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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Uma boa comunicação entre o veterinário e o dono do gato é fundamental

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Se é certo que, algumas vezes, os médicos dão-nos demasiada informação que até dispensaríamos, sobretudo quando falam em termos médicos que só eles percebem, também é verdade que, muitas vezes, pecam por escassez de informação, talvez porque achem que, para quem está do outro lado, basta saber que tem um problema e como deve tratá-lo.

 

O que acontece, e por certo já o fizemos algumas vezes, é que, na dúvida, na incerteza, temos tendência a procurar a informação que nos falta (e que não nos foi dada), noutras fontes, nem sempre fidedignas, correctas, algumas vezes confusas e, até, alarmantes, que nos desassossegam e fazem imaginar vários cenários, cada um mais grave que o outro ou, por outro lado, desvalorizar as situações, compará-las com outras semelhantes, considerar que é algo com o qual não é preciso haver grande preocupação.

 

Assim, é essencial que haja uma boa comunicação entre médico veterinário e o dono do animal que está a ser consultado, de forma a evitar estas situações que, em último caso, serão prejudiciais ao animal. 

 

 

Eu considero que, da parte dos médicos veterinários, devem:

  • na consulta, ao examinar o animal, ir explicando aos donos o que estão a fazer, e porque o estão a fazer, o que estão a avaliar
  • quando solicitam ou aconselham análises, explicar o que se pretende descobrir com as mesmas, e de que forma serão feitas; no caso de existirem vários métodos, explicar cada um deles e deixar que o dono decida a que considerar melhor
  • quando têm na sua posse os resultados de análises ou exames, explicar aos donos o que foi detectado nos mesmos, ou enviar para os donos, com a respectiva explicação porque, se os donos apenas recebem as análises/ exames, sem qualquer outra informação, é mais que certo que a vão tentar obter por outros meios, nem sempre certos, quando poderia ficar tudo esclarecido no momento
  • quando receitam um determinado medicamento, explicar para que serve o mesmo, se existem opções equivalentes à disposição, vantagens e desvantagens, se as houver
  • explicar, em concreto, em que consiste o problema do animal, e que preocupações/ cuidados devemos ter em consideração quer no tratamento, quer na prevenção de futuras situações semelhantes

 

 

Já da parte dos donos:

  • não devem ter receio de colocar todas as questões que acharem pertinentes, ou necessárias para compreender o que se passa com o animal, durante a consulta
  • não devem ter receio de colocar as dúvidas que tiverem, porque é preferível esclarecê-las com quem sabe, e observou o animal
  • se não estão a compreender o que o médico veterinário está a explicar, pedir para explicar novamente - por vezes eles entusiasmam-se e começam a falar em termos que só os entendidos compreendem, e esquecem-se que, quem ali está, pode não perceber dessa forma o que lhes está a tentar transmitir
  • se acharem que o médico veterinário não fez tudo o que consideraram necessário na consulta, peçam para que este faça o que têm em mente, seja uma simples medição de peso, observação de algo que o médico não viu, ou até mesmo uma análise ou exame
  • quando são prescritos medicamentos, exames ou análises, e se acharem que não sabem bem porque são necessários, mais uma vez, perguntem, vejam se existem alternativas igualmente viáveis
  • em caso de dúvidas que surjam já em casa, não hesitem em ligar para a clínica/ hospital para tentar esclarecê-las
  • os veterinários zelam sempre pelo bem estar do nosso animal (ou deveriam) e, como tal, é normal que aconselhem vacinas, rações especiais, produtos inovadores que podem ser bons para os animais, e igualmente bons, a nível de lucro, para a clínica/ hospital, mas que nem sempre os donos têm condições para adquirir, por isso, é necessário que estabeleçam prioridades, que se fiquem pelo mais urgente e necessário, sem se deixarem influenciar pelo "marketing" a que são sujeitos
  • Se não estiverem, de todo, satisfeitos com a forma como os vossos animais foram atendidos/ tratados, com os métodos usados pelo médico veterinário ou procedimentos da clínica/ hospital, se ainda assim têm dúvidas acerca do diagnóstico, tentem procurar outros profissionais, obter uma segunda opinião e, em último caso, mudar de clínica/ hospital

 

 

E por aí?

Gostariam de acrescentar mais alguns pontos fundamentais para uma boa comunicação, um bom atendimento, e satisfação total de todas as partes envolvidas? 

 

 

 

 

 

Imagem: veterinaria atual

 

Manual do Gato

 

A Arte Plural Edições, do Grupo Bertrand Círculo, lançou o livro "Manual do Gato", um manual prático com conselhos e dicas de especialistas sobre nutrição, cuidados com o pelo, exercício e comportamento do animal, em páginas que fornecem informação detalhada sobre saúde, que ajudará a manter o gato saudável, a identificar rapidamente qualquer doença e até a prestar os primeiros socorros em caso de emergência.

 

O meu marido comprou-o este fim-de-semana, mas confesso que ainda não o espreitei!

 

O que falha na criminalização dos maus tratos a animais

 

Pouco mais de um ano depois da entrada em vigor da lei que criminaliza os maus-tratos a animais, ainda não houve uma única condenação!

 

Segundo informações da GNR, das 3843 denúncias, apenas encontraram indícios de crime em cerca de 3% das queixas. Dos 123 casos participados ao tribunal, ainda não houve nenhuma condenação e, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, apenas dois casos estão em vias de ser julgados. 

Porque razão é que isto acontece?

Em primeiro lugar, é preciso que a denúncia seja bem fundamentada, com provas e testemunhas. Sem estas provas ou testemunhos, dificilmente haverá seguimento, apenas com base naquilo que as pessoas dizem que viram.

Depois, muitas das pessoas que, inicialmente apresentam queixa, não querem prosseguir judicialmente por medo, porque não querem arranjar problemas com as pessoas que acusam de maus tratos que, muitas vezes, até são vizinhos.

Outro dos factores é considerar estes crimes como crimes de menor gravidade e, como tal, demorarem bastante tempo a ser tratados, porque ficam atrás de todos os outros.

A aliar a estes factores, podemos acrescentar a facilidade com que se podem esconder estes crimes, sem que ninguém deles venha a ter conhecimento, até porque nem sempre as pessoas estão atentas ao que se passa com os animais dos outros.

Existe ainda muita falta de informação por parte da população, falta de formação e/ou sensibilidade das autoridades competentes que, por isso mesmo, nem sempre agem da forma mais correcta, ridicularizando, por vezes, quem faz a denúncia de maus tratos a animais, dificuldades logísticas das autoridades, a nível de recursos humanos/ acolhimento, e demasiada burocracia envolvida do desenrolar de um processo.

Mas, se em Portugal é este o cenário, noutros países as penas já se fizeram sentir:

  • Em Espanha, um homem foi condenado a 8 meses de prisão por ter matado o cão da mãe, atirando-o pela janela.
  • No Brasil, uma mulher acusada de ter tirado a vida a 37 cães e gatos, apanhou 12 anos e 6 meses de prisão.
  • Um britânico foi condenado por deixar o cão engordar 15 quilos a mais que o peso recomendado.
  • Nos Estados Unidos, uma americana foi condenada a uma pena de 6 meses por pôr piercings em gatos.