A princesa e os caval(h)eiros
A ET, farta de ter os machos atrás dela, achou que a melhor forma de se livrar deles era enfiar-se dentro do fogareiro.
O Pantera, esperto, acabou por subir para cima da caixa e, ainda que sem incomodá-la enquanto ela dorme a sesta, está ali ao lado, para o caso de ela precisar de alguma coisa.
Volta e meia, quando ela se espreguiça, ele levanta-se e olha para ela. Depois, volta a deitar-se, ao perceber que ela ainda quer dormir mais!
Já o Malhado, coitado, teve que se sujeitar a ficar lá em baixo, de pé, como um escravo.
Também não sai dali.
De vez em quando, põe-se de pé, espreita e tenta dar umas festinhas à donzela mas, mal ela olha para ele ou se mexe, ele recua, e volta à posição inicial.
O Pantera, fez uma pausa rápida na vigília porque, afinal, um gato também tem as suas necessidades e a casa de banho mais perto era o canteiro do vizinho de cima. Mas voltou rapidamente ao seu posto.
O Malhado, que está em desvantagem, teve que ir desentorpecer as patas com uma caminhada e umas rondas mas, também ele, voltou à base.
E ali passaram várias horas da tarde, até que a ET decidiu que já tinha dormido o suficiente, e era tempo de se pôr ao caminho, para outras paragens! Com os caval(h)eiros atrás, a escoltá-la, como não poderia deixar de ser!