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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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A rotina diária de um gato com um linfoma

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Ao acordar, e antes do pequeno almoço, dou-lhe 2,5ml de sucralfato. Cerca de 20 minutos depois, dou-lhe o Primperan xarope, 1 ml, para os vómitos (que como está esgotado agora dou 1/4 comprimido).

Depois dou a comida.

De seguida, e uma vez que o Fortiflora saqueta, não estava a fazer efeito, dou-lhe 1/4 comprimido de Flagyl.

Fica com ração á disposição, que vai petiscando todo o dia.

Por volta das 18 horas, dou-lhe mais 2,5 ml de sucralfato para revestir/proteger o estômago, 20 minutos depois o medicamento para os vómitos (metoclopramida labestal).

Minutos depois dou-lhe paté. De seguida a cortisona, ou seja, 1/2 (metade) lepicortinolo 5mg.

Por último o Flagyl 1/4 comprimido para a diarreia.

Ele tem sempre apetite. Desde que surgiu esta doença (linfoma), deixou de ser esquisito com a comida, e come tudo o que apanhar, até bróculos!

Embora continue com a mania de fazer xixi fora da caixa, deixei de dar Gabapentina , não fazia o efeito desejado, e era mais medicamentos. Ele aborrecesse com tanta medicação, por isso dou só mesmo o que é necessário!

Ele quando vai à caixa da areia, a maioria das vezes não enterra os cocós ou o xixi, a veterinária diz que  ele se balda a isso, que não se preocupa já com isso, ao contrário do Rafael que deixa tudo bem tapadinho! Se calhar além da doença é da idade!

Ele anda bem disposto, dorme mais que antes, é o que me parece!

A doença foi diagnosticada em janeiro deste ano de 2023, e não me conseguiram dar estimativa de vida para ele. Só não queremos que ele sofra!

Tem tido muitos mimos e tenho conversado muito com ele!

Dicas de como se dar um remédio ao nosso gato

Quem já não levou uma boa meia dúzia de  bufadelas, arranhões e até mesmo mordidelas... na altura que se tenta enfiar o comprimido pela boca abaixo dos bichanos?

 

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Foto Valery Kudryavtsev 

 

É que isto de dar um comprimido a um gato pode-se tornar numa autentica saga...

Como te compreendo Anabela!

Pois...

Recentemente tive essa experiência. Quando o meu Jaqui esteve com um episódio de cistite aguda. Os primeiros 3 dias, com duas tomas diárias. Duas seringas de manhã e duas à tarde, cada uma com o respectivo anti-inflamatório e analgésico. Mais uma cápsula também essa a ser dada duas vezes ao dia... durante 30 longos e extenuantes dias. E se, quase se vomitava todo com o sabor duma das seringas... nos primeiros dias com a cápsula, a rotina era... a lembrar o "Apanha se puderes"...

... apanhas a drageia que voou da minha boca para o chão e me tentas segurar, num intervalo de... 5 segundos?!

Para nem lembrar que no início eram precisas duas pessoas para o segurar. Mas, a partir do meio do tratamento já conseguia dar-lhe sozinha! Grande vitoria!!!

 

Como o fiz?!

Não vou explicar... deixo-vos o video. Com paciência e amor... qualquer um dos métodos resulta!

Boa sorte!...

(^..^)ノ

 

Enfermeiros para gatos ao domicílio

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Davam um jeitão, na altura de administrar medicação aos nossos animais!

Alguém se imagina a aplicar um clister, via rectal, a um gato?!

 

Isto já para não falar de comprimidos ou medicamentos em xarope. Já lá vai o tempo em que as seringas ajudavam. Os lança-comprimidos, são para esquecer.

 

Agora, o desafio será colocar três gotas diferentes nos olhos. Tudo por causa de uma conjuntivite que a D. Amora se lembrou de arranjar. 

Primeiras gotas - soro fisiológico para limpar - apanhando-a desprevenida, ainda pode ser que consiga

Segundas gotas - antibiótico - já vai estar irrequieta e a tentar escapar, ou a fechar o olho

Terceiras gotas - anti-inflamatório - prevejo vários arranhões, e muitas gotas em todo o sítio menos onde devem estar

 

A maior parte dos dias, vou ter que fazê-lo sozinha. E no espaço de alguns segundos entre gotas.

Não seria tão mais fácil vir uma enfermeira qualificada fazer este trabalho?

Desejem-me sorte para o que aí vem!

 

Ainda sobre as intoxicações nos animais

 

 

Já aqui falei da intoxicação provocada pelos lírios, e que pode ser mortal para os gatos.

Mas existem algumas outras intoxicações, muito comuns, que chegam à urgência hospitalar veterinária, tanto no que se refere a gatos, como a cães.

 

 

 

 

Intoxicação por ingestão:

 

Ben-u-ron/ Brufen - por vezes pensamos, quando o nosso animal está com dores, que podemos dar-lhe os mesmos medicamentos que utilizamos, como o caso do ben-u-on ou o brufen. É errado. 

Nos gatos, é considerada tóxica uma dose de 50 mg/Kg, e nos cães 150 mg/Kg.

Na hora de medicar os nossos animais, é preferível aconselharmo-nos com o médico veterinário qual o melhor tratamento, para não correr riscos desnecessários.

 

 

 

Chocolate - todos sabemos que os cães adoram chocolates, e que os donos têm tendência a dar-lhe esse pequeno prazer, isto quando não são eles próprios a apanhar-nos distraídos e surrupiar-nos o chocolate. Mas o chocolate é altamente tóxico, sendo que o preto é o que mais mal faz. A substância responsável, e que se encontra no chocolate, é a teobromina que no caso dos cães, é metabolizada muito mais lentamente do que nos humanos. A intoxicação pode, desta forma, ocorrer tanto numa quantidade elevada, numa única ingestão, como em doses mais reduzidas, em vários dias seguidos.

A teobromina é um estimulante poderoso do sistema nervoso central e do coração, e ao atingir altos niveis de concentração no sistema circulatório torna-se tóxico ou mesmo fatal.

 

Os sintomas, nas primeiras horas podem traduzir-se no aumento de produção de urina, aumento da sede, vomitos, diarreias e hiperactividade. Após cerca de quatro horas os sintomas passam a ser mais graves como convulsões, arritmia ou mesmo ataque cardiaco e tremores musculares. 

 

 

 

 

Uvas/ Passas - provocam insuficiência renal aguda em 24h a 72h, de forma irreversível. Se suspeitarem que o seu cão ingeriu uvas acidentalmente, levem-no imediatamente ao veterinário. Apesar do difícil tratamento, o veterinário é a pessoa mais indicada para tentar evitar que o pior aconteça.

 

Pesticidas/ herbicidas - os cães podem, acidentalmente, lamber as ervas que costumam existir na beira da estrada ou passeios, onde é colocado constantemente, herbicida. Também os gatos, que costumam gostar muito de ervas, podem ingerir ervas envenenadas. Os sintomas apresentados são, geralmente, excesso de salivação, vómito, diarreia e tremores musculares.

 

Rodenticidas - um animal que ingira acidentalmente rodentidicas pode apresentar mucosas pálidas, dificuldade em respirar, depressão ou até hemorragia interna. Os gatos são, por norma, as maiores vítimas, embora também muitos cães cheguem às urgências por esta motivo. Mais uma vez, se suspeitarem que o vosso animal possa ter ingerido este veneno, levem-no de imediato ao veterinário.

 

Os donos de cães e gatos podem, perante a certeza de que o seu animal ingeriu uma substãncia tóxica, e desde que a ingestão tenha ocorrido há menos de 2 horas, tentar induzir o vómito. Para isso, deverá usar água oxigenada, ou sal grosso diluído em água. Nunca deveremos fazê-lo com azeite ou leite, porque podemos não só não conseguir induzir o vómito, como ainda provocar um quadro de diarreias. 

 

 

 

Por absorção cutânea:

 

Permetrinas - A permetrina está presente em vários produtos comerciais como, por exemplo, o Pulvex e o Advantix em pipeta. Estes produtos destinam-se apenas a cães, mas para quem tenha cães e gatos, e dado o aspecto semelhante entre as pipetas para uns e outros, pode acontecer o dono colocar, por engano, a pipeta do cão no gato.

Em caso de aplicação acidental, e se o animal estiver consciente, devemos dar imediatamente banho ao gato. Em seguida, levar ao veterinário.

 

 

 

 

Por contacto:

 

Lagarta do pinheiro - que normalmente é avistada nos meses de Fevereiro a Maio, é extremamente perigosa para os cães.

Alguns dos sintomas apresentados são salivação excessiva, urticária por contacto, edema da face/ língua, dor no local ou ainda dificuldade na prensão dos alimentos. O órgão mais afectado é a língua, que aumenta de volume, e se torna azulada. Com a evolução surgem áreas de necrose (cor amarela a preta). Podem desenvolver infecções nos lábios, língua e por toda a garganta, além de que, no local do contacto, pode ocorrer perda dos tecidos num período de 6 a 10 dias. Já houve um caso no Hospital Veterinário do Atlântico de um cão que ficou sem parte da mesma, devido ao contacto com a lagarta do pinheiro.

 

Se detectarmos que o nosso cão esteve em contacto com a lagarta do pinheiro, ou suspeitarmos do contacto, devemos lavar imediatamente a boca do animal ou a zona que esteve em contacto com água abundante, e levar em seguida ao veterinário.

Dar medicamentos aos gatos sem stress

Quando a Tica esteve doente, tivemos que lhe dar antibiótico e anti-inflamatório em compridos.

E se, no início, ainda a conseguíamos enganar e misturar com a ração, os últimos tiveram que ser enfiados na boca por nós, e o resultado era muito stress para ela e para nós, e uns valentes arranhões.

 

Agora com a Becas, o antibiótico, talvez por ela ser bebé, era administrado por seringa. E isso facilitou muito a tarefa. Esperneava um bocadinho, mas era muito mais rápido e eficaz.

 

Na semana passado, levámos a Becas e a Amora ao veterinário, porque estavam com diarreia.

A Amora, coitada, pior que a amiga. Nem sequer tinha tempo de chegar à caixa, e ia fazendo pelo caminho.

Não sabemos o que lhes provocou a diarreia, mas eu achei melhor ir até lá. O meu marido tinha pensado em comprar ração gastrointestinal, mas podia ser que houvesse mais alguma coisa a fazer, e ninguém melhor que o veterinário para as examinar.

Mesmo sem consulta marcada, foram as duas examinadas.

Mais uma vez, só posso dizer bem do hospital: o veterinário fez o exame normal às duas, pesou-as e foi impecável nos esclarecimentos de dúvidas.

Como o único sintoma era mesmo só diarreia, vieram com recomendação de dieta gastrointestinal durante uma semana, e uma espécie de "ultra levur" para gatos, em pasta.

 

 

 

O veterinário deu-lhes logo lá a primeira dose. É suposto ser administrada com seringa. Quando tentei fazê-lo em casa, foi para esquecer. Estão mais crescidas e já não se portam como quando eram pequenitas.

Para não me chatear, injectei a dose para a palma da mão, e dei-lhes a lamber. Remédio santo!

Lambem tudo num abrir e fechar de olhos, e ainda procuram mais! A Becas até quer roubar a dose à Amora.

 

 

O chato é mesmo para mim, que fico com aquele cheiro forte e horrível na mão durante horas!