Já na primeira edição tinha prometido a mim mesma que ia deixar de ver o programa, porque assistir a situações de maus tratos e maldades para com os animais, e ver as sequelas que daí advinham, mexia demasiado comigo e tornava-se, a cada novo episódio, mais penoso.
Mas lá estive eu hoje a assistir à estreia da 2ª temporada, e a torcer para que o Pongo recuperasse e conseguisse alguma qualidade de vida, depois de ter sido encontrado à beira da morte, por privação de alimentos.
Graças aos cuidados de toda uma equipa de médicos veterinários e enfermeiros, alimentação e medicação adequada, e com recurso a fisioterapia e acupunctura, o Pongo foi melhorando aos poucos.
Pelo que sei, já foi adoptado!
Foi bom também ver que o Hospital Solidário já está em pleno funcionamento, quando na primeira temporada ainda não passava de um projecto de difícil concretização.
No entanto, fica uma dúvida: ao vermos estes episódios ficamos com a sensação de que é muito simples ajudar um animal em risco. Ligamos à SOS Animal, eles vão lá e tratam de tudo o resto. E nós vamos à nossa vidinha. Mas será mesmo assim?
Aos animais ajudados são disponibilizados todos os meios e tratamentos necessários. Mas quem é que paga essas despesas? Quando alguém encontra animais abandonados e os leva até ao hospital solidário, pode desresponsabilizar-se de qualquer encargo? Não tendo o hospital qualquer apoio do estado, como é que sobrevive e tem condições para ajudar estes animais, sem ter a quem cobrar as despesas?
Imagem SOS Animal