Fui ao supermercado aqui da minha zona que fica a 5 minutos a pé. Quando chego ao parque do dito supermercado, há uma zona de relva, lá estava uma gatinha preta a quem já tinha dado comida duas vezes. Foi o suficiente para me reconhecer e correr até mim a pedir comida e a por-se de pé para receber  festinhas.

Disse-lhe  para ela esperar, mas ela vinha atrás de mim, quase a entrar para o interior da loja. Enxotei-a. Fui ao supermercado comprei um pate e vim deixar-lhe. Voltei, fiz as minhas compras e quando vinha a passar, ainda ela lá estava. Vinha sempre atrás de mim a miar. Meti o saco no chão para tirar o telemóvel da mala para a fotografar, e ela debruça-se sobre o meu saco. Parecia  que  ainda tinha fome, e que procurava no saco mais comida, dei-lhe outro pate. Deixei-a a comer, mas de vez em quando olhava para mim, enquanto me afastava.

Fiquei cheia de pena. Tadinha, tão doce e meiga e apesar de ter dono, tem de andar a mendigar comida!

Entre ontem e hoje, aconteceram duas situações com gatos que me deixaram triste.

1. Ontem fiquei a saber que um dos gémeos da gata Joana foi morto por uns cães que atacaram lá a aldeia onde viviam, como eles pernoitam num barracão, não estavam completamente a salvo, esses cães também mataram as aves.

2. Hoje fui a pé aqui a um  supermercado perto  da minha casa,  lá estavam, no parque,  uns gatos que são de um senhor, que vive lá em frente, já aqui falei deles. O senhor pediu-me para não lhe dar comer, prometi que não dava. Mas hoje, assim que me viram passar com o saco, vieram ter comigo, miavam, miavam. O amarelo e branco, que segundo o senhor, não lhe  dá mão, fiz-lhe festinhas e tudo. Está ferido na cabeça. Segui caminho, quando olhei para trás, vinham  os três a correr atrás de mim. Tive de os enxotar porque a estrada principal é perigosa. E dizia o senhor que gostava muito dos animais! Bolas, quem gosta, cuida! Eles devem ter fome... Cheguei a casa arrasada, custa-me ver estas situações. Faz-me pena. Mas  não posso fazer nada!

Por vezes é mais fácil ajudar os gatinhos de rua, sem dono, do que aqueles que têm donos, mas que os tratam como animais de criação, ficam ao relento, em cabanas ou barracões;  não esterilizam, porque os que nascem substituem os que morrem, não se cuida das feridas, por aquilo sara sozinho, interessa é haver gatos, mesmo que as suas vidas sejam curtas! 

Perto da minha casa, há um supermercado. Fui fazer umas compritas a pé. Comprei inclusive uns patés para gato. Comprei também um pacote de batatas fritas e vinha a comer pelo caminho. Um gato amarelo e  branco que costuma lá estar deitado no relvado veio ter comigo, e fez-me aquele olhar de quem diz "oh, estás a comer?! também queria!"

Começo a falar com o bicho, aparece logo outro, um pretinho parecido com o meu. Tiro um paté do meu saco, e dou-lhes. Eles comem. Fico um pouco a olhar para eles, e quando ia seguir caminho, vejo um homem encostado à cerca do supermercado a observar-me. E diz-me " não dê comer aos gatos" Pergunto se são dele e ele diz que sim. Diz que tem cerca de 17, mas desses 17, três deles estão sempre a sair da cerca  e vão apara ali. Disse que eles não se tiram dali, porque as pessoas lhe dão de comer. Disse ainda que tem ração e comida de sobra para eles todos e disse que gosta muito dos bichos, e que  quando as gatas parem, não mata nada. Eu perguntei porque os deixava ele sair, ao que o senhor respondeu que são eles que pulam a cerca. Também não esteriliza porque é caro e porque estão sempre a ser atropelados ou a  desaparecerem, julgo que do tipo "morrem uns, nascem outros - e segue o círculo". Disse-me ainda ter receio de os roubarem ou de serem atropelados, mas diz que não os pode prender dentro de casa, porque são muitos e depois a casa ficava  a cheirar mal.

Prometi ao senhor não lhes voltar a dar comer.

Enfim...mentalidades, que com a idade do senhor, já não vale a pena, tentar mudar!