Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

Clube de Gatos do Sapo

Este blog pertence a todos os gatos que andam aqui pela plataforma do Sapo, e que pretendem contar as suas aventuras do dia a dia, dar conselhos, partilhar experiências e conhecimentos, e dar-vos a conhecer o mundo dos felinos!

A discriminação no mundo felino

 

Fala-se muito em discriminação relativamente aos humanos, mas no mundo felino isso também acontece com bastante frequência.

Muitos gatos são discriminados, diariamente, pelos mais variados motivos ou razões. Muitos gatos vão sendo deixados para trás, abandonados, esquecidos, preteridos, e sem direito a uma família que os acolha e ame, porque não satisfazem os desejos específicos de quem procura um animal.

E, quanto mais tempo vai passando, mais as hipóteses de um futuro risonho vão ficando reduzidas.

 

 

 

Deixo-vos aqui alguns dos principais factores que contribuem para essa discriminação, e para a continuidade de muitos dos animais em associações ou abrigos, e até mesmo, nas ruas.

 

A idade

Uma das principais causas para um gato ser preterido a favor de outro, é a sua idade. À semelhança do que acontece com a adoção no mundo humano, em que as pessoas preferem adoptar bebés ao invés de crianças mais crescidas, também em relação aos gatos isso acontece frequentemente.

Muitas preferem gatos bebés, que sejam criados e habituados a si desde cedo. Para que se adaptem melhor à família e à casa. para que possam acompanhar o seu crescimento.

Existe a ideia de que gatos mais velhos já têm os seus hábitos bem vincados, e será mais difícil adaptarem-se a novas rotinas.

Além disso, quem resiste a um gatinho bebé, pequenino e fofinho?

Por isso, à medida que os meses vão passando, os gatos vão ficando para trás, e ficando cada vez mais velhos. E, quanto mais velhos ficam, menos hipóteses têm de ser levados.

Vêem-se actualmente muitos gatos com 10 meses, 1, 2 ou mesmo 3 três anos, à espera da sua vez, a ver os seus amigos e companheiros mais novos irem embora.

Com mais idade, e salvo raras excepções, já a esperança é tão reduzida que o mais certo é passarem toda a sua vida na instituição que os acolheu.

Até porque é pouco provável que alguém adopte um animal que dali a pouco tempo pode partir.

 

Doenças ou deficiências físicas

Outro dos motivos para as pessoas não escolherem um determinado gato é o facto de este ser portador de alguma doença, ainda que seja uma doença que, controlada, possa permitir alguma qualidade de vida, e não afecte em nada a relação entre ele e a sua família humana.

Mas é claro que as pessoas preferem adoptar gatos saudáveis. Um gato doente é sinónimo de despesas extras, preocupações, trabalho e a possibilidade de não durar muitos anos. Para além do medo de que essa doença seja, de alguma forma, transmissível aos humanos.

Da mesma forma, também os gatos portadores de alguma deficiência física são, muitas vezes, colocados de parte. Não é bonito um gato sem cauda, sem um ou ambos os seus olhinhos, sem orelhas, sem alguma pata, ou que tenha dificuldades que outros não têm.

Mas têm tanto ou mais amor para dar que um gato saudável, e têm o mesmo direito de viver e ser felizes. E tenho a certeza de que serão animais extremamente gratos aos donos que ficarem com eles.

 

 

 

 

 

A Raça

A raça é, muitas vezes, uma exigência fundamental para quem quer adoptar um gato. Talvez porque se valorizem em demasia algumas raças mais conhecidas, e se faça até negócio à custa disso. Para além do gosto pessoal pelas características de uma determinada raça, algumas pessoas sentem-se mais importantes ao se gabarem que têm um gato de raça "x" ou "y", ao invés de um gato de raça totalmente banal.

 

A Cor

Todos conhecemos a discriminação aos gatos pretos baseada, muitas vezes, naquela superstição de que os gatos pretos dão azar.

Mas não é só aos gatos pretos que isso acontece. Há quem não queira um gato porque é todo branco, ou porque é todo cinzento, ou porque a mistura de cores do seu pelo os torna feios.

E ainda podem não gostar da cor dos olhos do animal, por não condizer ou realçar a do pelo.

 

A Beleza

Mesmo dentro das mesmas raças e cores, existem gatos que, aos olhos de quem os vê, são mais bonitos que outros, ainda que muito parecidos. E isso é o suficiente para escolher um, e não outro. 

 

O Sexo

O sexo é também uma das razões para a discriminação dos gatos. Seja pela simples preferência pessoal (há quem prefira fêmeas, e quem goste mais de machos), ou pelo facto de considerarem que gatos de um determinado sexo são menos dispendiosos ou mais fáceis de criar que do sexo oposto. Ou ainda por considerarem que o sexo determina o comportamento dos gatos.

 

A Personalidade

Existem pessoas que preferem gatos mais mansinhos, que gostem de passar o dia a dormir ou sossegados, e não dêem muito trabalho. Outras, gostam mais dos traquinas, que mostram mais vivacidade. Há quem os prefira mais independentes, e quem os prefira mais apegados.

Dificilmente alguém escolherá um gato assustadiço, que não goste que lhe peguem, que não goste de colo, que se esconda dos humanos. Ainda que isso possa ser um comportamento temporário, resultante de algo por que passaram, e possa vir a mudar com tempo, dedicação e paciência.

 

Tamanho

Embora raro, este é igualmente um motivo para se preferir um determinado gato ainda que apresentem a mesma idade.

 

Outros gatos em casa

O facto de já se ter mais gatos em casa, pode ser apontado como motivo para não querer levar qualquer outro, seja pela despesa que isso iria acarretar, pelo trabalho adicional, pelo facto de o gato já existente sentir ciúmes, ou por não querer dividir as suas atenções e amor com nenhum outro.

 

Mitos

Alguns mitos que correm de boca em boca, sobre os perigos que os gatos podem representar para os humanos, podem levar algumas pessoas a desistir de adoptar um gato.

 

E tudo isto é tão triste... Ver tantos animais com uma réstia de esperança, na expectactiva de que os tirem daquele lugar a que, apesar de serem bem tratatos e cuidados, nunca poderão chamar de lar, e verem essas expectactivas frustradas. 

É triste para os gatinhos que ficam, verem os mais bonitos, mais novos, mais meiguinhos, mais saudáveis, partirem para um destino mais feliz, e os restantes permanecerem.

E é triste para nós, que os continuamos a ver ali, com a chama da esperança ainda acesa, mas cada vez mais fraca, à espera do dia em que chegará a sua vez... 

 

 

 

Porque é que os gatos mordem?

Sempre que o Black nos vem fazer uma visita, esfrega-se em nós, dá turrinhas e aceita as nossas festinhas. Mas já me aconteceu, estar a fazer-lhe festinhas e ele esfregar-se na minha mão e, logo em seguida, pregar-me uma dentada!

Porque é que isso acontece? Os gatos mordem por diversas razões.

Os donos podem até pensar que os gatos são traiçoeiros, ingratos ou desleais, mas nem sempre este comportamento é imprevisto ou injusto. Eles lá têm as suas razões.

 

Morder enquanto é acariciado

Há quem diga que isso é uma forma de mostrar que já estão fartos de carícias. Faz parte do espírito livre que lhes é característico. Além disso, os gatos não gostam muito que lhes afaguem a barriga, por isso, convém evitar. Tal como pegar num gato ao colo. Há gatos que não gostam que as pessoas lhes peguem ao colo, e mordem.

 

Morder enquanto brinca

A Tica, por exemplo, adora morder-me a mão quando estamos a brincar! Há alturas em que me agarra a mão com as suas, finca os dentes, e com as patas de trás "pedala" como se esivesse a andar de bicicleta!

Para os gatos, brincar significa ensaiar as técnicas de sobrevivência, para um melhor desempenho quando forem necessárias, e que passam quase sempre pela caça. Ou seja, para os gatos, brincar significa morder e arranhar!

 

Morder quando está doente

Se os gatos estão feridos, ou doentes, podem tornar-se agressivos, principalmente se tocarmos em alguma parte mais dorida.

 

Morder por instinto agressivo

Os gatos que não estão castrados tendem a ser mais agressivos, por isso, uma forma de reduzir essa agressividade é a cirurgia de castração.

 

Morder por tédio

Os gatos que ficam sozinhos durante muitas horas, sem estímulos, tornam-se entediados. E tendem a reagir, brincando de forma agressiva com os seus donos.

 

 

No entanto, existem algumas técnicas que os donos podem utilizar para educar os seus gatos a não morder.

Em primeiro lugar, educação não pode passar por castigos, porque eles os associam a quem os aplica, e não à acção que cometeram. 

 

Para conseguirem que o gato aceite as carícias durante mais tempo, ofereçam-lhe recompensas enquanto este está sentado no seu colo a tolerar ser acariciado. Mas, assim que mostrar sinais de agressão, parem, dando-lhe a possibilidade de ir embora se ele o desejar. 

 

Para evitar que o gato morda enquanto brinca, nunca façam das vossas mãos o objecto da brincadeira, nem mesmo enquanto o gato é pequeno. Utilizem sempre objectos próprios para gatos nas brincadeiras. .(neste aspecto tenho falhado desde o início, porque dou sempre à Tica a mão para ela brincar!)

 

Nunca devemos acariciar os nossos gatos após uma mordida ou arranhão, mas sim demonstrar desaprovação. Caso contrário, eles podem começar a morder para receber carinhos.

 

Da mesma forma, também não devemos alimentá-los logo em seguida, pois podem achar que é uma recompensa.

 

Quando os gatos morderem ou arranharem, devemos experimentar dizer "não!" num tom autoritário e, ao mesmo tempo, apontar o dedo para eles e encará-los com um olhar de desaprovação.

 

Outra técnica é ignorar os gatos por alguns minutos, depois de sermos mordidos ou arranhados. Deixá-los sozinhos e não interagir com eles pode levà-los a associar o mau comportamento a serem ignorados. Claro que esta técnica funcionará melhor com os gatos mais afetivos, que irão sentir a falta da atenção.

 

Por outro lado, poderemos oferecer uma recompensa pelo bom comportamento.

 

 

 

 

Quando os gatos vomitam

 
Existem alguns motivos plausíveis para os nossos gatos vomitarem, sem que isso pode significar, obrigatoriamente, que estão doentes.
 
A lavagem diária
Gato que não faz várias vezes ao dia a sua limpeza e higiene pessoal, não é gato! Eles lambem-se todos os dias, e várias vezes ao dia. Neste processo, para lavar o pêlo e tirar os cheiros que atraem possíveis predadores, acabam por engolir muito pêlo. Como não é digerido, ele tem que ser expelido através do vómito, que conhecemos por "bolas de pêlo".
 
Depois de comer ervas
A erva é um óptimo purgante e, sempre que os gatos precisam de vomitar, para expulsar algo que não pode continuar no seu organismo, eles comem ervas, que lhes provoca o vómito!
 
Por gula
Quando os gatos comem muita ração seca de uma vez, e logo depois bebem água em demasia, tendem a vomitar em seguida. A água faz a ração dobrar de tamanho dentro do estômago, que costuma ser muito pequeno. 
 
 
De qualquer forma, e antes de mais, é importante fazer a distinção entre vómito e regurgitação.

 

Regurgitação

A regurgitação, ou a expulsão pela boca do alimento ingerido se se encontra no esófago, pode ocorrer quando o gato come depressa e engole a comida quase sem mastigar, ao mesmo tempo que ingere muito ar. O esófago é um tubo estreito que tem como função transportar o alimento até ao estômago. Quando não o consegue fazer, o alimento fica parado no esófago, levando à regurgitação logo após a ingestão. Nesses casos, o alimento sai não digerido, muito parecido com o que acabou de comer, não tem cheiro forte e pode ter o formato de um tubo (formato do próprio esófago). É provável que os gatos comam tudo novamente, e ajam como se nada tivesse acontecido.