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Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

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A despedida do Caramelo

Já aqui falei sobre o Caramelo, um gato amarelo claro, da colónia em que sou, uma das cuidadoras. 

Ele ficou doente, e a evolução da doença (tromboembolismo), aconteceu  muito rápido. Nem uma semana esteve na nossa enfermaria improvisada. Quando a veterinária o veio ver, disse nos logo que era grave, mas ainda assim, tivemos esperança. 

As patinhos de trás estavam paralisadas. Já não se aguentava em pé. Deixou de fazer cocó, não comia, a não ser que lhe desse por uma seringa molho. Demos-lhe vitaminas, água, mimos. Mas a situação piorava a cada dia. Embora ele não aparentasse ter dores, estava a definhar.

Chegou um dia que a veterinária voltou para o ver. Tivemos que tomar a decisão.

Nunca tinha assistido a uma eutanásia. Mas tanto eu como a outra cuidadora decidimos ficar junto dele o tempo todo. Só que foi muito duro. Nós queríamos não chorar, para que ele  não sentisse tristeza, mas era inevitável.

Primeira a dra deu-lhe uma injeção para ele adormecer, nós ficamos a dar-lhe festinhas,  palavras de apoio, e os olhinhos dele fixos em nós. Depois a dra disse que ele já estava a dormir, mas nós achamos estranho, pois ele tinha os olhos abertos e respirava.  Mas a dra disse, que se não avançasse, daí a meia hora ele acordava. Mas nós tínhamos que ir em frente, o que ele tinha já não era vida. Então a veterinária deu a outra injeção. A dada altura, e nós estávamos numa garagem, o xixi dele começou a sair e a correr, num tom acastanhado e com muito mau cheiro. Saiu imenso, porque ele também já não fazia.

Foi horrível, todo este processo, mas era necessário.

Eu sou uma cuidadora, que luto por eles, que faço o que posso e o que não posso. Nós,  gastamos do nosso dinheiro nos tratamentos, nos antibióticos. Não sou daquelas que não fazem nada, mas sabem sempre tudo, e apontam o dedo, sem conhecimento de causa!

Estivemos sempre ao lado dele, até ao seu último suspiro! Foi muito difícil, eu não sou uma pessoa corajosa, mas com a outra cuidadora ao lado e a nossa querida veterinária, fizemos o melhor que podíamos por ele!

Adeus doce Caramelo, vai para o céu dos gatos!

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Mais um gato famoso (colombiano) que partiu

Na imensidão de gatos famosos com redes sociais, na Colômbia, havia um apelidado de gato Mochileiro, com o nome de Bella Criatura.

O gato era muito famoso nas redes sociais. A página El Gato Mochilero 1 tem 215,3 mil seguidores; o grupo público El Gato Mochilero tem 23,4 mil integrantes.

Por onde passavam (ele e o seu dono), o gatinho chamava a atenção. Não só pela meiguice e pelas poses, mas também por estar sempre com óculos escuros diferentes, assim como usando uma gravatinha ou outro tipo de roupa ou fantasia.

Como o dono e o gato se conheceram? Jhon Galvis, hoje com 39 anos, morava em Barranquilla, na Colômbia. Depois de saber que tinha cancro, sofreu uma deceção amorosa e entrou em depressão.

Mas decidiu deixar o medo e a depressão de lado e decidiu ir viajar. Alguns dias antes, conheceu um gatinho num restaurante. Ele fazia  parte de uma ninhada, mas foi o único que não fugiu quando ele se aproximou. E até se deixou cumprimentar por Jhon.

Deram início a viagens e aventuras. Então,  Jhon com  Bella sobre seu ombro, visitaram a  Colômbia, o Equador e o Peru. Depois da Bolívia, vieram ao Brasil e, no ano passado, antes da pandemia, começaram a percorrer o Paraguai.

A dada altura Jhon já  não tinha mais medo e nem apareceram sinais do cancro. Estava saudável como o gatinho.

Com a pandemia, ficaram por ali  até hoje. E, agora, Jhon tem uma namorada paraguaia, que compartilha com ele o amor pelos bichos.

A chorar Jhon contou a um jornal, que durante a noite de domingo  (15 de agosto) Bella não voltou pra casa. Preocupado, ele passou a noite sem dormir e, nesta segunda, foi procurar o amigo. Mal saiu à rua, viu o corpo de Bella no chão. Foi morto por envenenamento.

O veterinário do Gato Mochileiro, fez análises no corpo do gato, para confirmar se foi mesmo envenenado. Coisa de que ele não duvidava.

Houve até um seguidor que ofereceu uma recompensa a quem soubesse qual o autor do envenenamento.

Realmente é muito triste matarem um animal inocente e deixarem o dono numa tristeza tão grande!

Este artigo foi escrito com base neste site.

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Homenagem ao Oreo

Já tinha sofrido  com a perda dos meus animais, desde criança a jovem. Mas já foi há algum tempo, e foi ultrapassado.

Em relação ao Oreo, mesmo não sendo meu, era meu protegido, meu amigo, era da minha rua, do meu bairro. Parece que ainda o vejo nos locais habituais. Não  me conformo que não tenha ido com ele ao veterinário a tempo de o salvar...

Entretanto fiz-lhe esta homenagem:

O Oreo foi para o céu dos gatos

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O Oreo, veterano desta rua estava cá há vários anos, resistiu a tantas situações. Era tão esperto que mal ouvia o som dos carros já estava com a orelha em pé e a sair da estrada.

Esteve doente no ano passado, levei o ao veterinário, dei-lhe antibiótico. Quase todos os dias me dava turrinhas, e tentava miar para mim, mas a voz não lhe saía, era um gato que não miava.

Era garanhão, andava muito atrás das gatas. Talvez tenha sido numa dessas investidas que ficou ferido.

Quando o vi ferido tentei ajudar. Consegui forma de o levar ao veterinário, mas ele quando viu a transportadora assustou-se e fugiu. Tentei mais umas vezes, sem sucesso. Só quando ele já estava de rastos o consegui apanhar e levar ao veterinário, mas já foi tarde, horas depois entrou em coma e foi para o céu dos gatos!

Foi o último dos três mosgateiros.

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Estou muito afetada psicologicamente. É muito difícil. Fica aquela sensação que poderia ter feito mais, ter insistido mais, para o apanhar mais cedo. Alguns gatos  desaparecem daqui  e pude imaginar que alguém se encantou por eles, devido ás suas qualidades, e os levou, mas este...eu o vi praticamente morrer...

Não será esquecido! Esta rua está deserta sem o seu ancião!

A partida do snoo

À muito tempo que não passo por aqui e hoje venho por uma triste razão. 

A morte do snoo.

Com os seu 17 anos ( feitos, mas comemorávamos no dia em que veio para nossa casa. Fazia no dia 4 e faleceu a 3) e apesar de 4 cancros sempre foi muito activo. 

À uns meses teve uma infecção urinaria grave. Ia fazer soro todos os dias porque o malandro recusava qualquer tipo de medicação via oral.  Recuperou, apesar de ter emagrecido muito. Dos seus 7 quilos passou para cerca de 3 quilos.

A correia com a mana Chiara continuou, a sua meiguice para nós nunca faltou e o seu jeito persistente para lhe fazer-mos as vontades também continuou igualzinho.

Na ultima semana ficou muito parado...já não ia dormir connosco, praticamente não comia, apesar de lhe comprar varias marcas e sabores, percebíamos que tinha desconforto e que se aproximava o fim. A duvida eram muitas " quando será o fim?", "Devemos apressar para não sofrer?" " Será que ainda não é o momento certo?", "Quando é o momento certo?

Dia 2 à noite tomamos a difícil decisão que seria no dia seguinte. O sofrimento aumentava e não podíamos ser egoísta de o ter naquele estado.  Decidi que ia apenas eu, achei que o Miguel não deveria passar por aquilo. Eu estava a sofrer por saber que nunca mais íamos estar com ele, mas o Miguel estava de rastos.  Choramos ambos...eu, felizmente fui fazer noite e deu para afastar da minha cabeça o que iria passar no dia seguinte. Já o Miguel teve uma noite de tristeza e angustia. Encontrei-o a sair de casa a chorar. Abraçamos-nos e eu disse "por mais que nos custe, é o melhor para ele".

Todo o tempo que me foi possível estive com ele. Ele na mesinha da sala e eu com a minha cabeça junto à dele.

Não temos duvidas que a Chiara se apercebeu que algo se passava. Passou a noite na cama com o Miguel, coisa que não costuma fazer quando eu não estou. Também esteve alguns momentos junto ao mano e quando chegou a hora de irmos embora olhou para a transportadora como que a perguntar "O que se passa? Onde vai o mano?"

Chorei toda a viagem, chorei quando o coloquei na mesa do consultório veterinário. Fiquei até ao fim dele. Partiu tranquilo e eu (nós) fiquei em Paz.

Não tenho duvidas que não poderíamos ter um gato melhor, tal como ele não poderia ter tido uns donos melhores. O amor foi mutuo e enorme.

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