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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Porque é que as mães gatas rejeitam as suas crias?

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Todos nós sabemos que, por norma, as mães gatas têm um amor incondicional pelos seus filhotes, e cuidam deles, e até muitas vezes, de outros gatinhos órfãos, com todas as suas garras.

Mas nem sempre isso acontece e uma mãe gata pode, por vezes, rejeitar uma das suas crias, sem que percebamos porquê, condenando-a como uma má mãe.

Há pouco tempo, vi uma publicação sobre uma mãe gata que tinha abandonado a cria com alguns dias, tendo a mesma sido recolhida em FAT, para a tentar salvar. Faleceu um ou dois dias depois. Se isso aconteceu por ter sido abandonada pela mãe, ou porque tinha algum problema, não se sabe. Sabe-se que não resistiu, que o seu organismo não foi capaz de lutar pela vida.

 

A questão que me ficou na mente foi o que levará uma mãe gata a rejeitar um filho?

 

Existem algumas teorias, entre as quais as que vos deixo aqui:

 

1 - Sendo o instinto de sobrevivência o mais importante para os animais, incluindo para os felinos, a mãe serve-se dele para detectar se algum dos filhotes, ou toda a ninhada completo, nasceu com alguma infecção ou doença. Quando isto ocorre, a mãe nega-se a desperdiçar cuidados e leite com alguém que pensa que não vai sobreviver, ou afasta-o dos outros para evitar contagiar a ninhada saudável, bem como para gerir o seu leite apenas para os filhotes que têm mais hipótese de sobreviver. Isto também pode ocorrer quando são ninhadas muito grandes, e a mãe percebe que não pode alimentar e cuidar de todos, ocupando-se dos mais fortes, em detrimento dos restantes.

 

2 - Da mesma forma, se a mãe gata estiver doente, por complicações com o parto, ou outro problema, ou pressinta que vai morrer, também se afasta dos filhotes para não os contagiar.

 

3 - A mãe gata pode, tal como as mães humanas, não saber cuidar dos filhotes - alimentar e limpar - optando por abandoná-los.

 

4 - Stress, local pouco cómodo onde se encontra com os filhotes após o parto, demasiadas carícias por parte dos humanos, e outros factores, podem levar a que a mãe gata decida não cuidar dos filhos. 

Quando sentimos que falhámos...

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Já percebi, não sabendo se isso é bom ou mau, que devo ter algum problema com seres vivos mais frágeis e que precisem de ajuda, tanto humanos, como animais.

No que respeita aos animais, se vir que eles estão bem, fico feliz e não me preocupo. Mas, se sei que algum precisa de cuidados, atenção, alguma coisa, as minhas antenas disparam. É automático.

Foi assim com a Amora. É assim com a Boneca. E foi assim com a Germana, a quem a Anabela começou a apelidar, por eu lhe ter dito que era um floco de neve, Flockita.

Dos 4, embora o Rafael seja o mais dado e brincalhão, e a Joana e o Jorge gatos lindos, foi na Flockita que o meu coração se fixou. Porque era a mais pequenina, a que mais cuidados precisava, a que eu poderia, de alguma forma, ajudar.

Chegámos a ponderar levar a Flockita ao veterinário e pagar a despesa a meias, mas ela começou a melhorar. E, provavelmente, o dono não o iria permitir. Muito já fazia a Anabela, mesmo com algumas reclamações pelo meio, a levar-lhe a comida, o leite, desparasitar, limpar os olhinhos.

Cheguei, inclusive, a dizer à Anabela que a minha vontade era ir buscá-la e ficar com ela. Queria mesmo o melhor para a Flockita. Mas o dono, quando apareceu uma pessoa que queria ficar com a gata, disse que não dava. Portanto, também não ma daria, por certo.

E, mesmo que desse, o que poderia eu fazer? Tinha que a manter em quarentena, afastada da Becas e da Amora, até saber que estava tudo bem com ela e não havia perigo para as nossas. Isso implicava, de novo, todo o processo de consultas veterinárias, vacinas, esterilização, medicamentos, se fosse o caso, custos que eu não sei se poderia suportar.

Assim, e porque a Anabela mostrou que a Flockita estava a melhorar, fiquei contente e mais descansada. Sabia que a Anabela ia fazer o que pudesse para ela ficar bem.

 

Quando a Anabela que contou que a Flockita tinha morrido, fiquei em choque. E muito frustrada. Sinto que, de alguma forma, falhei. Os "se" começaram logo a surgir: "se eu tivesse ido buscá-la", "se tivesse ido para outra família", "se a tivésemos levado ao veterinário"...

Afinal, de que serve apregoar aos quatro ventos que gosto dos animais e os ajudo, se nem esta pequenita, que dava todos os sinais de precisar de ajuda, consegui ajudar.

 

E se eu me sinto assim, sem nunca ter lidado de perto com ela, nem imagino a Anabela, que estava lá com a Flockita quase todos os dias. 

 

Sim, questionamo-nos, se teria sido diferente, se alguma de nós a tivesse acolhido. Poderia estar viva hoje, pois poderia. Mas poderia ter partido da mesma maneira, se o que a levou foi alguma doença que tinha. E, aí, como nos sentiríamos, sabendo que a tínhamos acolhido para morrer connosco? O que pensaria o dono?

 

Apesar disso, a única coisa que penso é que devia ter seguido o meu instinto, que falhei ao desprezá-lo, mesmo sabendo que irão aparecer muitas "Flockitas" na minha vida, e não conseguirei ajudar a todas...

 

Agora, ficará aos cuidados dos seus amigos felinos que, como ela, já partiram. Estou muito triste...

Os gatos e as portas fechadas

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Porque é que os gatos não gostam de ver portas fechadas?

Deve ter a ver com a sua personalidade curiosa por natureza, o seu instinto, o facto de gostar de andar a explorar e caminhar à vontade, sem grandes obstáculos pelo caminho.

Lá em casa é certo que, se fecharmos, por exemplo, a porta da casa-de-banho, a Amora irá lá bater à porta, até que alguém a abra. Se fecho a porta que dá para o corredor, ou outra, temporariamente, e estiver do outro lado, é certo que elas, onde quer que estejam, vão sair e permanecer à porta, até que eu abra, para elas circularem à vontade.

Ainda no domingo, a minha filha estava no quarto com a porta fechada, e a Becas começou a miar e a raspar na porta, para abrirmos.

E se apenas encostamos, sem fechar, elas encarregam-se de abri-la por completo!

 

Como se costuma dizer, o fruto proíbido é sempre o mais apetecido e, se aquela porta está fechada, é porque ali há alguma coisa, pensarão eles. Claro que, depois da porta aberta, perdem o interesse, e vão embora!