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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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O Rafael e a tendência para infeções urinárias

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Esta foi a sua terceira infeção urinária e também a pior. Mesmo com tantos mimos e cuidados, voltou a acontecer. Desta vez esteve até internado.

Há uma série de comprimidos para tomar, que causa sempre algum stresse, pois, por vezes,  ele cospe os comprimidos!

O que ele até tolera é uma pasta que é só lamber!

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Mas o importante é que   está em casa e a recuperar...

Já chegava, não?

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Primeiro, a D. Tica resolve viajar definitivamente para o paraíso.

Depois, a D. Becas lembra-se de passar uma temporada no Hospital Veterinário e atazanar os médicos.

Agora, foi a vez de a Amora nos pregar um susto e decidir que também quer experimentar a estadia neste "hotel", nem que seja por uma noite.

Já chegava, não?

Eu sei que o hospital é muito bom, e que os médicos e enfermeiros são muito profissionais e simpáticos, mas não quero passar lá a vida.

Em meia dúzia de meses, já fui mais vezes a correr para o veterinário, do que nos três anos que tivemos a Tica. Por isso, meninas Becas e Amora, deixem-se dessas coisas que eu já não posso ver hospitais à frente! E a minha carteira também não.

 

Depois do que já passámos, apanhei ontem mais um enorme susto com a Amora. A minha filha esteve com ela até meio da tarde, e ela esteve sempre bem. Como tem estado nestes 5 meses.

Quando chegámos a casa, vinha a Becas e a Amora a correr para a porta, como habitual. Mas, quando a minha filha pega nela, a doce, meiguinha e querida Amora, mia bem alto (de uma forma estranha), tenta sair do colo dela, e foge para debaixo da cadeira da cozinha.

A Becas, preocupada, vai ter com ela, tenta fazer-lhe uma festinha mas a Amora volta a miar e espanta-a. Tento acalmá-la e tirá-la lá de baixo. Pego nela, ela volta a miar, como se se estivesse a queixar com dores, mas fica no meu colo, muito quieta.

Sempre que lhe tocámos, queixava-se. Deitei-a no colo da minha filha, tentei ver se tinha alguma ferida na barriga ou pescoço, mas nada. Começa a abrir a boca, e fica o tempo todo de boca entreaberta ou mesmo aberta.

Liguei para o hospital, disseram-me que poderia estar com problemas em respirar e seria melhor levá-la para observação. O meu marido não estava em casa, já ia mesmo chamar um táxi porque a gata não estava nada bem, mal se mexia, mal abria os olhos, e miava de vez em quando.

O meu marido, entretanto, chegou e a Amora, ou porque nos ouviu falar que íamos ao veterinário,ou porque ela própria nos estava a pedir para ir, saiu do colo da minha filha e foi directamente para a transportadora! São tão inteligentes estes animais.

 

Pelo caminho, reparámos que tinha qualquer coisa a sair-lhe pela boca. Entrou como urgência, o médico analisou-a, mas não chegou a nenhuma conclusão específica.

Estava com febre de 40º. Não deixava ninguém tocar-lhe na boca, e estava mesmo a ficar uma fera quando o veterinário lhe abria a boca para observar. Aparentemente, estava tudo normal, e a febre pode ser causada por vários motivos diferentes, que não há como saber.

Fizeram algumas análises ao sangue. Os valores também estavam dentro dos parâmetros.

A única explicação mais plausível será, devido ao seu problema neurológico, ter tido uma convulsão, e estar na fase pós-convulsão. E, durante a mesma, ter batido em algum sítio com a boca. De qualquer forma, acharam que seria melhor ela ficar lá durante a noite, em observação, para ver se descobriam mais alguma coisa, e como é que ela evoluia.

Uma pessoa não quer andar sempre a recorrer ao veterinário, por qualquer coisinha, mas a verdade é que, por muito que saiba sobre gatos, percebo que não sei nada. E fico muito mais descansada sabendo que a Amora está vigiada por profissionais, do que em casa. Ficou então decidido deixá-la lá por uma noite.

Enquanto pagávamos a consulta, o veterinário esteve a fazer uns Rx's e não detectou nada, mas percebeu que tinha um canino partido, e noutro lado a gengiva com sangue, o que sugere, de facto, que terá batido em algum lado. Mas, como ele disse, continua com dois sintomas que, à partida, não encaixam.

 

E o que é certo é que não sabemos ao certo qual é o problema neurológico da Amora, a sua origem ou causa, nem o que pode implicar. Para isso, teria que fazer um exame específico e caríssimo, para que pudessem estudar o caso. Alguns gatos com problemas neurológicos podem ter quadros frequentes de convulsões, e não sabemos se será o caso da Amora. Se foi mesmo isso que aconteceu, terá sido a primeira vez.

 

Entretanto, a veterinária de serviço já nos ligou a dar boas notícias - a febre baixou, já deixa tocarem-lhe na boca, e não tem nada a ver com o seu estado de ontem. Mas, pelo sim, pelo não, consideraram melhor irmos buscá-la só ao final do dia,para ver como ela passa estas horas. O que é melhor, já que ninguém está em casa.

Quem não achou piada nenhuma a isto foi a Becas, que correu a casa toda e todos os cantinhos possíveis à procura da Amora, e farta-se de miar como se estivesse a perguntar o que fizemos à sua amiga e companheira!

 

 

Quero agradecer a todos...

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...tudo o que fizeram por mim e a ajuda que deram aos meus donos, tanto através da compra de rifas, licitação de livros ou oferta de livros, para ajudar nas despesas do meu internamento!

 

E os meus benfeitores são:

 

Cantinho da Casa

Chic'Ana

Dona Pavlova

Inês Gonzalez

Joana

Anabela

Mula

Pandora

Vânia Garcia

Ana CB

Magda Pais

Sofia Almeida

Sónia Miranda

Niki

Paula Martins

Aldemar

Inês Alexandra

Inês Costa

Beatriz Branco

Raquel Gabriel

Beatriz Santos

Beatriz Horta

Leonor

André

Ana

Carmen Silva e Maria Betânia

 

 

 

E a todos os que passaram por aqui, deram apoio moral, e torceram para que eu me salvasse!

 

O valor apurado em rifas foi de 90 euros e no leilão de 46 euros.

 

Sem vocês, nada disto seria possível, e nunca me vou esquecer da vossa solidariedade e amizade.

Muito obrigada!

 

Não tenho boas notícias para vos dar...

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Foi esta a frase que nós preferíamos não ter ouvido esta noite.

Levámos a Becas e a Amora ao hospital, para ver o que se passava com a Becas, e para ver se estava tudo bem com a Amora.

A Becas, devido ao seu estado, foi a primeira a ser observada. Aparentemente, a veterinária não conseguiu ver nada de anormal. Não tinha febre, não estava totalmente "descompensada", não havia uma causa visível para os sintomas que descrevemos.

Para um melhor e completo diagnóstico, fizeram um hemograma para análise dos valores. Esperámos 10 minutos pelos resultados. Lá dentro, vejo a veterinária a falar com os colegas e a olharem para o papel. Quando a veterinária volta a entrar no gabinete, com a Becas, disse-nos logo "Não tenho boas notícias para vos dar".

A Becas tem os valores dos glóbulos brancos completamente fora dos padrões normais. Para terem uma ideia, o valor de referência é cerca de 5 - a Becas tem cerca de 0,6 - ou seja, praticamente nada! Não tem defesas nenhumas.

Foram feitos mais testes, para verificar se a Becas estava com Panleucopenia felina, FIV e FELV. Deu negativo para os dois últimos, positivo para a primeira.

Para quem, como eu, não faz ideia do que é esta doença - Panleucopenia felina - a mesma é causada pelo parvovírus felino, espalha-se facilmente entre gatos ou é transmitida no seu ambiente. O vírus ataca os glóbulos brancos do sangue e enfraquece o sistema imunitário, causa gastroenterite, febre, dor quando bebe, vómitos ou diarreia, desidratação e morte.

Em casa, a Becas não sobreviveria. A solução, sem qualquer garantia de sucesso, é o internamento.

Ficou internada, com prognóstico reservado, corre o risco de não sair de lá com vida.

A Amora, que por enquanto não apresenta sinais fora do normal, veio para casa mas tem que ser vigiada, porque esteve em contacto permanente com a Becas e pode vir a apresentar os mesmos sintomas e ter sido contagiada. Na verdade, a Amora não saiu de perto da Becas toda a tarde, e enquanto esperávamos pelos resultados, no veterinário, esteve sempre agarrada a ela. Agora, está triste porque não veio a sua amiga.

E nós, estamos de uma forma que é difícil descrever. A Tica morreu há pouco mais de um mês. Agora, a Becas pode ter o mesmo destino.

Entre retirar todas as hipóteses de salvar-lhe a vida, e arriscar uma hipótese reduzida de a salvar, optámos pela segunda, mas não sei ainda como vamos fazer para pagar o internamento da Becas, que irá ficar em 556 euros - orçamento para 5 dias no hospital. E isto se for só para a Becas, porque se a Amora vier a apresentar um diagnóstico igual, não vamos ter mesmo como ajudá-las.

Começo a achar que não estamos destinados a ter animais de estimação.

Vou fazer um apelo no facebook, e tentar que seja partilhado em alguns grupos de animais, para ver se conseguimos alguma ajuda com estas despesas.

Claro que eu sei que as pessoas têm os seus próprios animais, têm as suas próprias despesas e a responsabilidade é nossa, tanto pela adopção como pelo que daí advém, incluindo os cuidados médico-veterinários.

Mas neste momento, as coisas estão mesmo muito complicadas e toda a ajuda é bem vinda, nem que seja um empréstimo.

Para quem estiver a ler, não pensem que este post é apenas um pedido de ajuda financeira, porque não o é, nem se sintam na obrigação de ajudar. Podem ajudar de outras formas, com pensamentos positivos, rezando pela Becas, apoiando como puderem e quiserem.

Por aqui, tentamos acreditar que tudo está a ser feito para que a Becas ultrapasse esta doença, que ela vai lutar pela vida, e venha para casa curada daqui a uns dias. Não posso sequer imaginar que vamos perder a nossa charmosa ursinha despenteada!

Deixo aqui o orçamento do internamento da Becas, do qual já foi pago hoje 30% do valor. No dia da alta, teremos que pagar metade do valor restante, e deixar dois cheques pré-datados para pagamento da outra metade.

 

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