”, “gosto tanto dos meus cães como dos meus filhos”, “ter um cão ensinou-me a ser pai/mãe”, “os animais têm a mesma dignidade dos homens” e, claro, “os animais são mais humanos do que os próprios homens”. Estas e outras frases já fazem parte da poluição sonora que nos apascenta. O que até é compreensível. Este animalismo pagão é o reflexo de uma sociedade de gente sozinha, triste e com enormes doses de ressentimento por tratar.

O animalista é quase sempre uma pessoa que respira raiva contra outras pessoas, contra o ex-marido, contra a ex-mulher, contra a nora, contra a humanidade em geral, esse vírus que consome a mãe natureza. O alegado amor pelos animais é só uma forma de sublimar esse ódio galopante. É compreensível.

Somos uma sociedade de divórcios, de relações instáveis, de filhos únicos, de idosos solitários que passam meses sem ver os filhos ou netos. Não há primos ou irmãos, não há tios ou tias, não há netos ou avós, não há maridos e mulheres. Neste deserto emocional, é evidente que muitas pessoas transferem as emoções para os animais; cães e gatos funcionam como espelhos passivos onde são projectados afectos e ressentimentos. “Os cães são fiéis, ao contrário das pessoas”. Tudo isto é compreensível, sem dúvida, mas há limites. E este animalismo já passou há muito os limites morais de uma sociedade civilizada.

Quem é que recebe a maior onda de indignação? O toureiro que fere um touro ou o dono do rottweiller ou pittbul que mata um bebé? A resposta é o primeiro. E o poço é ainda mais fundo. O cão recebe uma campanha de compreensão na internet. As pessoas lembram-se do nome do cão assassino e não do nome do bebé assassinado. A humanização do animal (o abate é visto como um “assassínio”) causa assim a desumanização do bebé, da criança, do ser humano.

O espantoso é que esta tribo animalista equipara moralmente uma pessoa a um cão com uma vaidade moral que faz lembrar os marxistas dos anos 50. Julgam-se superiores, acham que são a vanguarda moral, julgam-se super-humanos. E, tal como as ideologias do passado, esta hubris esconde a sua intrínseca desumanidade.

Ao equivaler o cão ao homem, o animalismo dessacraliza a vida humana, dessacraliza os direitos humanos, atira a vida humana para o estado da natureza. Os exemplos desta desumanidade já são às dezenas. O parlamento que criminaliza o abandono de animais é o mesmo parlamento que recusa criminalizar o abandono de idosos. O PAN recusa barrigas de aluguer no gado suíno mas apoia as barrigas de aluguer em pessoas. Começa a ganhar força a ideia de que um animal “consciente” tem mais valor do que um ser humano inconsciente. Exagero? Lembrem-se das declarações do líder do PAN: “há mais características humanas num chimpanzé ou num cão do que num ser humano em coma”. Portanto, se seguíssemos esta lógica, teríamos de dizer que o abate de um cão é mais indecente do que a eutanásia de um homem em coma. Se repararem bem, já lá estamos, já vivemos nesta lógica: o ar do tempo defende a eutanásia enquanto grita histericamente contra o “assassínio” de um cão.

Rir ou chorar? A sociedade que se cala ante o aborto, ante a eutanásia, ante a eugenia cada vez mais aberta, ante a nanotecnologia que cria um futuro pós-humano, ante as barrigas de aluguer que transformam bebés em bens que se podem comprar, enfim, esta sociedade que transforma o humano numa coisa é a mesmíssima sociedade que grita histérica “os animais não são coisas”."

(Henrique Raposo – RR – 28.04.17)

 

Listas públicas de adoptantes duvidosos - sim ou não?

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Apesar das novas leis em vigor, para combate aos maus tratos a animais, ainda nos deparamos com diversas situações em que eles acontecem. 

A par com os maus tratos, o abandono é outro dos grandes problemas de que os animais, frequentemente, são vítimas.

E se há situações que acontecem esporadicamente, outras há que se repetem, sempre com os mesmos adoptantes envolvidos, que fazem dos maus tratos o seu passatempo preferido.

Ora, seria bom que se pudesse criar uma listagem de maus adoptantes, e que as associações pudessem consultá-la, antes de entregar um animal a determinadas pessoas.

Seria bom que estas pessoas, que não têm o mínimo respeito pelos animais, pudessem estar, de alguma forma, sinalizadas. 

Mas, até que ponto terá essa lista, na realidade, alguma utilidade prática? A verdade é que, a cada dia, surgem novos maus adoptantes, e surpresas desagradáveis, que não se conseguem evitar.

E, até que ponto, não estaremos a violar os direitos e a liberdade dessas pessoas?

 

Qual é a vossa opinião? 

Concordam com a existência de listas de maus adoptantes de animais, ou nem por isso?

Para quando hospitais públicos para animais?

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Ou locais onde se possam fazer exames aos animais a preços reduzidos?

Tanto se ouve falar do abandono dos animais de estimação, e do combate a esta problemática. Tanto se ouve falar dos benefícios da adopção de um animal de estimação, e das alegrias que eles nos dão. Tanto se ouve falar de responsabilidade para com os mesmos.Da defesa dos direitos dos mesmos.

Mas o acesso à saúde também é um direito que lhes assiste. E esta é uma questão que ainda pesa no momento de decidir adotar ou não um animal de estimação.

Porque se um animal é saudável, a despesa não é grande. Se começa a dar problemas atrás de problemas, as coisas mudam.

 

Se os humanos têm acesso a hospitais públicos, e podem fazer determinados exames a preços muito reduzidos, o mesmo não se pode dizer dos animais. Ter um animal começa a ser um luxo. Cuidar da saúde desse animal, idem.

 

Só para terem uma noção:

 

Humanos - plano nacional de vacinação - gratuito

Animais - plano de vacinação - todas pagas (entre os 20 e os 40 euros cada)

 

Humanos - fazem análises simples de sangue e urina por cerca de 10 euros (e mesmo assim acho que nem tanto)

Animais - fazem as mesmas análises por cerca de 20 euros ou mais

 

Humanos - eu pago por um Rx aqui no hospital de Mafra cerca de 2 euros

Animais - pagámos por um Rx à nossa gata cerca de 40 euros

 

Humanos - realizam ecografias em clínicas por menos de 10 euros

Animais - realizam ecografias nos hospitais por cerca de 50 euros

 

Humanos - pagam por consulta menos de 10 euros

Animais - pagam por consulta cerca de 25 euros

 

E haveria muito mais serviços e preços a comparar. Ou seja, se tivermos o azar de o nosso animal de estimação ficar doente, gastamos mais do dobro ou triplo que gastaríamos connosco se tivessemos numa situação idêntica.

Fazem falta hospitais públicos para os nossos animais. Fazem falta recursos que, hoje, não existem. Fazem falta mais hospitais solidários para aqueles que querem cuidar dos seus animais, e não têm condições financeiras para o fazer.

Porque, se é verdade que, nos hospitais veterinários privados, temos um atendimento e tratamento de excelência, também é verdade que, como únicos existentes, podem praticar os preços que bem entenderem porque, quem precisar, paga. 

Haver hotéis para animais é muito bonito. Tal como babysitters para os mesmos. Ou outras modormias do género. Mas não basta.

Seria bom começarem a pensar mais no essencial, nas ncecessidades e direitos básicos, e menos no supérfluo, no mero lucro.