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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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Estas gatas são livres , saudáveis e felizes

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As gatinhas que vivem livremente num espaço que cuido, estão sempre bem. São livres, mas estão protegidas. Felizmente, e, ao contrário dos gatos da outra colónia que cuido, nunca estiveram doentes, o que é muito bom!

Das cinco, a Oréua (de cor preto e branco) é a que tem por hábito se ausentar para o terreno de um vizinho onde tem uma amiga e vai socializar, e por isso chegamos a estar semanas sem a ver!

A alimentação destas é diferente das da colónia dos Chães, mas julgo que não é isso que influencia a saúde, mas sim o facto destas estarem mais protegidas do tempo, das pessoas, dos carros! Estas acredito que não sintam medo! Embora em tempos tenham estado em risco!

Gostaria de realçar, uma vez mais, que este nome "as gatas guardiãs do reino de Gerardo" é um nome fictício, mas em homenagem a quem durante muito tempo, delas e de outros cuidou e  alimentou!

Espero que continuem a ser livres, saudáveis e felizes!

Ser gato de rua

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Diz um ditado humano que "a relva é sempre mais verde no quintal da vizinha".

Quantos da nossa espécie, que vivem a sua vida rodeados de conforto, protecção e segurança, não desejariam um pouco da nossa liberdade? 

E quantos de nós, que vivemos na rua, não desejaríamos ter a vida deles.

Mas, será que trocaríamos tudo o que temos (e o que não temos), para mudar para o outro lado? Aquele que nos parece mais apetecível, desejável, tentador? 

Ou quereríamos, passado um tempo e, às primeiras dificuldades, voltar à vida antiga?

 

É mais fácil um gato de rua habituar-se a uma casa, que o contrário. Mas nem sempre corre bem.

Nem sempre estamos dispostos a deixar as ruas, onde vivemos durante anos, e a perder muito daquilo que conquistámos.

Ainda que não seja fácil viver nas ruas.

É preciso sorte. 

Esta noite, dormi neste cartão, deixado aqui neste terreno, ao pé de um mal cheiroso contentor do lixo. Claro que uma caminha quentinha era muito melhor. Mas tive sorte, porque foi esse cartão que me protegeu do frio que se fez sentir até de manhã.

É preciso sorte com os humanos que vivem onde nós andamos.

Há os que nos querem ver pelas costas. Os que correm atrás de nós para nos expulsar. Os que nos agridem. Os que deixam comida envenenada para nos matar.

Mas também há os que nos tratam bem, dão-nos alguns mimos e até nos oferecem uma refeição.

Nunca sabemos quando vamos encontrar alimento, ou quantos dias vamos ter fome mas, se tivermos sorte, há sempre quem nos deixe qualquer coisita para comer.

E não nos julguem mal agradecidos, ou esquisitos, se nem sempre devorarmos aquilo que nos deixam para comer.

É que, apesar de tudo, e da vossa boa vontade, há coisas que ninguém sequer se atreveria a provar. E não é por sermos gatos que já podemos comer tudo. Há coisas que nos fazem mal, que nos deixam doentes. Mas, ainda assim, agradecemos.

 

É preciso ter sorte, com os locais que escolhemos para ficar.

É preciso não arranjar guerras com outros gatos, sobreviver aos cães que parecem querer devorar-nos, fugir dos carros que passam e fingem não nos ver, ou não nos vêem mesmo, e nos podem matar em segundos.

É preciso ter sorte de encontrar um abrigo, nem que seja só por aquele dia, ou aquela noite.

 

Mas como poderíamos deixar de agradecer a nossa liberdade?

Como poderíamos não ser gratos pelos imensos banhos de sol que apanhamos, apesar dos muitos dias de frio e chuva?

Como poderíamos não ser gratos pelo céu estrelado à noite, apesar das muitas noites em que as nuvens as tornam escuras e assustadoras?

Como poderíamos não ser gratos por fazer aquilo que nos apetece, sem estar presos, sem andar constantemente a caminho dos monstros de branco, que só querem o nosso bem mas que nós gostamos é de ver longe de nós?!

Como poderíamos não ser gratos pelos amigos e companheiros que vamos fazendo por aí?

Como poderíamos não ser gratos por todos os sítios que descobrimos? Pelos insectos, lagartixas ou ratos que perseguimos? 

E como poderíamos ajudar aqueles que se atrevem a aventurar-se na rua, nem que seja por umas horas, se não estivessemos, também nós, já habituados a esta vida?

 

Se estamos mais expostos aos perigos? Talvez.

Mas quantos gatos não correm mais perigos nas mãos dos humanos que os adoptaram?

 

Acho que o que todos nós queríamos, no fundo, era ter o melhor dos dois mundos.

Como nem sempre é possível, esperamos que a sorte nos leve onde conseguirmos ser felizes, com aquilo que nos for dado, e permitido.

 

 

Os gatos de rua são felizes?

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Eu acho que alguns gatos, à sua maneira, são felizes mesmo estando na rua.

Pegando num exemplo, imaginemos duas pessoas diferentes: uma nascida e criada no campo, e outra na cidade.

Se perguntarmos a cada uma delas se são felizes com a vida que têm, provavelmente, ambas responderão que sim. O campo tem vantagens que a cidade não tem, e vice-versa. Da mesma forma, as desvantagens.

Aquilo que uma mais gosta, pode ser aquilo que a outra mais detesta. Pode haver coisas que a pessoa do campo sente falta, mas nem por isso preferiria a cidade, e o contrário também acontece - desejar uns dias calmos no campo, mas nunca deixar a cidade de forma definitiva.

Claro que há pessoas do campo que se mudam para a cidade, e se adaptam, e outras que ficam ainda mais felizes pelo que lá encontraram, e já não querem o campo de volta. Da mesma forma, há quem se mude para o campo, e opte por lá ficar de vez, fugindo da confusão da cidade, vivendo uma vida mais feliz. 

 

Imaginem um diálogo entre gatos em que um diz "nesta vida podes ter isto e aquilo" e o outro responde "mas aqui, podes ter isto e aquilo". "Ah e tal, mas não tens isto". "Sim, mas tu não tens aquilo"! E por aí fora.

 

Pegando naquilo que vejo, em relação aos gatos da colónia, por exemplo, eles vivem em família, brincam uns com os outros, apanham solinho, têm árvores para subir, espaço para correr e brincar, liberdade...O mais difícil é a comida, mas tendo quem os vá alimentando, fica mais fácil. Há gatos que, por muito que nos faça confusão, gostam dessa vida. Talves porque não conheceram outra e sempre foram criados assim, ou pela personalidade mesmo. Alguns, quando levados para casa, até se podem habituar e gostar. E outros haverá, claro, que davam tudo para sair dali para fora, e entrar para sempre na casa de alguém que lhes desse amor, conforto, segurança e uma vida que ali nunca terão.

 

Já os gatos que vivem num lar, com a sua família e têm tudo isso, são gatos felizes, mas nem por isso deixam de querer, nem que seja por uma vez, ir lápara fora, experimentar a liberdade, saltar os muros, subir as árvores, visitar os vizinhos, explorar. E, se por acaso os deixamos fazê-lo, poderá haver os que já não voltam por vontade própria, mas a maioria, sabe que o mundo lá fora não é para eles, e voltam para a sua segurança e conforto habituais.

Animais nas ruas: para reflectir...

 

A vida de um gato, nas ruas, pode ser emocionante, divertida...

Podem brincar ao ar livre, descobrir novos esconderijos e tocas, ir onde quiserem sem ninguém atrás deles...

 

Mas...

 

É uma vida dura, em que estão dependentes daquilo que caçarem para comer, ou da boa vontade das pessoas que lhes dêem comida para não passarem fome, e água para não morrerem de sede...

É uma vida dura, em que estão sujeitos aos perigos das ruas, de outros animais que lutam, como eles, pela sobrevivência ou, simplesmente, atacam por atacar, às maldades do ser humano que abomina animais e acham que eles deviam morrer...

É uma vida dura, em que podem não ter onde se abrigar do frio, da chuva, da trovoada...Em que não têm a quem recorrer quando sentem medo...Em que podem ficar doentes e não ter ninguém que os trate, que os leve ao veterinário, que cuide deles...

 

Enquanto os nossos gatos estão "presos" num lar com tudo aquilo que precisam, outros estão "livres" para o bem e para o mal...

 

Se os gatos que vivem na rua falassem e pudessem escolher o seu destino, o que diriam eles?

Este do vídeo, sabemos bem o que deve estar a sentir, mesmo sem nada dizer... 

 

Amar não é aprisionar, mas sim dar liberdade

Ontem estava a passar pelo facebook, numa página de gatos, que já não me recordo do nome, (com muita pena minha, pois ia ajudar-me neste post) e vi uma história, da morte de uma gata. Uma gata, que sempre foi uma gata de rua e que nunca conseguiram que fosse feliz dentro de uma casa, apesar das várias tentativas de particulares e associações. E nos comentários, percebi dois tipos de opiniões: os das pessoas que achavam que a rua não era local para a gata sobreviver e a das pessoas que diziam que a gata só seria feliz na rua e que “amar não é aprisionar, mas sim dar liberdade”. E se por lado, eu também sempre achei que a rua nunca seria segura para os gatinhos, e que o ideal seria todos terem um lar; o que é certo é que se um gato que sempre foi de rua se sentir aprisionado, mesmo tendo mais conforto, dificilmente será mais feliz dentro de casa do que fora. Da mesma forma, que um gato que sempre viveu dentro de casa, se tiver a infelicidade de ser abandonado na rua, nunca será feliz, terá fome, calor ou frio, nem se saberá defender capazmente.

 

Talvez a resolução para um gato que sempre foi de rua, esteja num lugar onde pudesse ter rua sim, mas com protecção, por exemplo uma quinta, com espaço, árvores, cabanas, outros animais, mas com uma cerca que os protegesse dos perigos. Mas acredito que a maior parte das vezes tal não é possível. Mas uma coisa é certa, o animal tem de estar com o que o faz feliz, mesmo que essa felicidade seja em tempo mais curto. Do que vale viver em segurança e conforto, se a tristeza for imensa!?

 

Quando, eu própria tirei o Rafael do campo, onde eu o via tão feliz a correr pela horta na brincadeira com os irmão, tive dois sentimentos que entraram em contradição dentro de mim: estava a tirá-lo do ambiente de onde ele parecia tão feliz, mas estava a levá-lo para um local mais seguro. Felizmente, talvez por ele ainda ser novinho, adaptou-se bem ao novo lar, e parece-me continuar feliz. Mas e se eu o visse triste e deprimido, como me iria sentir? Teria coragem de o devolver ao seu ambiente, mesmo sabendo que um dia poderia saltar o muro, ir para estrada, ser atropelado, ou andar sujeito a parasitas, a doenças!?

 

Não são decisões fáceis de tomar, nem de depois vivermos com elas!

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Listas públicas de adoptantes duvidosos - sim ou não?

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Apesar das novas leis em vigor, para combate aos maus tratos a animais, ainda nos deparamos com diversas situações em que eles acontecem. 

A par com os maus tratos, o abandono é outro dos grandes problemas de que os animais, frequentemente, são vítimas.

E se há situações que acontecem esporadicamente, outras há que se repetem, sempre com os mesmos adoptantes envolvidos, que fazem dos maus tratos o seu passatempo preferido.

Ora, seria bom que se pudesse criar uma listagem de maus adoptantes, e que as associações pudessem consultá-la, antes de entregar um animal a determinadas pessoas.

Seria bom que estas pessoas, que não têm o mínimo respeito pelos animais, pudessem estar, de alguma forma, sinalizadas. 

Mas, até que ponto terá essa lista, na realidade, alguma utilidade prática? A verdade é que, a cada dia, surgem novos maus adoptantes, e surpresas desagradáveis, que não se conseguem evitar.

E, até que ponto, não estaremos a violar os direitos e a liberdade dessas pessoas?

 

Qual é a vossa opinião? 

Concordam com a existência de listas de maus adoptantes de animais, ou nem por isso?