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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Primeiros socorros - o exame físico - temperatura

Uma coisa que temos que ter em mente é que, qualquer que seja a situação de emergência e, independementemente de podermos prestar os primeiros socorros numa fase imediata, todas as situações devem ser encaminhadas para o médico veterinário, clínica ou hospital onde os animais são seguidos ou, em caso de animais encontrados na rua, para o hospital ou clínica mais próximos.

Devemos também ter em conta que, no momento em que ligamos para a clínica, médico ou hospital, deveremos fornecer o máximo de informação possível sobre o estado do animal, e avisar do tempo que, eventualmente, iremos demorar a chegar até lá, porque que a equipa médica possa estar avisada e pronta para actuar assim que os animais lhes cheguem às mãos.

A partir desse momento, devemo-nos manter por perto, prestar as informações solicitadas, e perceber que ali, devemos deixar trabalhar quem sabe, isto é, enfermeiros e médicos, sem interferir.

Mas, voltando um pouco atrás, para que possamos indicar, seja por telefone, seja pessoalmente, ao médico/ enfermeiro o estado do animal, nada como fazer um prévio exame físico.

 

E em que consiste este exame físico?

 

Deixo-vos aqui algumas dicas:

 

1 - Verificar a temperatura do corpo do animal

Nos animais a temperatura considerada normal difere daquela que é válida para os humanos. Entre os 38 e 39 graus, não é considerado febre. No caso específico dos gatos, e até mesmo aos 39,2 graus, pode ser normal.

A partir daí, pode-se dizer que têm febre, mas tendo em conta também o local em que se encontrava ou a exposição ou não ao calor. 

Por exemplo, quando levámos a Amora da última vez ao médico, estava com 40 graus. O veterinário perguntou-nos se ela tinha estado ao sol, na rua, porque isso poderia ter influenciado a temperatura do corpo. No entanto, tendo em conta que já era final do dia, que ela tinha estado sempre em casa e demorámos apenas 2 ou 3 minutos de carro, os 40 graus seriam mesmo febre.

 

 

Imagem intitulada Check a Cat's Temperature Step 3

A melhor forma, e mais fidedigna, de medir a temperatura aos animais é via rectal. Para isso, deve-se tentar imobilizar o animal, e introduzir o termómetro, previamente lubrificado para facilitar a introdução, no recto do animal.

 

 

Imagem intitulada Check a Cat's Temperature Step 8

Em alternativa, pode-se medir a temperatura no ouvido, mas não é muito recomendado.

 

Claro que, se encontrarmos um animal na rua não teremos, certamente, um termómetro à mão, pelo que o truque é colocar a nossa mão numa zona do corpo do animal que tenha menos pelo, como a barriga.

Mas não nos devemos preocupar se não conseguirmos perceber como está a temperatura deles. Tal como não devemos achar que somos maus cuidadores, se algumas tarefas se revelarem complicadas para nós.

Afinal, até mesmo os médicos e enfermeiros têm dificuldades em algumas situações, e precisam de várias mãos para imobilizar o animal, sobretudo os gatos, ajuda essa que nem sempre temos por perto.

 

Situações em que os animais podem apresentar hipertermia

Exposição ao calor ou quando correm com os donos ( e aqui alertaram para o facto de os donos acharem que os cães conseguem fazer tudo como os donos, neste caso, correr e fazer exercício, mas nem sempre eles estão preparados para isso, e podemos estar a fazer-lhes mais mal que bem ao "obrigá-los a acompanhar-nos")

 

Situações em que os animais podem apresentar hipotermia

Quando o próprio ambiente arrefece, ou quando estamos perante animais ainda muito novos. Nestes casos, devemos tentar mantê-los a uma temperatura amena, tendo cuidado com o tipo de aquecimento que providenciarmos, como as botijas de água, que os podem queimar.

 

Imagens pt.wikihow.com

Já chegava, não?

IMG_2695.JPG

 

Primeiro, a D. Tica resolve viajar definitivamente para o paraíso.

Depois, a D. Becas lembra-se de passar uma temporada no Hospital Veterinário e atazanar os médicos.

Agora, foi a vez de a Amora nos pregar um susto e decidir que também quer experimentar a estadia neste "hotel", nem que seja por uma noite.

Já chegava, não?

Eu sei que o hospital é muito bom, e que os médicos e enfermeiros são muito profissionais e simpáticos, mas não quero passar lá a vida.

Em meia dúzia de meses, já fui mais vezes a correr para o veterinário, do que nos três anos que tivemos a Tica. Por isso, meninas Becas e Amora, deixem-se dessas coisas que eu já não posso ver hospitais à frente! E a minha carteira também não.

 

Depois do que já passámos, apanhei ontem mais um enorme susto com a Amora. A minha filha esteve com ela até meio da tarde, e ela esteve sempre bem. Como tem estado nestes 5 meses.

Quando chegámos a casa, vinha a Becas e a Amora a correr para a porta, como habitual. Mas, quando a minha filha pega nela, a doce, meiguinha e querida Amora, mia bem alto (de uma forma estranha), tenta sair do colo dela, e foge para debaixo da cadeira da cozinha.

A Becas, preocupada, vai ter com ela, tenta fazer-lhe uma festinha mas a Amora volta a miar e espanta-a. Tento acalmá-la e tirá-la lá de baixo. Pego nela, ela volta a miar, como se se estivesse a queixar com dores, mas fica no meu colo, muito quieta.

Sempre que lhe tocámos, queixava-se. Deitei-a no colo da minha filha, tentei ver se tinha alguma ferida na barriga ou pescoço, mas nada. Começa a abrir a boca, e fica o tempo todo de boca entreaberta ou mesmo aberta.

Liguei para o hospital, disseram-me que poderia estar com problemas em respirar e seria melhor levá-la para observação. O meu marido não estava em casa, já ia mesmo chamar um táxi porque a gata não estava nada bem, mal se mexia, mal abria os olhos, e miava de vez em quando.

O meu marido, entretanto, chegou e a Amora, ou porque nos ouviu falar que íamos ao veterinário,ou porque ela própria nos estava a pedir para ir, saiu do colo da minha filha e foi directamente para a transportadora! São tão inteligentes estes animais.

 

Pelo caminho, reparámos que tinha qualquer coisa a sair-lhe pela boca. Entrou como urgência, o médico analisou-a, mas não chegou a nenhuma conclusão específica.

Estava com febre de 40º. Não deixava ninguém tocar-lhe na boca, e estava mesmo a ficar uma fera quando o veterinário lhe abria a boca para observar. Aparentemente, estava tudo normal, e a febre pode ser causada por vários motivos diferentes, que não há como saber.

Fizeram algumas análises ao sangue. Os valores também estavam dentro dos parâmetros.

A única explicação mais plausível será, devido ao seu problema neurológico, ter tido uma convulsão, e estar na fase pós-convulsão. E, durante a mesma, ter batido em algum sítio com a boca. De qualquer forma, acharam que seria melhor ela ficar lá durante a noite, em observação, para ver se descobriam mais alguma coisa, e como é que ela evoluia.

Uma pessoa não quer andar sempre a recorrer ao veterinário, por qualquer coisinha, mas a verdade é que, por muito que saiba sobre gatos, percebo que não sei nada. E fico muito mais descansada sabendo que a Amora está vigiada por profissionais, do que em casa. Ficou então decidido deixá-la lá por uma noite.

Enquanto pagávamos a consulta, o veterinário esteve a fazer uns Rx's e não detectou nada, mas percebeu que tinha um canino partido, e noutro lado a gengiva com sangue, o que sugere, de facto, que terá batido em algum lado. Mas, como ele disse, continua com dois sintomas que, à partida, não encaixam.

 

E o que é certo é que não sabemos ao certo qual é o problema neurológico da Amora, a sua origem ou causa, nem o que pode implicar. Para isso, teria que fazer um exame específico e caríssimo, para que pudessem estudar o caso. Alguns gatos com problemas neurológicos podem ter quadros frequentes de convulsões, e não sabemos se será o caso da Amora. Se foi mesmo isso que aconteceu, terá sido a primeira vez.

 

Entretanto, a veterinária de serviço já nos ligou a dar boas notícias - a febre baixou, já deixa tocarem-lhe na boca, e não tem nada a ver com o seu estado de ontem. Mas, pelo sim, pelo não, consideraram melhor irmos buscá-la só ao final do dia,para ver como ela passa estas horas. O que é melhor, já que ninguém está em casa.

Quem não achou piada nenhuma a isto foi a Becas, que correu a casa toda e todos os cantinhos possíveis à procura da Amora, e farta-se de miar como se estivesse a perguntar o que fizemos à sua amiga e companheira!