A Gémea nunca mais apareceu
Com a Gémea foi diferente. Apesar de sentir muito a falta dela, tenho esperança que esteja com alguém, já que ela era muito querida e dócil!
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Com a Gémea foi diferente. Apesar de sentir muito a falta dela, tenho esperança que esteja com alguém, já que ela era muito querida e dócil!
Dar atenção, carinho, comida, água, tratamentos, proteção a gatos de rua é algo que faço com dedicação, com gosto. Eles merecem isso e muito mais. Este lugar poderia se chamar de colónia, mas ainda não o é oficialmente.
O que me entristecesse, é saber e assistir ao desaparecimento de alguns deles, mesmo sabendo que sendo de rua, tudo lhes pode acontecer. Além de poderem ficar doentes, serem atropelados, andarem em brigas, ainda existe, a maldade humana. E por cá ela é real!
Havia aqui uma gatinha que era tão meiga, tão meiga, que consegui levá-la ao veterinário, onde foi esterilizada. Depois esteve constipada dei-lhe antibiótico, mais tarde teve um abcesso voltei a dar-lhe antibiótico aconselhado pela veterinária. Entrava no meu carro , era todo melosa comigo. De um dia para o ano, desapareceu sem deixar rasto!
Aqui há dias uma gata preta foi atropelada aqui na rua, também era minha protegida. Outra siamesa, que todos os dias estava aqui na zona, também desapareceu.
Apenas dois gatos, talvez por serem mais velhos e sabidos se mantêm cá já alguns anos! Um deles até já o levei ao veterinário e quando o vi carregado de carraças, desparasitei-o. Os que se deixam tratar, tento arranjar forma, donativos. Já cheguei a vender objectos para conseguir ajudar.
Custa-me muito "perdê-los" porque me afeiçou muito a eles. É mesmo que mais me "dói"!
Quem trata de gatos de rua, sabe à partida, que eles estão sujeitos a perigos e que podem desaparecer.
No entanto custa sempre, perceber que algum se "ausentou", e talvez para sempre. Esta colónia parece tranquila e segura, mas também tem uma estrada onde alguns carros aceleram bastante!
Afeiçoei-me tanto, mas tanto à Gémea. Já passaram muitos dias, desde que a vi. Ela era aquela gata que me esperava, entrava dentro do meu carro, pedia festinhas na barriga. Foi a gata que tratei quando era pequena e estava doente. Foi a gata que consegui "patrocínio" para ser esterilizada. A gata que ficava à minha porta porque sabia os meus horários. Foi a gata que tentei que alguma amiga ficasse com ela, mas não consegui.
Tenho esperança que alguém a tenha levado, por ser tão meiga e doce e esteja agora num lar...Mas gostava de saber, para ficar mais tranquila.
Da minha varanda das traseiras estava sempre a vê-la (tirei esta foto da mesma). Construi este abrigo e coloquei este ponto de comidinha para ela. Passou lá dentro todo o inverno . Só desde março é que já não ia lá para dentro, porque já não fazia tanto frio, mas era ela que mais usava o ponto de comidinha. Ela sabia que nunca passaria fome, por isso raramente saía dali.
A primeira vez que a vi nestes arbustos era pequenina e estava a mãe estava a amamentá-la. A mãe era uma gata branca e preta, que também a dada altura deixei de a ver.
Tinha um andar peculiar que fazia com que a distinguisse bem dos outros da mesma cor. Era arisca, mas confiava em mim. Ia-me esperar ao carro na esperança que lhe trouxesse um miminho. Andava a ficar com o pelo meio castanho, talvez devido ao sol.
Não estava esterilizada, mas nunca tinha engravidado, mesmo depois de a ter visto acompanhada de um Panterão.
Mas desde a passada sexta-feira, ou seja, faz hoje oito dias dias, que deixou de aparecer. Não estava doente.
Estava talvez, magra. Estava para a tentar desparasitar colocando um comprimido no paté.
São estes desaparecimentos, estas perdas que me deixam triste e impotente. Já me disseram "mas não podes simplesmente ajudar, alimentar, sem te afeiçoares!?" Pois, mas não consigo! Há gatos que nos ajudam também, que nos mostram gratidão, como não afeiçoar? Como não sofrer quando os perdemos de vista? Imaginar que foi atropelada, que alguém lhe fez mal.
Ela era tão especial! Que bom seria que estivesse bem e com alguém para a vida...
Eu não teria capacidade psicológica para trabalhar numa associação, pois imagino que essas pessoas tenham este tipo de desgostos (além de outros obstáculos) várias vezes e é preciso grande coragem para os superar! São verdadeiros super-heróis e super-heroínas! Admiro-os imenso! Gratidão/admiração é o que sinto por estas pessoas!
Desde abril que o Jorge (irmão do Rafael e da Joana), tinha desaparecido. Julgamos que tivesse morrido atropelado ou de qualquer outra forma. Tanto ele como a Joana têm dono, mas como vivem no campo, não estão fechados, e apesar de haver muro à volta, eles por vezes saltam.
Entretanto a semana passada, o Jorge foi lá. Estava lindo de pelo brilhante e gordinho. Deduzimos que estivesse em casa de alguém.
Mas se foi isso, porque foi ele lá!? Será que sentiu saudades!? E o mais engraçado: sentou-se lá numa cadeira no alpendre, onde era seu hábito estar. Depois deixou que lhe fizessem festinhas. comeu no mesmo local de antes, deu uma volta pela horta, e no outro dia de manhã já não estava.
Sentimos tanta emoção, por o ver, saber que está bem. Certamente num lugar melhor.
Só ficamos curiosos de saber por onde andou. Sabemos que está feliz e bem cuidado...
Por aqui há sempre gatos, uns vão, outros continuam, outros chegam.
O Oreo é atualmente o mais antigo aqui da rua. Já foi o líder, mandão, o chefe agora é um gato submisso. Mas é o que tem mais afinidade comigo. Eu também tenho um imenso carinho por ele.
Depois há o Panterinha (ainda bebé), que ainda tem medo de se aproximar de mim, mas sabe que o sustento! Tem o Oscar como amigo.
Depois há o Piano, do mesmo padrão cinza/branco como o saudoso Alone.
Deste grupo há ainda outro do mesmo padrão, o Gordo. Também há mais um pardo! Até o Panda, que aparece de vez em quando, talvez tenha dono.
Contabilizando, alimento sete gatinhos aqui da rua. Mas há cá mais uns quantos, só que esses vão mais para o outro lado da rua.