Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Mais uma estrelinha do nosso clube - o Indy

Foto de Clube de Gatos do Sapo.

 

Este é o Indy, um dos membros mais antigos do Clube de Gatos do Sapo.

A Ana, dona do Indy e da Maria, partilhou connosco, no blogue, e com o público, através do livro do Clube, a história dele:

 

"... trouxeram para casa uma bolinha de pelo alaranjada, o Indiana Jones, mais conhecido como Indy.

Este gatinho estava com a mãe e os irmãos em cima de um muro no terreno da mesma associação onde tinha nascido a Maria, quando veio uma senhora que pegou nele e o levou. Passado uns minutos essa mesma senhora entregou o gatinho a um homem e disse "Desculpe lá. Enganei-me. Não era este que queria trazer" mas o que ela não sabia é que não se tinha enganado, tinha acertado em cheio.

Passaram-se uns dias e a nova amiga do gatinho começou a notar que este tinha um comportamento muito estranho. Primeiro começou a correr insistentemente atrás da própria cauda e mais tarde começou a tremer enquanto perdia a consciência.

O gatinho foi levado ao veterinário que disse achar muito estranho aquilo ser epilepsia por esta ser uma patologia muito rara nos felinos e que quando se manifesta nunca é no primeiro mês, só a partir dos dois anos. Em todo o caso medicou o gatinho que foi levado outra vez pelo pai da dona do gato para ficar em observação.

Passados uns dias quando a medicação estabilizou as crises, o pai telefonou à filha a perguntar se queria o gato de volta ou se ficava ele com o gato. A filha obviamente que queria a sua bola de pelo laranja de volta e a Maria também.

O gato voltou a casa no dia dos anos da dona, e a Maria quando deu que o seu novo amigo estava de volta agarrou-se a ele a lamber como se não houvesse amanhã. E assim começou um novo grande amor.

As crises continuaram mas de uma forma mais controlada, menos regular, o gato foi levado a um hospital veterinário para exames mais completos e lá se confirmou a epilepsia. Não havia nada a fazer. Tinha que tomar medicamentos diariamente e disseram que em 6 anos iria morrer por causa da medicação destruir o fígado.

Obviamente que houve quem dissesse que o melhor seria "adormecer" o gato mas a verdade era que o Indy era apenas um gato normal com uma patologia crónica.

E não, o Indy não morreu passados 6 anos..."

 

Partiu no início desta semana, com 17 anos.

Um momento triste para os seus donos, e para a sua companheira Maria mas, ao mesmo tempo, uma prova de que há que haver esperança, que lutar por estes animais que têm problemas de saúde mas, bem acompanhados, podem fazer uma vida normal e longa. 

O Indy foi um lutador, um sobrevivente, uma espécie de milagre num mundo descrente.

A sua partida, algo conturbada, não foi livre de dor e sofrimento, mas o Indy pode agora descansar em paz.

E é em paz que se sente a Ana, por saber que tudo fez para dar uma vida feliz e digna ao seu laranjinha, e que, de muitas formas, fez a diferença na vida dele!

 

 

Olá, eu sou o Distruction

 

11061204_957190310958584_4856828697725671526_n.jpg

 

 o companheiro do Mickey.

Tenho oito anos e embora seja o gato mais meiguinho do mundo para a minha dona, eu não gosto de mais ninguém e tenho mau feitio.

Ela viu-me num anúncio urgente, em 2009, na Exposição de Cães e Gatos no Parque de Exposições em Braga, na tenda do Canil de Barcelos. Como não tinham condições para ter gatos no canil, eu ia ser abatido. Ela ficou muito triste quando viu o anúncio. Dizia “gatinho de 6 meses, muito meiguinho, precisa urgentemente de uma casa ou terá de ser abatido” (mal sabia ela a fera que lhe esperava).

Eu nasci em Barcelos, mas como nasci com uma deficiência na pata, os meus irmãos negligenciavam-me e a minha dona não me queria, por isso deixou-me no canil dizendo que me tinha encontrado na rua....Que culpa tenho eu de ter nascido assim?

Ela ficou muito triste e pediu à mãe para me adotarem ou pelo menos para me tentarem arranjar uma casa. Três dias depois, fui para um café, a pedido da mãe, e entra o padrasto com uma caixa de transporte. Mal conseguia ela acreditar que ia ser minha dona. Ela cuidou muito bem de mim, educou-me e protegeu-me sempre.

Mesmo quando as pessoas diziam que eu era um gato horrível, ela defendia-me, dizia que eu tinha este feitio porque os humanos assim me tornaram. E embora ela me dê na cabeça por eu ter mau feitio, ela ama-me muito. Eu por vezes finjo que não quero companhia, mas ela pega em mim e dorme comigo e eu fico a ronronar a noite toda.

Quando ela começou a trabalhar no gatil de Braga, chegava a cheirar a gato e a cão...”anda-me a trair”, pensei eu. Lá me habituei. Pouco depois, senti uma presença a entrar em casa...e durante três dias ela passava o dia no quarto, saíndo muito raramente...quando finalmente consegui entrar, vi-me na presença de uma bola de pelo...”mas que raios é isto?”...

 

Se queres  saber o resto da minha história, aguarda pelo próximo livro do Clube " Viagem ao Mundo dos Gatos".

Miaus para vós.

"Sou o Mickey"

O Mickey pertence há pouco tempo ao Clube de Gatos do Sapo e está aqui para vos dizer que a sua dona é a Sofia, sobrinha da Maria Araújo.

Tem uma longa história para contar, mas deixo apenas uma parte, porque o resto fica lerem na nova edição do livro do nosso clube.

IMG_2244.JPG

 

 

Olá, eu sou o Mickey!

Eu nasci na rua, filho de uma mãe siamesa muito querida chamada Jinda. Eramos seis irmãos. Fomos recolhidos da rua pela Agere e levados para o gatil de Braga.

A minha mamã  amava-nos todos por igual, mas o leite começou a escassear e os meus irmãos não me deixavam comer e eu fiquei muito magrinho mas era energético. Quando tinha cerca de um mês e meio, os meus irmãos eram o dobro de mim. Os humanos tentavam-me dar de comer mas eu não conseguia.

Uma certa noite, quando só estavam duas voluntárias, levaram-me ao veterinário e ela decidiu que eu precisava urgentemente de uma família que, pelo menos, me habituasse a comer.  A voluntária mais nova estava muito preocupada comigo e então, após uma chamada com mãe (“Mamã, está aqui um gatinho que está muito fraco e doente, achas que podemos levá-lo durante dois dias para podermos habitua-lo a comer? Depois ele pode voltar, só temos de o ensinar a sobreviver”) ela acolheu-me durante uns dias. Com muito carinho, ela montou um espaço muito acolhedor para mim no seu quarto e dormiu no chão, com extrema preocupação levantava-se de duas em duas horas para me dar de comer (tinha de me dar paté à seringa e leite pelo biberón), mimava-me e esperava que eu voltasse a adormecer. Sem eu saber, ela por vezes não dormia, ou acordava mais do que regularmente para ver se eu estava vivo. Ninguém acreditava que eu ia sobreviver nem sequer a primeira noite, por vezes, mesmo ela parecia perder a esperança, mas não desistiu de mim. Passou os três dias seguidos à minha beira, saíndo do quarto apenas para preparar a minha comida...

 

E o Mickey tem um companheiro, o Distruction.

A sua história , em breve.

 

 

 

 

Coleiras com guizos - porque não se deve usar

Na primeira ida ao veterinário, com a Becas, falámos sobre os vários desparasitantes externos, incluindo as coleiras.

Como ela ainda é muito nova, não pode usar já, mas caso optássemos por esse método, e para ela se ir habituando a ter algo no pescoço, até mesmo para sua identificação ou dos donos, poderíamos já utilizar uma coleira normal.

No entanto, nada de coleiras com guizos! 

Porquê?

Porque nós podemos até pensar que eles ficam muito giros com eles, já para não falar que é mais fácil saber por onde andam, através do som dos guizos.

Mas os gatos não partilham dessa opinião!

Como predadores, e caçadores por natureza, para não denunciarem a sua presença às possíveis presas e, ao mesmo tempo, para sua própria protecção, os gatos gostam de passar despercebidos a tudo e todos à sua volta. Por um lado, não podem deixar a sua presa saber que estão por perto, sob pena de perderem a sua refeição. Por outro, como presa, não podem deixar que os predadores os descubram, senão eles próprios tornam-se a refeição deles.

Os guizos tornam esse objectivo impossível, deixando-os nervosos e frustrados, para além de que um som que para nós é mínimo, para os gatos, que têm uma audição apuradíssima, é muito mais forte e irritante.

Diz-se que, a longo prazo e em alguns casos, o uso dos guizos pode mesmo provocar problemas neurológicos no animal.

E por aí, são a favor ou contra o uso dos guizos nas coleiras? Costumam usar nos vossos gatos? 

 

 

A história por detrás do guizo

A ideia do sino no pescoço do gato é muito antiga, e podemos encontrá-la numa das fábula de Esopo:

"Há muito tempo, os ratos reuniram-se em conselho para decidir a maneira de se verem livres do gato que andava permanentemente à caça deles.
O gato era muito esperto, deslocava-se furtivamente, sem fazer barulho e, quando atacava, era mais rápido e mortífero do que um relâmpago.
Vários ratos expuseram as suas ideias, e a reunião prolongou-se pela noite fora. Nenhum dos planos parecia resultar, até que um rato muito novo pediu a palavra.
 
- Proponho - disse ele - que se pendure um guizo ao pescoço do gato. E, assim, cada vez que ele se mexer, o guizo toca e avisa-nos do perigo. Ouvimos o som e temos tempo de fugir.
 
Os outros ratos acharam que era uma óptima ideia e foi uma chiadeira de entusiasmo e aplausos.
 
Então, um velho rato, que tinha ficado calado durante todo o tempo, levantou-se e disse com gravidade:
- A tua proposta é excelente e tenho a certeza de que vai dar resultado. Mas pergunto uma coisa.
Calou-se.
 
- O que é? Faça a pergunta- chiaram os outros ratos.
 
- Quem - disse o velho rato - vai pendurar o guizo ao pescoço do gato?
 
Desta vez, nenhum dos ratos teve mais nada a dizer."

 
Versão de Ricardo Alberty, Fábulas de Esopo

História de um gato refugiado com final feliz

© GoFundMe

 

Depois da separação, em novembro de 2015, deste gato branco, que fugiu assustado aquando da sua chegada à ilha de Lesbos, e da sua família, uma voluntária na ajuda aos refugiados tudo fez para tentar devolver o animal à família.

Graças a um enorme movimento que incluiu as redes sociais, o reencontro tornou-se possível!

A família, qua actualmente se encontra na Noruega, exibiu fotografias antigas de Kunkush, que porvaram serem eles os seus donos.

Depois de reunidas as verbas necessárias, o gato viajou até à Noruega e reencontrou os donos.