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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Exame físico em cães e gatos

 

No primeiro artigo sobre primeiros socorros a cães e gatos falei aqui do exame físico, no que à temperatura corporal diz respeito.

No entanto, existem outros parâmetros a verificar quando se faz o exame físico ao cão ou gato, para que este seja o mais completo e específico possível.

Assim, para além da temperatura, convém:

 

Medir a frequência cardíaca

O coração situa-se atrás da pata da frente, pelo que podemos colocar a nossa mão do lado de dentro da coxa do animal ou da sua mão esquerda, para tentar medir.

No cão, o normal é de cerca de 70 a 130 bpm

No gato, cerca de 160 a 240 bpm

 

Medir a frequência respiratória

Podemos medi-la no torax do animal, ou utilizar a técnica do espelho em frente ao focinho.

Tanto no gato como no cão, a frequência normal é de 15 a 40 rpm.

 

Poderá haver um aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e respiratória (taquipneia) em situações de susto, stress, desporto, ou doença.

Pelo contrário, poderá haver uma diminuição da frequência cardíaca (bradicardia) e respiratória (bradipneia) se o animal estiver em descanso, ou se ocorrer uma diminuição da temperatura corporal.

 

 

 

Examinar as mucosas

O normal é estarem rosadas e húmidas.

Quando sofrem alterações, podem tornar-se pálidas, hiperémicas (muito vermelhas) ou cianóticas (azuladas).

A forma de as conseguirmos ver é levantando o lábio ou observar os olhos.

 

Verificar a hidratação na pele

Os animais hidratados apresentam pele elástica que, quando puxada e largada, volta ao sítio em cerca de 2 segundos.

Se, ao fazermos este teste, a pele não volta ao sítio, ou demora algum tempo até que isso aconteça, significa que o animal não está hidratado.

Primeiros socorros - o exame físico - temperatura

Uma coisa que temos que ter em mente é que, qualquer que seja a situação de emergência e, independementemente de podermos prestar os primeiros socorros numa fase imediata, todas as situações devem ser encaminhadas para o médico veterinário, clínica ou hospital onde os animais são seguidos ou, em caso de animais encontrados na rua, para o hospital ou clínica mais próximos.

Devemos também ter em conta que, no momento em que ligamos para a clínica, médico ou hospital, deveremos fornecer o máximo de informação possível sobre o estado do animal, e avisar do tempo que, eventualmente, iremos demorar a chegar até lá, porque que a equipa médica possa estar avisada e pronta para actuar assim que os animais lhes cheguem às mãos.

A partir desse momento, devemo-nos manter por perto, prestar as informações solicitadas, e perceber que ali, devemos deixar trabalhar quem sabe, isto é, enfermeiros e médicos, sem interferir.

Mas, voltando um pouco atrás, para que possamos indicar, seja por telefone, seja pessoalmente, ao médico/ enfermeiro o estado do animal, nada como fazer um prévio exame físico.

 

E em que consiste este exame físico?

 

Deixo-vos aqui algumas dicas:

 

1 - Verificar a temperatura do corpo do animal

Nos animais a temperatura considerada normal difere daquela que é válida para os humanos. Entre os 38 e 39 graus, não é considerado febre. No caso específico dos gatos, e até mesmo aos 39,2 graus, pode ser normal.

A partir daí, pode-se dizer que têm febre, mas tendo em conta também o local em que se encontrava ou a exposição ou não ao calor. 

Por exemplo, quando levámos a Amora da última vez ao médico, estava com 40 graus. O veterinário perguntou-nos se ela tinha estado ao sol, na rua, porque isso poderia ter influenciado a temperatura do corpo. No entanto, tendo em conta que já era final do dia, que ela tinha estado sempre em casa e demorámos apenas 2 ou 3 minutos de carro, os 40 graus seriam mesmo febre.

 

 

Imagem intitulada Check a Cat's Temperature Step 3

A melhor forma, e mais fidedigna, de medir a temperatura aos animais é via rectal. Para isso, deve-se tentar imobilizar o animal, e introduzir o termómetro, previamente lubrificado para facilitar a introdução, no recto do animal.

 

 

Imagem intitulada Check a Cat's Temperature Step 8

Em alternativa, pode-se medir a temperatura no ouvido, mas não é muito recomendado.

 

Claro que, se encontrarmos um animal na rua não teremos, certamente, um termómetro à mão, pelo que o truque é colocar a nossa mão numa zona do corpo do animal que tenha menos pelo, como a barriga.

Mas não nos devemos preocupar se não conseguirmos perceber como está a temperatura deles. Tal como não devemos achar que somos maus cuidadores, se algumas tarefas se revelarem complicadas para nós.

Afinal, até mesmo os médicos e enfermeiros têm dificuldades em algumas situações, e precisam de várias mãos para imobilizar o animal, sobretudo os gatos, ajuda essa que nem sempre temos por perto.

 

Situações em que os animais podem apresentar hipertermia

Exposição ao calor ou quando correm com os donos ( e aqui alertaram para o facto de os donos acharem que os cães conseguem fazer tudo como os donos, neste caso, correr e fazer exercício, mas nem sempre eles estão preparados para isso, e podemos estar a fazer-lhes mais mal que bem ao "obrigá-los a acompanhar-nos")

 

Situações em que os animais podem apresentar hipotermia

Quando o próprio ambiente arrefece, ou quando estamos perante animais ainda muito novos. Nestes casos, devemos tentar mantê-los a uma temperatura amena, tendo cuidado com o tipo de aquecimento que providenciarmos, como as botijas de água, que os podem queimar.

 

Imagens pt.wikihow.com