Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Esperar pela morte de alguém que amamos

20180514_224919.jpg

 

 

Tenho acompanhado a situação da Mia, uma das felinas da Fátima, e não poderia deixar de escrever este post.

Já vivi, na minha vida, duas experiências distintas, e nenhuma delas me preparou para aquela, que é a única coisa que todos os seres vivos têm, de mais certo, na vida: a morte.

 

 

Quando a Tica morreu, numa fracção de segundos, sem qualquer sinal de que isso poderia acontecer, uma das frases que mais ouvimos foi "Pelo menos não sofreu, não esteve dias e dias doente, a definhar mais a cada um deles, com vocês a assistirem, sem poderem fazer nada. Foi melhor assim."

Melhor, seria, como é óbvio, ela continuar entre nós. Mas, talvez tenha sido, de certa forma, menos penoso assim. Talvez...

 

Com a Fofinha foi diferente. Ela estava doente. Nós sabíamos que ela estava doente. E que, mais cedo ou mais tarde, partiria. Mas tínhamos sempre a esperança de que aquele tumor desaparecesse por magia, e ela voltasse ao normal. Nessa altura o meu pai ponderou a eutanásia. Não foi necessária. Ela acabou por morrer naturalmente. 

Ah e tal "Foi melhor assim, pelo menos acabou-se o sofrimento para ela.".

É verdade, mas preferia que tivesse acabado com ela viva e bem de saúde.

 

Em ambos os casos, quis acreditar que tinham partido, para ceder o seu lugar a outros seres. No caso da Fofinha, à minha filha, que nasceu cerca de ano e meio depois. No caso da Tica, à adopção das duas meninas que hoje temos, e a toda uma missão em prol da defesa e protecção dos animais.

 

 

A Mia, a gatinha da Fátima, está numa situação diferente, e que não deixa de ser curiosa.

Embora não pareça sentir dores, desconforto, apatia, nem qualquer outro sintoma que leve a considerar que está em sofrimento, a verdade é que, como pouco se alimenta, tem vindo a emagrecer a cada dia, transformando-a em pouco mais que pelo e osso.

E é essa a única manifestação visível que apresenta. E os mimos e atenção que pede cada vez mais à Fátima!

Neste momento, a Mia está numa espécie de estabilização: não piora, mas também não melhora. O que torna ainda mais incerto o seu futuro.

 

Uma coisa é certa, ela parece estar a lutar, à sua maneira, para ficar o máximo de tempo que conseguir nesta vida. Como que a dizer que ainda não completou a sua missão. Que a sua presença ainda é necessária, e não está na sua hora.

 

Já para a Fátima e restante família, não deverá ser fácil. Sempre a desejar o melhor, mas a esperar o pior. A querer acreditar que tudo vai correr bem, mas sempre de pé atrás, não vá o destino pregar uma partida.

 

 

 

Como é que vive quem espera pela morte daqueles que ama?

Só tem três hipóteses.

Ou ignora, fazendo de conta que nada se passa.

Ou resigna-se, deixando-se levar pela tristeza de saber que, mais dia, menos dia, não os terá mais perto de si, desistindo da luta.

Ou encara a situação de frente, e luta com as armas que tem, por aqueles que, também eles, estão a lutar. A Fátima pertence, sem dúvida, a este último grupo.

É sempre uma vida levada com o coração nas mãos, apertadinho, ora a querer sair pela boca, ora a encolher-se dentro do peito. É uma montanha russa de emoções, consoante há uma leve melhoria, ou um dia mais complicado.

É um permanente desassossego e inquietação, pelo que poderá ou não acontecer na sua ausência. Se for preciso, e não estiver lá. 

Mas há algo que nunca falha: o amor, o carinho, a atenção, os mimos, a dedicação, a disponibilidade, a presença constante. E isso pode fazer muito!

 

 

 

Como é que alguém se prepara para a sua partida desta vida?

Acho que não existe preparação possível.

Estejamos a contar ou não, sabendo de antemão ou não, resignando-nos ou não, lutando ou não, a dor que sentimos, quando acontece, é sempre a mesma. Tal como a revolta, a frustração, a tristeza, as saudades.

Não podendo mudar nada disso, resta fazer aquilo que queremos e podemos, por aqueles que ainda cá estão connosco, enquanto nos for permitido!

 

O Clube de Gatos envia aqui muita energia positiva, para recarregar as baterias à Mia, para que continue a sua luta, e todo o apoio à Fátima, que precisa dele para continuar a viver esta fase sem perder a força que a caracteriza.

 

Imagem surrupiada à Fátima 

 

 

 

Luta de gatos

IMG_5509.JPG

Estes dois andam sempre nisto.

O branco a meter-se com o gato da senhoria. Aliás, até já foi apelidado de "rufia" da zona, porque está sempre a arranjar confusão com os restantes gatos da vizinhança.

Já uma vez tive que ir acalmar os ânimos aos dois. Desta vez foi a minha senhoria que lá foi ao quintal proteger o seu menino!

Billy e Jessi - dois gatos na luta contra o autismo!

Deixo-vos aqui a sugestão destas duas histórias que são, mais uma vez, a prova de que os gatos têm poderes terapêuticos!

 

 

Sinopse

Fraser é uma criança autista de três anos, tensa e ansiosa, com acessos de raiva tão súbitos quanto incontroláveis.
A vida dos Booth, numa pequena casa na herdade de Balmoral, a residência de verão da rainha de Inglaterra, é dura e muitas vezes desesperante. Para Louise, a mãe de Fraser, o futuro parece pouco animador. É então que o filho conhece Billy, um gato cinzento e branco, e a amizade que nasce entre os dois irá mudar para sempre as suas vidas. Os dois tornam-se inseparáveis e, com a ajuda do seu novo amigo de quatro patas, Fraser começa a fazer progressos: pequenas coisas que, somadas, dão vida a um verdadeiro milagre.

 

 

 

Sinopse

Esta é a história duma amizade extraordinária, e de como o laço entre um menino autista e uma gata mudou as suas vidas para sempre.
Lorcan Dillan era um menino adorável, com um sorriso malandro e olhos claros, mas sofria de autismo e mutismo seletivo. A sua condição impedia-o de comunicar normalmente, expressar emoções simples e desfrutar de abraços ou contacto humano. Mas tudo isto mudou radicalmente com a chegada da gatinha Jessi.
A ligação extraordinária entre Lorcan e a gata foi imediata. Tornaram-se inseparáveis: quando Lorcan gritava e chorava, a gata sentava-se junto a ele até que se acalmasse; à noite, deitava-se na cama até que ele adormecesse; e brincavam juntos todo o dia. Depressa os pais se aperceberam de que Lorcan estava finalmente a expressar as suas emoções, algo que nunca conseguira. Hoje, é um rapaz que consegue comunicar com toda a gente, desenvolver e manter amizades, falar com desconhecidos e até participar em peças de teatro. Este livro conta a experiência de uma família na vida contra o autismo: é a história comovente da gata que nasceu para mudar a vida deste menino para sempre, e provar que os animais de estimação podem ter efeitos reais no combate a doenças e perturbações socialmente limitadoras.