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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Por causa dos inconsequentes, pagam os inocentes

Umas das razões que levaram proibição de alimentar animais de rua, são os restos de comida às portas das casa ou prédios das pessoas, porque atraem mosquedo, e tornam-se perigo de saúde pública.


Nem todas as pessoas têm consciência disso. Até podem ter boa intenção. Conheço um caso que até dùvido das boas intenções, porque o que colocam no local, mesmo na porta de prédio, são restos de comida já estragada, pão duro embrulhado em água. Tudo isto numa urbanização com jardim, por onde andam crianças, jovens, cães de trela. Isto só estraga a missão de quem cuida com esmero, porque quem vê está situação, deve de achar que somos todos iguais. Eu jamais faria tal, pois para mim, os gatos por serem de rua, não são lixo, são seres sensíveis, inocentes. Aquela comida além de atrair moscas, faz mal á saúde dos gatos, faz mal aos cães que são por ali passeados, se os donos não estiverem atentos.


Alimentar gatos de rua sim, mas não é de qualquer forma, é preciso não ser na via pública, é preciso ser com higiene e limpeza. Preferencialmente ração seca, ou se húmida, depois deixar o local limpo. Se tudo for feito com higiene e segurança, não haverá azo para queixas, para impedimentos.


Gostaria que esta informação chegasse às pessoas que têm este hábito, gostaria de lhes pedir para que parassem, se têm comida estragada em casa, coloquem-na diretamente no lixo. Da última vez fui eu que o fiz, de luvas e máscara, porque o estado intragável daqueles alimentos, cheio de moscas, com mau cheiro, assim o exigiam!

Não tenho de ser eu a zelar pela higiene da rua, faço-o pelos animais que não têm a culpa da falta de juízo destas pessoas!

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Pior que a ida para o veterinário, só mesmo a vinda do veterinário

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Foram apenas um dia e uma noite que a Becas passou no hospital veterinário.

Mas se achámos que o seu internamento seria o mais stressante, enganámo-nos.

O regresso a casa, está a ser bem pior.

 

E porquê?

Porque ela vem stressada, de todas as "maldades" que lhe fizeram no hospital.

Porque ainda vem sob o efeito da sedação que tiveram que fazer, para poderem levar a cabo os exames.

Porque esteve aquele tempo todo num ambiente estranho, com pessoas que não conhece, e animais que não conhece, e ainda não se habituou a estar na sua casa novamente.

 

Por isso, a Becas saiu daqui murcha, quase sem reacção, e voltou uma fera no lugar dela, a bufar, a assanhar-se, não só para a Amora, como também para os donos, mal estes se chegam ao pé dela.

Pior, não controla o acto de urinar, e então fá-lo onde calhar. Fê-lo a caminho de casa. Fê-lo em casa. 

Está toda molhada. Vai ter que ser lavada. Mas nem deixa ninguém aproximar-se. Quanto mais limpá-la.

 

Ainda vem com a compressa na pata. 

Que, se não tirar sozinha, temos que ser nós a tirá-la. Não sei bem como. Porque ela não permite aproximações, quanto mais toques.

A médica diz que é normal. Que passa ao fim de umas horas. Mas se não passar, para ligar para lá.

Acho que a última coisa que qualquer um de nós quer é voltar a levá-la ao hospital.

 

Quanto ao problema que a levou ao médico, depois de ter estado este tempo todo a soro, melhorou. E as suspeitas de que teria um corpo estranho dentro de si, tendo que ser operada, não se confirmaram.

De acordo com a médica que nos ligou à noite "A Becas está bem, já não está nauseada, não vomitou enquanto cá esteve, não tem nada".

Por isso, não percebo o porquê de vir com medicação, para fazer durante 5 dias.

Como se alguém lhe conseguisse enfiar, da maneira que ela está, alguma coisa na boca.

Enfim...

 

De uma coisa ficámos certos.

Apesar da confiança que temos nos médicos daquele hospital, os actuais em nada correspondem ao profissionalismo de alguns que já nos atenderam das primeiras vezes.

Querem que os donos se transformem em auxiliares, porque eles têm receio de tocar nos animais e, tudo o que os donos puderem fazer, melhor.

E nunca vi, das várias vezes em que trouxemos uma das bichanas para casa, depois de lá ter estado, uma delas vir no estado em que a Becas veio.

Não só a nível de comportamento, mas também de higiene.

 

Agora, ficamos com a parte mais difícil, que é lidar com o pós internamento, sem a vantagem que eles tiveram, de poder manuseá-la sem ela resistir.

 

A limpeza do WC dos meus gatos

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Depois de colocar a areia limpa (sanicat clumping), todos os dias, e duas vezes por dia, vou com uma  própria retirar os cocós e os xixis. Como a areia é aglomerante, é um processo fácil!

Ao fim mais ou menos de uma semana, retiro toda a areia para o lixo, lavo o tabuleiro de baixo com detergente anti-bacteriano. A parte de cima limpo com uma  toalhita WC.

Deixo na varanda por um tempo a secar. Também mudo o filtro todos os anos.

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Depois de tudo, os interessados na limpeza testam se ficou tudo bem limpinho!

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Fazer as necessidades: os gatos já nascem ensinados?

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Costuma-se dizer que, no que toca à higiene, para além de serem muito mais limpos e práticos que os cães, os gatos parecem já nascer ensinados. No entanto, as coisas não são bem assim.

No primeiro mês de vida, é a mãe gata que estimula os seus filhotes a fazerem as necessidades. Quando, por algum motivo, os filhotes perdem a mãe e acabam por ir para às mãos de um humano, é este que tem que tentar simular os gestos que a mãe faria, para assim os gatos poderem fazer as necessidades.

Quando já são mais crescidos, e sendo-lhes mostrada uma primeira vez para que serve a caixa de areia eles irão, à partida, entender a mensagem, e passar a fazer ali as suas necessidades.

Mas nem sempre as coisas correm bem, e isso faz com que os donos fiquem à beira de um ataque de nervos, e acabem por stressar ainda mais o gato, que terá uma dificuldade ainda maior em agir corretamente.

Assim, o segredo é muita paciência, persistência e dedicação, na hora de os tentarmos educar, sem ralhar muito quando fazem asneiras, mas recompensando quando se portam bem.

A primeira vez que coloquei a Becas na caixa de areia, ela achou que era comida, e começou a comer as pedrinhas. Depois de várias tentativas, ela começou a perceber. No entanto, sendo pequenina, com a brincadeira, e estando a caixa de areia longe, acabava por escolher um cantinho da sala, onde estava, para fazer as suas necessidades. Por mais que lavássemos o chão e colocássemos produtos com um odor forte, que a repelisse, ela não se preocupava, e voltava a fazer o mesmo. Até que começámos a não deixá-la ir para lá, até estarmos em casa a tomar conta. Mas o que a fez desistir foi o facto de termos colocado uma caixa de areia também na sala.

Nessa altura, a Amora, que adotámos na semana seguinte, da mesma idade, já sabia utilizar bem a caixa. A diferença entre ambas foi o facto de uma ter sido retirada da mãe mais cedo do que a outra, e de a última ter tido que se desenrascar por força das circunstâncias em que esteve, antes de vir para nossa casa, enquanto a primeira só conhecia uma realidade, não lhe tendo sido dado tempo de aprender mais.

Hoje, é das gatas mais asseadas que conheço. Ela não pode ver o que quer que seja no chão, que fica aflita a querer tapar e limpar.

Por vezes, acidentes acontecem, não conseguem, por exemplo, conter as fezes, ou ficam presas e acabam por cair noutro lado, ou atiram para fora ao tentar tapar.

Alguns gatos, devido a diversos problemas, podem sofrer de incontinência, e não os podemos culpabilizar por isso.

Mas atenção: se um gato está habituado a ir à caixa de areia e, de repente, começa a fazer as suas necessidades noutros locais da casa, é sinal de que algo não está bem.

Nesses casos, o melhor mesmo é consultar um veterinário, para que possa averiguar as causas, que podem ir de marcação de território, cio ou stress provocado por alterações na rotina, entre outras.

Por norma, acabam por ser situações passageiras, que se resolvem por si, e tudo acaba por voltar à normalidade, como foi o caso da Tica que, depois de uns tempos a deixar-nos com os nervos em franja, recomeçou a utilizar a caixa como habitualmente, para nosso alívio.

Novas obrigações legais a partir de 1 de Maio

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Porque os animais não são coisas, e há muito deveriam deixar de ter esse estatuto, é com satisfação que recebo a Lei n.º 8/2017, que produzirá efeitos a partir de 1 de Maio.

O novo estatuto jurídico reconhece que os animais são seres dotados de sensibilidade, deixando de os considerar "coisas", e adapta a protecção legal à sua natureza, sendo fundamental garantir a higiene, a saúde, o bem-estar e a segurança dos animais.

 

Proporcionar bem-estar ao animal de estimação

Eu diria que os donos, mais do que "proprietários" dos animais, serão antes equiparados a tutores, legalmente obrigados a assegurar o respeito por cada espécie e pelo seu bem-estar, incluindo alimentação, vacinas, cuidados veterinários e formas de identificação, podendo ser punidos em caso de desrespeito ou incumprimento. 

Daí que seja cada vez mais importante perceber se temos condições para adoptar um animal, e pensar muito bem na decisão da adopção, pesando os prós e os contras, sem precipitações, para não levar a arrependimentos, ou comportamentos errados.

 

Regulação das Responsabilidades Animais

É uma espécie de regulação das responsabilidades parentais, mas aplicada aos animais de estimação. Em caso de divórcio, os donos terão de chegar a acordo sobre quem fica com o animal de companhia da família. É obrigatório que o consenso tenha em conta o bem-estar do animal, os interesses dos filhos e de cada um dos ex-cônjuges. 

 

Indemnização em caso de lesão

Quem causar lesões, independentemente de ter sido ou não intencional, terá de indemnizar o dono ou a entidade que socorreu o animal, sendo essa indemnização devida, mesmo que seja superior ao valor do animal. Quando há amputação de um dos membros, retirada de um órgão interno, prejuízo grave e permanente na locomoção ou morte, o dono tem direito a uma indemnização por danos morais.

Isto das indemnizações, não só em animais, como no que às pessoas diz respeito, tem muito que se lhe diga. Uma coisa é ser indemnizado por todas as despesas que se teve devido a essa lesão causada. Outra, é estar a colocar em valor monetário, algo que não tem valor físico. Quanto vale a vida de alguém, quanto vale a incapacidade de alguém, quanto valem as preocupações, aflições, noites perdidas, desgaste psicológico e por aí fora?

 

Circulação na via pública

Na via pública, cães e gatos devem circular com coleira, com a indicação do nome do animal e morada ou telefone do dono. A menos que andem pela trela, os cães são obrigados a trazer açaime, e a estar acompanhados pelo dono.

Penso que isto se aplicará mais aos cães do que aos gatos, porque serão raros os donos que levam os seus bichanos a passear à rua. E os que deixam os seus gatos ir à rua, à vontade, não estão interessados em ser identificados, em caso de alguma coisa correr mal,porque sabem que sobrará para eles.

 

Raças perigosas

Com cães de raças potencialmente perigosas, como rottweiller ou pit bull terrier, os donos deverão contratar um seguro de responsabilidade civil, com um capital mínimo de 50 mil euros. Os donos podem ser responsabilizados criminalmente pelos danos a terceiros.

 

Animais perdidos

Quem encontrar um animal pode retê-lo, no caso de indícios fundamentados de maus-tratos, por parte do proprietário legítimo.

Nos restantes casos, aplica-se a legislação já em vigor:

- devolver o animal se souber a quem pertence

- divulgar o achado de forma adequada, no caso de desconhecimento do proprietário

- recorrer a um veterinário para verificar se o animal está identificado de forma eletrónica (microchip)

No caso de insucesso, após a divulgação do animal perdido encontrado, e impossibilidade de o restituir ao seu proprietário, e se este não reclamar o animal no prazo de um ano, este passa a ser legitimamente de quem o encontrou.

 

 

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No entanto, a nova lei não agrava as penas por maus-tratos, e abrange apenas os animais de companhia (com maior incidência nos cães e gatos).

Os de exploração agrícola, pecuária ou agroindustrial ou os animais utilizados para fins de espetáculo comercial não estão incluídos. 

 

Informação completa em www.deco.proteste.pt e http://saldopositivo.cgd.pt