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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Esperar pela morte de alguém que amamos

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Tenho acompanhado a situação da Mia, uma das felinas da Fátima, e não poderia deixar de escrever este post.

Já vivi, na minha vida, duas experiências distintas, e nenhuma delas me preparou para aquela, que é a única coisa que todos os seres vivos têm, de mais certo, na vida: a morte.

 

 

Quando a Tica morreu, numa fracção de segundos, sem qualquer sinal de que isso poderia acontecer, uma das frases que mais ouvimos foi "Pelo menos não sofreu, não esteve dias e dias doente, a definhar mais a cada um deles, com vocês a assistirem, sem poderem fazer nada. Foi melhor assim."

Melhor, seria, como é óbvio, ela continuar entre nós. Mas, talvez tenha sido, de certa forma, menos penoso assim. Talvez...

 

Com a Fofinha foi diferente. Ela estava doente. Nós sabíamos que ela estava doente. E que, mais cedo ou mais tarde, partiria. Mas tínhamos sempre a esperança de que aquele tumor desaparecesse por magia, e ela voltasse ao normal. Nessa altura o meu pai ponderou a eutanásia. Não foi necessária. Ela acabou por morrer naturalmente. 

Ah e tal "Foi melhor assim, pelo menos acabou-se o sofrimento para ela.".

É verdade, mas preferia que tivesse acabado com ela viva e bem de saúde.

 

Em ambos os casos, quis acreditar que tinham partido, para ceder o seu lugar a outros seres. No caso da Fofinha, à minha filha, que nasceu cerca de ano e meio depois. No caso da Tica, à adopção das duas meninas que hoje temos, e a toda uma missão em prol da defesa e protecção dos animais.

 

 

A Mia, a gatinha da Fátima, está numa situação diferente, e que não deixa de ser curiosa.

Embora não pareça sentir dores, desconforto, apatia, nem qualquer outro sintoma que leve a considerar que está em sofrimento, a verdade é que, como pouco se alimenta, tem vindo a emagrecer a cada dia, transformando-a em pouco mais que pelo e osso.

E é essa a única manifestação visível que apresenta. E os mimos e atenção que pede cada vez mais à Fátima!

Neste momento, a Mia está numa espécie de estabilização: não piora, mas também não melhora. O que torna ainda mais incerto o seu futuro.

 

Uma coisa é certa, ela parece estar a lutar, à sua maneira, para ficar o máximo de tempo que conseguir nesta vida. Como que a dizer que ainda não completou a sua missão. Que a sua presença ainda é necessária, e não está na sua hora.

 

Já para a Fátima e restante família, não deverá ser fácil. Sempre a desejar o melhor, mas a esperar o pior. A querer acreditar que tudo vai correr bem, mas sempre de pé atrás, não vá o destino pregar uma partida.

 

 

 

Como é que vive quem espera pela morte daqueles que ama?

Só tem três hipóteses.

Ou ignora, fazendo de conta que nada se passa.

Ou resigna-se, deixando-se levar pela tristeza de saber que, mais dia, menos dia, não os terá mais perto de si, desistindo da luta.

Ou encara a situação de frente, e luta com as armas que tem, por aqueles que, também eles, estão a lutar. A Fátima pertence, sem dúvida, a este último grupo.

É sempre uma vida levada com o coração nas mãos, apertadinho, ora a querer sair pela boca, ora a encolher-se dentro do peito. É uma montanha russa de emoções, consoante há uma leve melhoria, ou um dia mais complicado.

É um permanente desassossego e inquietação, pelo que poderá ou não acontecer na sua ausência. Se for preciso, e não estiver lá. 

Mas há algo que nunca falha: o amor, o carinho, a atenção, os mimos, a dedicação, a disponibilidade, a presença constante. E isso pode fazer muito!

 

 

 

Como é que alguém se prepara para a sua partida desta vida?

Acho que não existe preparação possível.

Estejamos a contar ou não, sabendo de antemão ou não, resignando-nos ou não, lutando ou não, a dor que sentimos, quando acontece, é sempre a mesma. Tal como a revolta, a frustração, a tristeza, as saudades.

Não podendo mudar nada disso, resta fazer aquilo que queremos e podemos, por aqueles que ainda cá estão connosco, enquanto nos for permitido!

 

O Clube de Gatos envia aqui muita energia positiva, para recarregar as baterias à Mia, para que continue a sua luta, e todo o apoio à Fátima, que precisa dele para continuar a viver esta fase sem perder a força que a caracteriza.

 

Imagem surrupiada à Fátima 

 

 

 

Em jeito de desabafo

Imagem relacionada

 

Aqueles que mais amam os animais são, também, aqueles que mais sofrem por eles, com eles.

Por não terem poderes sobrenaturais, por não poderem fazer mais, por não poderem, muitas vezes, ajudar naquilo que mais precisam, por não terem mãos, braços e força suficiente para tantos animais que lhes aparecem à frente, vítimas de abandono, maus tratos ou, simplesmente, estupidez e irresponsabilidade humana.

Por não poderem acolher todos os animais que vagueiam sozinhos pelo mundo, por não encontrarem famílias para aqueles que acolhem, e que acabam por viver e morrer em abrigos, sem nunca saber o que é ter um lar.

Por quererem fazer tudo para lhes proporcionar uma melhor vida, mesmo que isso signifique contas e dívidas cada vez maiores, em que os valores aumentam a triplicar, comparativamente aos que conseguem abater.

Por terem que lutar, para além de tudo isto, com pessoas cruéis, que ainda se insurgem contra este trabalho voluntário, que fazem questão de, não só não ajudar, como ainda prejudicar quem o faz.

 

Poder ajudar um só animal que seja, já é bom. Mas fica sempre a frustração de não poder ajudar mais.

Poder contribuir para que outros ajudem, por pouco que seja, é óptimo. Mas fica sempre a sensação de que não deixa de ser uma migalha, uma agulha num palheiro.

 

Até mesmo os médicos, que tentam dar uma melhor qualidade de vida aos animais ou, até mesmo, salvar-lhes a vida, cedem à pressão, e à frustração, quando não são bem sucedidos.

 

Quem mais gosta dos animais, é quem muitas vezes tem vontade de se dar por vencido, de baixar os braços, mas sabe que não o pode fazer. E, por isso, vai buscar esperança e força nem sabe bem onde, porque se não forem essas pessoas a preocupar-se e a lutar pelos animais, quem o fará? 

Corrente solidária pelo Snoo

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O Snoo, um dos primeiros membros do nosso Clube, está doente. Novamente, o cancro.

Tal como acontece com as pessoas, também os animais sofrem recaídas, quando pensavam que já estavam livres. É o que se está a passar com o Snoo, pela terceira vez.

 

Já aqui foi várias vezes falado sobre o risco elevado de cancro da pele em gatos brancos, mas nunca é demais relembrar porque, o facto de os donos terem conhecimento desse risco pode ajudar a prevenir, e quando mais divulgado for, a mais donos chegará a informação.

 

No caso do Snoo, o cancro da pele já lhe valeu duas amputações, com recuperações dolorosas e demoradas. Por conta desse maldito cancro, o Snoo ficou sem as suas orelhas, mas ainda um lindo gatão!

Agora, está prestes a ser operado pela terceira vez, para amputar o nariz. Se não o fizer, o seu estado pode agravar-se. As alternativas são a quimioterapia, ou um tratamento à base de azoto.

 

Cabe aos donos tomar a melhor decisão dentro das possibilidades que têm. 

 

Por aqui, vamos formar uma corrente solidária para dar força ao Snoo, para esta nova batalha que terá que enfrentar, e aos seus donos, que vão precisar de todo o apoio.

 

O que peço a todos, membros do clube e visitantes, é que, em pensamento, se não puder ser pessoalmente, enviem muita energia positiva, e torçam para que o Snoo vença mais esta batalha com a mesma garra e determinação que as anteriores!

 

Para que o Snoo saiba que, apesar de longe, não está sozinho e tem aqui muitos amiguinhos a apoiá-lo. 

 

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Força, Snoo!

Estamos contigo 

 

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Ultrapassar as limitações

 

Aqui está um bom exemplo de como é possível ultrapassar as limitações e viver da melhor forma possível a vida que nos foi reservada. Neste caso, a esta gatinha!

 

Palavras para quê! O video e a sua protagonista dizem tudo.

 

Para saber mais podem espreitar em https://www.instagram.com/scoot.butt/.