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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Novos residentes aqui na rua

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Quando achamos que já temos gatos que cheguem por aqui, vítimas da irresponsabilidade dos donos, somos surpreendidos com mais gatinhos, que vão surgindo sabe-se lá de onde.

Hoje, encontrei esta gata com o que penso serem os seus filhotes, aqui no estacionamento, escondidos debaixo dos carros.

 

 

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Este é um dos dois panterinhas, que por aqui estavam. Todos eles tremiam, talvez com frio, ou com medo.

 

 

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Um deles, quando viu a comida, avançou. O outro foi mais cauteloso. Era também o que tinha os olhitos em pior estado.

 

 

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Só depois de os pequenos terem comido, é que a mãe se chegou à frente, para comer o que sobrou.

 

 

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E esteve sempre por perto, para os proteger.

 

Para que é que queremos um animal?

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Vejo tanta negligência e irresponsabilidade à minha volta, relativamente aos animais, que me pergunto, constantemente, para que é que estas pessoas os querem.

 

Para que é que queremos um(a) gato(a)?

Para deixá-lo a maior parte do dia na rua? Ou para fechá-lo em casa sem sequer ver um raio de sol, às escuras, até alguém chegar a casa e, lá está, abrir-lhe a porta para ir dar as suas voltinhas.

Para deixá-lo andar na rua sujeito a ficar ferido em guerras com os gatos da vizinhança, ou sem dono, que decidem aparecer sem aviso nem convite?

Para ver se temos sorte com os vizinhos, e eles dão de comer ao nosso gato, já que a alimentação sai cara? Para ver se, com sorte, o gato se encanta com os vizinhos, e eles com ele, e acaba por lá ficar, tirando-nos a responsabilidade de cima?

Para andar por aí pelas ruas, a acasalar, e a contribuir para o nascimento de novos gatos, que vão viver nas ruas, até terem um azar?

Para dizer que são nossos mas, quando as coisas correm mal, afirmar que são da rua?

 

 

Para que é que queremos um(a) cão/ cadela?

Pelos mesmos motivos já apontados para os gatos?

Para termos o cão preso dia e noite, sem sequer lhe dar uma festa ou mimo que seja?

Para chegar à velhice e deixarem-na andar, sem quaisquer cuidados, à espera que, milagrosamente, chegue a sua hora?

Só por dizer que temos um cão, ainda que nunca lhe permitamos a entrada em casa, e que nos limitemos a dar-lhe duas refeições por dia, sabendo que os vizinhos lhes vão dando petiscos no resto do dia?

Para dar-lhes a conhecer o que é uma casa, uma família, um lar, e logo em seguida pô-lo na rua, porque estraga tudo em casa?

Para que é que nos queremos armar em bons samaritanos, adoptando animais com problemas, se nem os problemas do animal que já tínhamos fazemos por resolver ou minimizar?

 

Assim, é fácil ter animais!

E, enquanto não se mudarem mentalidades, é isto que vai continuar a acontecer.

 

Em jeito de desabafo

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Aqueles que mais amam os animais são, também, aqueles que mais sofrem por eles, com eles.

Por não terem poderes sobrenaturais, por não poderem fazer mais, por não poderem, muitas vezes, ajudar naquilo que mais precisam, por não terem mãos, braços e força suficiente para tantos animais que lhes aparecem à frente, vítimas de abandono, maus tratos ou, simplesmente, estupidez e irresponsabilidade humana.

Por não poderem acolher todos os animais que vagueiam sozinhos pelo mundo, por não encontrarem famílias para aqueles que acolhem, e que acabam por viver e morrer em abrigos, sem nunca saber o que é ter um lar.

Por quererem fazer tudo para lhes proporcionar uma melhor vida, mesmo que isso signifique contas e dívidas cada vez maiores, em que os valores aumentam a triplicar, comparativamente aos que conseguem abater.

Por terem que lutar, para além de tudo isto, com pessoas cruéis, que ainda se insurgem contra este trabalho voluntário, que fazem questão de, não só não ajudar, como ainda prejudicar quem o faz.

 

Poder ajudar um só animal que seja, já é bom. Mas fica sempre a frustração de não poder ajudar mais.

Poder contribuir para que outros ajudem, por pouco que seja, é óptimo. Mas fica sempre a sensação de que não deixa de ser uma migalha, uma agulha num palheiro.

 

Até mesmo os médicos, que tentam dar uma melhor qualidade de vida aos animais ou, até mesmo, salvar-lhes a vida, cedem à pressão, e à frustração, quando não são bem sucedidos.

 

Quem mais gosta dos animais, é quem muitas vezes tem vontade de se dar por vencido, de baixar os braços, mas sabe que não o pode fazer. E, por isso, vai buscar esperança e força nem sabe bem onde, porque se não forem essas pessoas a preocupar-se e a lutar pelos animais, quem o fará?