![]()
No dia em que a Becas foi à vacina, como teve a gentileza de deixar a sua marca na veterinária (na brincadeira, claro), e ela percebeu que a gata gostava de trepar e agarrar-se a nós e aos cabelos, perguntou-nos se não queríamos que ela lhe cortasse as unhas.
Em casa, já tínhamos falado nisso, e pensámos que era melhor aproveitar! Puro engano! Nunca mais o faço.
Pobre Becas - chegada a casa, quis subir para cima da cadeira, mas não tinha unhas, por isso caiu no chão. Quis subir para o nosso colo, a mesma coisa. Ficou toda stressada por não poder fazer aquilo a que estava habituada, e estar limitada. Até para subir a cama tinha dificuldades.
É certo que as nossas pernas agradeceram, e pelo menos não corre o risco de ficar com a unha presa em qualquer sítio, mas arrependi-me de ter dado permissão para lhe cortarem as unhas. Parece tão "anti-natura". Não é aquela a Becas que nós queremos!
Felizmente, já conseguiu contornar essas dificuldades iniciais e desenrasca-se!
Quanto à Amora, já são várias as vezes que fica com a unha presa, e é um caso sério para desprender, porque ela torce a mão toda. Mas não quero cortar-lhe as unhas.
Devido ao problema dela, são as unhas que a ajudam a diminuir as dificuldades e limitações. Cortar-lhe as unhas era a mesma coisa que dar uma prótese a alguém para melhor se deslocar, e em seguida tirá-la.
Por isso, aqui em casa, está decretado: cortar as unhas às gatas, nunca mais!