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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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A gata teve filhotes

Fui a casa do meu cunhado despedir-me do meu sobrinho neto que esteve cá numas mini-férias com os papás, quando me diz o meu sobrinho:

"a gata teve três gatinhos, acabaram de nascer"

Penso que cheguei a falar desta gata, que come ração de todas as casas que alimentam um ou outro gato naquela zona residencial.

Habitualmente, o local que ela assiduamente procura é a casa do meu cunhado/ minhas sobrinhas.

Há cerca de dois meses, a minha sobrinha, que vive no Porto, falou-me da intenção de fazer a esterilização da gata, ia fazer uma colecta pela família para ajudar nas despesas.

Entretanto, contactou a AGERE para vir buscá-los e levá-los para o gatil, tratarem da sua esterilização, como fazem com os gatos de rua.

Quando a resposta que obteve foi que os gatos que apanham são os que andam à deriva e como a vizinhança lhes dá de comer, não podiam fazer nada.

Ora, à deriva andam eles,  as pessoas dão-lhes de comer porque eles procuram comida e já sabem quem lhe dá.

Os moradores tem cães, não querem gatos porque temem a reacção dos seus animais a um novo inquilino.

O meu cunhado tem uma cadela, também não quer meter nenhum dentro de casa, os gatos andam pelo jardim e à hora de comer aproximam-se e aguardam pela ração.

Entretanto, o tempo foi passando, contactei a minha sobrinha para saber se ia para a frente a esterilização desta gata, tinhamos combinado um dia apanhá-la e levá-la ao veterinário, mas  como eu moro na cidade, ela no Porto, o meu cunhado nos arredores, implicava marcação no veterinário, apanhar a gata por perto, levá-la de imediato, isto é, planear não dava certo, visto que a gata andava por todo o lado.

A minha sobrinha, que vem a casa uma a duas vezes por mês, não sabia como fazer, o pai dizia que a gata estava gorda, embora a nenhum deles passasse pela mente que estaria prenha.

Há uma cave por baixo da casa, tem uma porta exterior, hoje de manhã o meu sobrinho entrou para procurar qualquer coisa, viu a gata deitada numa manta que o meu cunhado colocara para se proteger do frio, e reparou que dois gatinhos estavam a ser limpos pela gata, quando veio um terceiro.

Fui vê-la.

Deu-me uma dor no coração. A gata não se mexia, os gatinhos mamavam. Dois brancos um preto.

Não passaram 15 minutos, a Sofia, que acabara de chegar para se despedir dos primos, foi vê-los, tinha nascido o quarto gatinho.

Voltei à cave, lá estava a gata a limpar o filhote, os outros enrolavam-se nela e/ou procuravam os mamilos. Comentava com a minha irmã, que estava impressionada com o sofrimento da gata que, não gemia, tremia, sim, da agilidade dela a limpar os bebés, a volta que dava ao seu corpo para que os filhotes não impedissem o nascimento de outro gatinho 

A gata tremia, a Sofia comentou; " ela vai ter outro, talvez mais um ou dois".

O meu cunhado desceu, veio ver o que se passava, aproveitei para o alertar que seria melhor contactar a AGERE para que levasse a gata e os filhotes para o gatil.

De imediato a Sofia comentou que aquela nada faria, que não quer saber dos gatos.

A gata estava a dar à luz, não quis ver mais nada, vim embora.

Acabei de enviar SMS ao meu cunhado, são cinco os recém-nascidos.

O meu cunhado ia comprar uma caixa e areia para a gata fazer as suas necessidades, porque comida ela tem, ficarão por lá enquanto os gatinhos estiverem dependentes dela.

Pediu-me para falar com as amigas, se alguém quer  adoptar um gatinho.

Eu ficaria com um se não tivesse uma gata agressiva, habituada a estar sozinha, que domina o seu espaço, que odeia que desconhecidos se aproximem e/ou quando estão tempo de mais a conversar comigo.

Quando as crianças estão cá, sou eu que as levo a vê-la, não deixo que se aproximem dela, sozinhos.

A questão, também, é que os meus sobrinhos têm cães, não querrem arriscar levar um gato para casa.

E agora, algumas fotografias.

Tenho um vídeo, também.

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Novos residentes aqui na rua

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Quando achamos que já temos gatos que cheguem por aqui, vítimas da irresponsabilidade dos donos, somos surpreendidos com mais gatinhos, que vão surgindo sabe-se lá de onde.

Hoje, encontrei esta gata com o que penso serem os seus filhotes, aqui no estacionamento, escondidos debaixo dos carros.

 

 

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Este é um dos dois panterinhas, que por aqui estavam. Todos eles tremiam, talvez com frio, ou com medo.

 

 

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Um deles, quando viu a comida, avançou. O outro foi mais cauteloso. Era também o que tinha os olhitos em pior estado.

 

 

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Só depois de os pequenos terem comido, é que a mãe se chegou à frente, para comer o que sobrou.

 

 

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E esteve sempre por perto, para os proteger.

 

Porque é que as mães gatas rejeitam as suas crias?

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Todos nós sabemos que, por norma, as mães gatas têm um amor incondicional pelos seus filhotes, e cuidam deles, e até muitas vezes, de outros gatinhos órfãos, com todas as suas garras.

Mas nem sempre isso acontece e uma mãe gata pode, por vezes, rejeitar uma das suas crias, sem que percebamos porquê, condenando-a como uma má mãe.

Há pouco tempo, vi uma publicação sobre uma mãe gata que tinha abandonado a cria com alguns dias, tendo a mesma sido recolhida em FAT, para a tentar salvar. Faleceu um ou dois dias depois. Se isso aconteceu por ter sido abandonada pela mãe, ou porque tinha algum problema, não se sabe. Sabe-se que não resistiu, que o seu organismo não foi capaz de lutar pela vida.

 

A questão que me ficou na mente foi o que levará uma mãe gata a rejeitar um filho?

 

Existem algumas teorias, entre as quais as que vos deixo aqui:

 

1 - Sendo o instinto de sobrevivência o mais importante para os animais, incluindo para os felinos, a mãe serve-se dele para detectar se algum dos filhotes, ou toda a ninhada completo, nasceu com alguma infecção ou doença. Quando isto ocorre, a mãe nega-se a desperdiçar cuidados e leite com alguém que pensa que não vai sobreviver, ou afasta-o dos outros para evitar contagiar a ninhada saudável, bem como para gerir o seu leite apenas para os filhotes que têm mais hipótese de sobreviver. Isto também pode ocorrer quando são ninhadas muito grandes, e a mãe percebe que não pode alimentar e cuidar de todos, ocupando-se dos mais fortes, em detrimento dos restantes.

 

2 - Da mesma forma, se a mãe gata estiver doente, por complicações com o parto, ou outro problema, ou pressinta que vai morrer, também se afasta dos filhotes para não os contagiar.

 

3 - A mãe gata pode, tal como as mães humanas, não saber cuidar dos filhotes - alimentar e limpar - optando por abandoná-los.

 

4 - Stress, local pouco cómodo onde se encontra com os filhotes após o parto, demasiadas carícias por parte dos humanos, e outros factores, podem levar a que a mãe gata decida não cuidar dos filhos.